Metroviários aceitam proposta do Metrô de SP e encerram campanha salarial

Categoria votou durante 24 horas para decidir se concordava com termos da companhia ou se seguiria pleiteando uma melhor proposta
Metrô de São Paulo (Jean Carlos)
Metrô de São Paulo (Jean Carlos)

A ameaça de uma possível greve nas linhas operadas pelo Metrô de São Paulo se esvaiu nesta quinta-feira, 6, quando os metroviários votaram por aceitar a proposta da companhia para a campanha salarial deste ano.

O Sindicato dos Metroviários declarou que após votação iniciada na quarta-feira a categoria aceitou os termos propostos pelo Metrô, que incluem um reajuste de 2,77% em salários, vale-alimentação e vale-refeição, além de alguns itens solicitados pelos metroviários.

Segundo a entidade, a companhia irá pagar os Steps, aumentos salariais para mudanças de cargos, além de participação nos resultados e um abono de R$ 3 mil.

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Os metroviários também conseguiram aval do Metrô para contar com itens menores como o transporte gratuito para o Pátio Bélem, o abono de horas quando estão realizando exames e consultas e que o teletrabalho seja programado com antecedência, entre outros.

Protestos contra concessões de linhas metroferroviárias

Findada a campanha salarial, o sindicato instou seus associados a participar de manifestações contra o plano do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) de conceder as linhas metroferroviárias que estão hoje nas mãos do Metrô e da CPTM.

“Precisamos ampliar a luta política e ideológica contra as privatizações. Agora vamos ampliar isso para impedir o avanço das privatizações de Tarcísio, que agora foca nas linhas 11, 12 e 13 da CPTM”, afirmou a entidade.

A gestão estadual pretende lançar o leilão das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade no segundo semestre.

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3 comments
  1. Trabalhores privados também têm direito a greve, mas como eles não possuem estabilidade estatuária, simplesmente podem procurar uma empresa que forneça um salário melhor. Os rodoviários são uma exceção devido ao poder de parar a cidade, literalmente.

    Teoricamente, os metroviários da CCR são representados pelo sindicato do Metrô estatal, mas a adesão é baixíssima devido ao fato que, se fosse por concurso público, muitos desses trabalhadores acabariam perdendo a vaga para algum “concurseiro profissional”.

    1. todo trabalhador tem assegurado o direito a greve. está na nossa constituição. lei 7783/1989. e quem decide se esta é abusiva ou não é um juiz do TRT.

      a questão aqui não são os funcionários das empresas de ônibus reivindicarem seus direitos, mas sempre o discurso de privatizar quando se fala em greve de empresa pública, uma forma de marginalizar o direito de greve assegurado na lei. como se o destino de uma empresa estivesse obrigatoriamente traçado graças aos movimentos da categoria.

      os trabalhadores do metrô, CPTM e outras estatais são CLT e estão regidos sob as mesmas leis que qualquer trabalhador. também há forte pressão nessas empresas contra as greves, tanto que vários metroviários foram demitidos na última greve e ainda não conseguiram reintegração, além de retaliações internas para outros funcionários.

      os trabalhadores das linhas 4 e 5 são representados pelo sindicato dos metroviários, o mesmo das outras linhas. assim como os trabalhadores das linhas 8 e 9 são representados pelo sindicato dos ferroviários da zona sorocabana e os futuros da comporte serão representados pelo sindicato dos ferroviários de SP.

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