O conselho de administração da CPTM teceu críticas em relação a gestão dos atuais membros da alta cúpula da empresa e seu presidente em uma avaliação realizada internamente.
As informações foram divulgadas no relatório integrado de 2024. O documento não constava no compêndio original e foi incluído em uma atualização.
A avaliação foi realizada com os 11 membros do Conselho Administrativo da CPTM e com os membros das quatro diretorias da CPTM (DE/DF/DO/DP). A presidência da CPTM não participou da avaliação por questões legais relacionadas ao tempo de assunção do cargo.

Apesar de algumas menções positivas, as críticas realizadas revelam que alguns membros do conselho estão apresentando resultado abaixo do esperado. Nas observações sobre a atuação do conselho surgiu a seguinte citação:
“Há conselheiros que silenciam em todas as reuniões e que claramente não compreendem a pauta discutida ou por ela não se interessam”

Considera-se como de fundamental importância que os membros do conselho tenham, ao mínimo, capacidades gerenciais básicas ou entendimento suficiente sobre o negócio, sob pena de apenas representarem um custo à máquina pública. A falta de participação revela uma deficiência grave.
Outro comentário revela uma perda de desempenho com a mudança da gestão da companhia. Pedro Moro foi substituído por Michael Cerqueira.
“Acredito que as discussões no Conselho perderam muito do seu brilho e debate após a saída do presidente da Cia, respondia em encaminhar as questões mais difíceis postas pelos conselheiros com desenvoltura, interesse e prontidão.”

A “falta de brilho” pode ser efeito do processo de desmantelamento da empresa pública que teve seis de suas sete linhas concedidas. Os planos para a CPTM no futuro são incertos. O relatório ainda continua:
“Sua saída definitivamente selou um ciclo de aperfeiçoamento da gestão e de crescimento institucional da Cia. Se a Cia não for concedida o acionista terá um trabalho árduo para restabelecer a gestão da empresa sem uma liderança tenaz”.
Os comentários não trazem a identiifcação do autor, contudo.

A chegada de Pedro Moro à CPTM trouxe uma série de mudanças, sobretudo no padrão operacional da companhia. A gestão escolheu, acertadamente, a inclusão de membros do Metrô em seu corpo diretivo, o que trouxe melhorias importantes na prestação de serviços.
A atual direção geral tem lidado com a tarefa de promover planos de demissão incentivados, que inclusive foram prorrogados. Com a concessão de seus ramais nos próximos anos, o quadro atual de empregados deverá ser drasticamente reduzido.
O comentário aponta inclusive que, no caso de uma não concessão completa da CPTM, a falta de uma liderança forte pode gerar problemas de gestão. Pedro Moro era funcionário da CPTM enquanto Michael Cerqueira foi membro da Comissão de Monitoramento de Concessões e Permissões (CMCP).
A CPTM ainda será responsável pela gestão das linhas durante alguns anos. Em dezembro perderá a gestão da Linha 7-Rubi e até 2027 sairá das linhas 11, 12 e 13. A Linha 10-Turquesa deverá sair do escopo da companhia até 2028 caso a concessão seja firmada no começo de 2026.
A gestão de Pedro Moro foi, seguramente, uma das mais fracas da história da empresa. Sua gestão não entregou nada, não agregou nada para a empresa.
À propósito, divulgar os telefones de conselheiros da empresa não seria uma afronta a Lei Geral de Proteção de Dados do Brasil?
Olá, Ivo, tem razão. A imagem foi excluída do site. Obrigado por avisar.
São dados públicos e o print é eterno.
Sobre as críticas do CA: eles queriam o que? Um animador de auditório nas reuniões?
Olha o que está acontecendo com a empresa!
O cara está tendo que administrar o fim de tudo o que foi construído e será entregue de bandeja. É uma missão muito ingrata ser o piloto do avião que sabidamente não tem combustível para pousar no destino.
Tudo o que acontecer de melhor ou o que acontecer de pior com a CPTM não importa mais.
E quem colocou esses caras no CA tem a mesma responsabilidade de ter colocado o atual diretor presidente e também tem a responsabilidade de ter feito o que fez com a CPTM.
Mas o povo de SJC, Franca, Sorocaba, Avaré, Barretos, Piracicaba, Araçatuba e tantos outros quiseram assim. A maioria decide. E nesses cantos foi uma imensa maioria. Agora a RM paga o pato.
Tiago, se a CPTM não consegue cumprir sequer a Lei Geral de Proteção de Dados, como deve continuar gerindo (mal) o trem metropolitano?
Não há nada sendo “entregue de bandeja”.
A concessão de bens públicos é algo comum no mundo inteiro. No fim, o estado continuará sendo dono e os concessionários terão que obedecer aos interesses manifestos do estado.
A CPTM teve dinheiro, apoio político e tempo para implantar suas melhorias. E fracassou (com todos os “méritos”). A sociedade paulista tem o direito de tentar um novo caminho. Se for ruim, nada impede o estado de reestatizar a operação e manutenção (como foi feito no passado). Mas, e se for bom?
Privar a sociedade de tomar decisões sobre seu próprio destino não é aceitável em uma democracia.
A CPTM fracassou em implantar melhorias??
Vc lembra como era andar de trem na CBTU ou na Fepasa?
Uma coisa é começar a operar uma linha totalmente nova como a Via Amarela ou até mesmo as linhas do Metrô.
Quero ver pegar uma ferrovia sucateada e transformar em uma das melhores empresas metroferroviária do país.
Queria ver se a Via Mobilidade pegasse os trens da CBTU e transformasse no que a CPTM é hj.
Nem pegando só filé da CPTM eles conseguiram melhorar, muito pelo contrário eles conseguiram a proeza de piorar.
É só perguntar pra quem pegas essas linhas todos os dias.
Opinão de pessoas que nunca pegaram trem na vida não é relevante.
Outro ponto: “A concessão de bens públicos é algo comum no mundo inteiro
Sim, mas no caso do transporte por ferrovia isso é uma falácia, pois em mais de 90% dos países a infraestrutura continua sendo gerenciada por uma estatal.
A única exceção é o Japão, mas o Japão é um caso particular, pois 70% da sua receita vem dos aluguéis das lojas e shopping dentro de suas estações, ou seja, a receita tarifária, em nenhum lugar do mundo, irá cobrir todos os gastos de uma operação ferroviária.
Ah mas no Brasil sil sil será diferente…
A CPTM estipulou as seguintes metas:
Intervalos em todas as linhas no pico: 3 minutos
Frota de 284 trens novos.
Todas as estações reformadas e com acessibilidade total.
Energia: 263 MW de potência instalada.
A CPTM atingiu essas metas? Não. E olha que o estado investiu mais de R$ 20 bilhões na CPTM nos últimos 30 anos para que esses números fossem atingidos.
A solução que você e os defensores da CPTM propõem é investir mais R$ 20 bilhões e esperar mais 30 anos? A CPTM teve tempo, dinheiro fácil, projetos e fracassou. E seus funcionários não aceitam a realidade.
O povo está cansado das desculpas da CPTM por não atingir nenhuma meta.
“Se for ruim, nada impede o estado de reestatizar a operação e manutenção (como foi feito no passado)”
Ah claro, qdo tiver tudo sucateado de novo vai criar uma nova CPTM para consertar o que poderia ser evitado.
É só ver o que aconteceu com a Supervia no RJ.
O caso do Rio não é comparável com nenhum outro no mundo. O Rio de Janeiro possui grande parte de sua capital controlada pelo crime organizado e isso inclui trechos inteiros das ferrovias da cidade.
Enquanto a questão da segurança pública do Rio não for resolvida, de nada adianta investir no resto. E isso inclui a ferrovia. Engraçado que mesmo com todos esses problemas, a Supervia transporta mais passageiros do que transportava a Flumitrens (estatal do jeito que vocês gostam).