Movimento de passageiros no Metrô e CPTM em julho foi o maior desde o início da pandemia

Somadas, as 13 linhas metroferroviárias de São Paulo realizaram quase 104 milhões de embarques no mês passado, maior demanda desde dezembro, mas ainda bem inferior ao período anterior às restrições
Estação da Luz: movimento atingiu maior patamar durante a pandemia (GESP)

As linhas do Metrô e CPTM transportaram em julho mais passageiros desde que a pandemia do Covid-19 afetou os deslocamentos dos habitantes, em março de 2020. Segundo dados compilados pelo site, as 13 linhas metroferroviárias realizaram 104 milhões de embarques, pouco mais de um milhão a mais que em dezembro, então o melhor mês desse período de isolamento social.

A demanda, no entanto, ainda está distante de tempos normais. Em fevereiro do ano passado, último mês de normalidade, foram realizados 170,4 milhões de embarques, ou seja, um volume 64% superior ao de julho. O sistema como um todo bateu seu recorde em outubro de 2019, quando transportou mais de 204 milhões de passageiros.

Em relação ao ano passado, o crescimento foi de 32,3% no geral, liderado pelas linhas concedidas (37,6% de aumento) e os quatro ramais operados pelo Metrô (34,2%). O aumento menor da CPTM pode ser explicado pelo fato de que as linhas da companhia foram menos afetadas pelo isolamento social.

O maior avanço ocorreu na Linha 15-Prata, que apresentou um aumento de passageiros de 7,4% em relação a junho. Na outra ponta, a Linha 9-Esmeralda teve uma pequena retração de 1%.

Os dados das linhas de Metrô (Clique para ampliar)

A Linha 3-Vermelha segue a mais movimentada da rede, com 18,7 milhões de embarques, seguida da Linha 1-Azul (17,6 milhões) Linha 2-Verde (9,5 milhões) e Linha 11-Coral (9,46 milhões).

É, no entanto, a Linha 12-Safira o ramal que mais está perto de retornar aos níveis pré-pandemia. O ramal que atende o extremo leste de São Paulo tinha atingido 86,3% do movimento de fevereiro de 2020 no mês passado. A segunda colocada é a Linha 13-Jade, com 82,3% – ambas se beneficiaram de melhorias introduzidas pela CPTM nas vias e que possibilitaram a redução do intervalo de trens.

As “linhas nobres” da malha metroferroviária continuam a apresentar os números mais modestos. A Linha 4-Amarela atigiu apenas 50% do movimento de fevereiro de 2020, seguida da Linha 2-Verde (52,8%), Linha 9-Esmeralda (54%) e Linha 1-Azul (54,3%).

Os dados das linhas da CPTM (Clique para ampliar)

Em comum, esses ramais possuem um perfil mais distribuído de passageiros e que chegam a pontos onde há empregos com melhor qualificação. Não por acaso, as empresas localizadas ao longo desses eixos têm adotado o trabalho remoto, o que pode continuar impactando a demanda de usuários.

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  1. Gráficos e estatísticas são importantes ferramentas incontestáveis para que um planejamento técnico racional equilibrado se sobreponha aos interesses políticos.
    Quando se faz a leitura e interpretações dos gráficos de embarques pelos dados oficiais do Metrô CPTM sem manipulação como este de Julho de 2021 ficam explícitos e claro que com 9,5 milhões a Linha 2-Verde contra 17,6 milhões da Linha 1-Azul e 18,7 milhões da Linha 3-Vermelha, a Linha 2-Verde esta com demanda comprovadamente ~96,8% menor do que a Linha 3, a mais densa delas, mesmo mantidas os atuais terminais das Linhas 5-Lilás na Chácara Klabin e 15-Prata na Vila Prudente aguardando suas terminações no Ipiranga, porém já com o alivio da reunificação da Linha Integradora-710. A ótima notícia foi a início das obras da extensão até Penha para 2026, com oito novas estações, e a grande esperança será uma extensão planejada terminação da Linha 2-Verde em Guarulhos será possível ainda nesta década (2028), uma vez que o argumento por conta de uma suposta sobrelotação ficou inócuo, pois com a extensão Linha 13–Jade construção de quatro estações iria aumentar a baixa demanda desta linha de alta capacidade, ela deveria se estender para até Bonsucesso.
    Fica comprovado que é mais viável, ágil e menos custoso e demorado se estender e concluir linhas existentes que se começar a construir a partir do zero como é o caso desta Linha 19-Celeste entre outras para após a década de trinta, caso isto se faça a segunda maior cidade do Brasil continuara ficando sem Metrô e CPTM nesta década!

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