Mooca ou Ipiranga: para onde vai a Linha 5-Lilás?

Enquanto Metrô cita extensão se encontrando com a Linha 15, um documento mostra a ligação com a Linha 16-Violeta
Trem da Linha 5-Lilás
Trem da Linha 5-Lilás (Jean Carlos)

A Linha 5-Lilás está perto de entrar na terceira fase de expansão com início das obras do trecho entre Capão Redondo e Jardim Ângela, no sul da capital, mas o governo trabalha com mais uma extensão do ramal de metrô.

Nesse caso, trata-se de levar a Linha 5 até o encontro com a Linha 10-Turquesa, partindo da estação Chácara Klabin. Como o ramal chegará lá, no entanto, é um mistério.

Inicialmente, o Metrô, que é responsável pelo projeto da linha, imaginou uma conexão na estação Ipiranga. Lá a Linha 5 se conecataria não só com a Linha 10 da CPTM como também com a Linha 15-Prata, cuja extensão já está em obras.

Mapa publicado pelo Metrô neste ano ainda mostra extensão até Ipiranga (Reprodução)

De fato, um mapa futuro publicado pela companhia no relatório integrado de 2024 mostra justamente esse traçado, com as estações Ricardo Jafet, Bom Pastor e Ipiranga.

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O mapa, no entanto, tem elementos desatualizados diante de mudanças introduzidas pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), entre elas a Linha 16-Violeta, que deve ter o traçado alterado para não competir com a Linha 6-Laranja.

Linha 5-Lilás indo até São Carlos/Parque da Mooca

Já um outro cenário mais recente coloca a Linha 5 em direção à futura estação São Carlos/Parque da Mooca. Essa hipótese já era considerada há algum tempo, mas um documento de fevereiro deste ano ao qual o MetrôCPTM teve acesso, reforça a impressão que ela é a mais provável opção hoje na mesa.

Como São Carlos terá um papel similar à estação Água Branca, concentrando vários serviços, levar a Linha Lilás até ela seria o caminho mais natural.

A extensão da Linha 5-Lilás em direção à São Carlos, na Mooca (Reprodução)

Nesse hub metroferroviário estão previstas as linhas 10-Turquesa, 6-Laranja, 16-Violeta e 13-Jade, além do Trem Intercidades para Santos.

Portanto, os passageiros da Linha 5-Lilás ganhariam muitas opções de conexão, além de tornar a ligação entre os aeroportos de Congonhas e Guarulhos possível com apenas duas trocas de trens (além da viagem no People Mover).

Segundo dados preliminares, a quarta fase de expansão da Linha 5 teria três estações – Jardim da Glória, Dom Pedro I e São Carlos.

Trecho contaria com três novas estações (Reprodução)

Ela custaria cerca de R$ 4 bilhões e exigiria mais 10 trens para dar conta da demanda, cujos números não são públicos.

De acordo com o documento, essa extensão ainda está no estudo conceitual e, portanto, não deverá sair do papel antes de 2040.

12 comments
  1. considerando que São Carlos/Parque da Mooca está sendo visualizada como um hub no mesmo grau de importância que Água Branca (ou talvez um degrau abaixo), imagino que seria interessante levar uma possível extensão da Linha 15/Prata para mais uma conexão nesta estação. o custo de uma possível extensão para lá não seria a mesma de um metrô pesado, e abriria uma possibilidade de deslocamento para a zona leste que não dependeria apenas do trecho entre apenas duas estações na Linha 10/Turquesa – entre a futura São Carlos e Ipiranga. isso criaria um novo loop entre as linhas 15/Prata e 16/Violeta, que se encontrariam em duas localidades, Cidade Tiradentes (num futuro nada próximo) e São Carlos, similar ao que acontecerá entre a Linha 2/Verde e a própria 16/Violeta, em Ana Rosa e Anália Franco.

  2. Na minha opinião, o ideal seria a Linha 5 – Lilás se conectar a Linha 15 – Prata para evitar sobrecarga nas Linha 2 – Verde e 10 – Turquesa.

    Como a integração com as linhas 6 – Laranja e 16 – Violeta também são bem-vindas, imagino dois cenários de alternativas:
    1) Linha 5 ser expandida além da estação Ipiranga, chegando até Paes de Barros, por exemplo, ou ainda, ganhando uma extensão até o Tatuapé.
    2) Linha 5 seguir até São Carlos, mas a Linha 15 – Prata também ser estendida até lá.

    Vejo a 1ª alternativa como mais viável, visando não concentrar fluxo de passageiros em uma única estação, como ocorre em Brás, Luz e Palmeiras – Barra Funda.

  3. As estações Dom Pedro I e Independencia vão ficar muito proximas. Não faz muito sentido. No primeiro mapa seria melhor para ampliar as regiões de atendimento as pessoas. Pela questão de integração em um hub faz sentido. Mas a estação São Carlos será um caos.

  4. Essa estação do meio (Dom Pedro I) está praticamente no mesmo local da estação Parque Independência da Linha 16.

    É melhor juntar logo as duas no mesmo local do que fazer duas estações separadas que estarão talvez 300 metros uma da outra.

    Se a linhas 1 e 2 podem dividir o traçado em Paraíso e Ana Rosa, 5 e 16 também podem e até diminui o número de usuários concentrados em São Carlos.

  5. A opção mais viável (e que foi levantada há muito tempo pelo metrô) é subir a linha lilás sentido Belém e terninar a linha 5 na fase final e definitiva na estação Vila Maria (linha 19), já distribuindo o fluxo vindo de Guarulhos. E sim, a linha 4 amarela também findar em Vila Maria, aproveitando justamente a concessão da CCR (conexão que hoje não existe, das linhas 4 e 5, se estendendo após a Luz rumo zona nordeste).

    A tendência de criar grandes hubs consorciados de conexões é usada em boa parte das grandes cidades com extensa rede metroviária, distribuindo já nos bairros o máximo de conexões antes de chegar em grandes concentrações de locais comerciais e laborais. E São Paulo parece ter entendido e iniciado a aplicação desse planejamento.

    Após a linha 5 cruzar em São Carlos, subir sentido Belém (conexão na linha 3, numa estação que inclusive conta com possível espaço para pátio de trens, desapropriando poucos imóveis na antiga região fabril do bairro) e terminar em Vila Maria.

    Isso, inclusive, poderia fazer a linha 5 assumir parte do traçado leste e eliminaria parte da estranha e disfuncional expansão contingencial da linha 13-Jade de trens da CPTM, que teria de ser subterrânea pela zona leste sentido Chácara Klabin, obra subterrânea essa que é costumeira e tradicional do Metrô.

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