O Metrô voltou a multar o Consórcio TIDP (Tiisa e DP Barros), que era responsável pelas obras de sete das oito estações da Linha 17-Ouro. A empresa já havia deixado de executar várias atividades nos canteiros anos atrás, mas chegou a negociar a conclusão de alguns serviços no ano passado.
No entanto, praticamente pouca coisa chegou a ser feita antes que a empresa Coesa Engenharia (hoje associada com a KPE no Consórcio Monotrilho Ouro) assumisse os trabalhos no final do ano passado.
Em setembro, a companhia do estado rescindiu o contrato além de multar o TIDP em R$ 1,9 milhão. Deste vez a sanção foi maior, de R$ 3,2 milhões.
Vale lembrar que a ação do Metrô é administrativa, ou seja, não existe uma decisão judicial para que as empresas efetuem o pagamento dos valores. O TIDP entrou na Justiça para tentar conseguir reajustes no contrato, celebrado em 2017, mas as duas partes chegaram a um acordo para assinar o aditivo de nº 10 em junho de 2020 e que previa a conclusão de alguns serviços pendentes antes de a Coesa assumir.
É importante ressaltar que os problemas com o TIDP não afetam as obras da Linha 17-Ouro, como pode sugerir uma observação superficial do assunto. O consórcio já não está mais ligado a qualquer atividade no projeto, hoje a cargo do Monotrilho Ouro (obras civis) e BYD (sistemas), entre outros contratos menores.
Apesar do imbróglio, a Tiisa, empresa que está em recuperação judicial atualmente, foi uma espécie de ‘salvação’ para o Metrô em outros contratos. Foi um consórcio liderado por ela que conseguiu concluir a Fase 2 da Linha 4-Amarela, prestes a ter a última estação, Vila Sônia, entregue em dezembro.
A Tiisa também esteve envolvida nas obras da Linha 13-Jade e executou boa parte da construção do pátio e das sete estações da Linha 17, que estavam abandonadas pelo Consórcio Monotrilho Integração (Andrade Gutierrez e CR Almeida) anos atrás.