O número de viagens realizada nas linhas do Metrô e da CPTM em julho cresceram 28% em relação a junho, segundo dados divulgados pelas operadoras e compilados pelo site. Um total de mais de 78,5 milhões de embarques foram feitos nesse período contra 61,4 milhões em junho, e quase o dobro de abril, o pior mês de 2020, quando apenas 42,2 milhões de passageiros circularam pelas 12 linhas – a Linha 15-Prata estava fechada na ocasião.
O movimento, no entanto, é equivalente a apenas 46% do volume de fevereiro, o últim mês a não sofrer os reflexos da pandemia. A queda tem sido mais sentida no Metrô que na CPTM: enquanto a companhia que opera as linhas 1, 2, 3 e 15 estava com apenas 42% da demanda, a CPTM já beirava 56% do seu movimento normal. As linhas 4-Amarela e 5-Lilás, operadas pela iniciativa privada, caíam um pouco mais, 41,4%.
Em relação a junho, a Linha 15-Prata foi a que mais ampliou seu movimento, com alta de 75%, mas isso é explicado por conta da operação parcial no final do primeiro semestre. Linha menos movimentada da rede, a 13-Jade foi a segunda a mais crescer em termos percentuais (29,7%), seguida da Linha 1-Azul, com 29,3%. No entanto, o ramal de metrô mais antigo de São Paulo acrescentou quase 3 milhões de viagens em julho, total só superado pela Linha 3, com 3,1 milhões.
Os ramais que menos ampliaram seu movimento foram as linhas 7-Rubi (24,9) e 8-Diamante (24,4%). Se os dados são comparados a fevereiro, as linhas 2-Verde e 4-Amarela são as que estão mais distantes do movimento normal – ambas tiveram uma demanda de somente 37% dos números de fevereiro. Por outro lado, as linhas 11-Coral e 12-Safira são as mais próximas de atingir o patamar pré-quarentena, com 65% e 67,9%, respectivamente.
Dívida crescente
A lenta recuperação do movimento de passageiros nas linhas está afetando seriamente as finanças das operadoras de trens e metrô no Brasil. O governo federal tem prometido uma ajuda financeira, mas é pouco provável que esse dinheiro será suficiente para tapar o imenso rombo existente.
Até julho, o Metrô acumulava um prejuízo de R$ 1,06 bilhão, quase o dobro da perda de 2019. A CPTM, por sua vez, não compartilha seus resultados financeiros.