Não se deve confundir monotrilho sendo rebocado por outro como “colisão”

Boato voltou a se espalhar em redes sociais de forma irresponsável após falha em uma composição da Linha 15-Prata na quinta-feira, 8
Trens do monotrilho conectados para serem rebocados: boato de colisão só serve para gerar pânico desnecessário
Trens do monotrilho conectados para serem rebocados: boato de colisão só serve para gerar pânico desnecessário

A cena não é nova e já ocorreu diversas vezes nos dez anos em que a Linha 15-Prata está aberta: um trem de monotrilho conectado a outro é rebocado após uma falha.

Na noite da quinta-feira, 8, houve uma falha de tração em dos trens Innovia 300 e a solução para levá-lo ao pátio foi acionar outra composição para rebocá-lo.

No entanto, a imagem dos dois trens conectados circulou com afirmações falsas de que havia ocorrido uma colisão.

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O Metrô rapidamente desmentiu o rumor embora ainda assim afirmações falsas ou de sentido dúbio tenham circulado na internet.

Trens do monotrilho são conectados por um mecanismo no "nariz" da composição
Trens do monotrilho são conectados por um mecanismo no “nariz” da composição

É algo lamentável já que brinca-se com segurança e com a imagem do modal, há muito alvo de informações distorcidas repercutidas com segundas intenções.

Por outro lado, o mecanismo desenhado pela Bombardier, fabricante do monotrilho da Linha 15, dá margem a interpretações errôneas, infelizmente.

Como os trens possuem uma parte frontal mais “aerodinâmica”, a solução para chegar ao conector entre os vagões é elevar uma porta em ambas as unidades.

Ao serem conectados, a aparência é de que os dois trens sofreram algum tipo de choque que “deslocou” a referida “tampa” para cima.

Trem da Linha 17
Trens da Linha 17 são equipados com baterias de emergência e poderão dispensar reboque em muitos casos (BYD)

Linha 17-Ouro terá trens com baterias

Contribui também os dois choques reais ocorridos anos atrás e cujas imagens circularam com bastante força nas redes sociais e na imprensa.

Na Linha 17-Ouro, essa situação será resolvida de outra forma na maiores do casos.

A BYD, fabricante do trem que circulará no ramal, equipou os monotrilhos com um sistema de baterias de emergência que permitirá as unidades possam se mover lentamente até uma estação caso ocorra algum tipo de imprevisto.

Talvez valesse a pena o Metrô produzir algum tipo de vídeo explicativo mostrando o engate entre os trens da Linha 15 a fim de orientar passageiros e mesmo pessoas que testemunham a operação a não caírem no erro de julgamento.

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7 comments
  1. Esse mal entendido poderia ter sido evitado se usassem um carro de linha.
    Ou monotrilhos não possuem esse tipo de veículo?
    Me parece antieconômico utilizar uma composição vazia para rebocar outra que está avariada.

  2. Sobre esse trem da linha 17, se for falha de tração não adianta as baterias né? Já que a falha é tração, não energia… Vai precisar rebocar também. Um dia vamos ver o ‘biquinho’ dele aberto também na mesma operação de reboque.

  3. Concordo com o rebU, pois além de antieconômico, é um contrassenso utilizar uma composição vazia para rebocar outra que está avariada, lembrando que já existem carências de algumas composições inoperantes por falta de peças, pois estão comprando novas da China.
    Aproveitando a ocasião, existe alguma informação como ficaram os ressarcimentos de prejuízos como dos acontecimentos no ano de 2020 por ocasião das paralisações e incidentes após 111 dias sem atender a região, a Linha 15-Prata retomou a operação nas estações Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus somente no dia 18 de junho de 2020?

    1. Ressarcimento de que?

      A Companhia do Metropolitano projetou, licitou, contratou, fiscalizou e atestou o recebimento da Linha 15 sem pendências impeditivas. Assim, não há como falar em ressarcimento.

      1. Consta que normalmente deve ser cobrado o período de garantias, da construtora e fornecedora de trens.
        Faltou informar no https://www.metrocptm.com.br/parecer-tecnico-do-mp-nao…/ uma informação importantíssima. De quanto foi o custo monetário do incidente sem vítimas?
        Da mesma forma como e quais foram os gastos diários e prejuízos financeiros com o PAESE e quantas intervenções desde quando foi inaugurada por ocasião das paralisações não programadas do sistema Metrô / CPTM especialmente desta Linha 15-Prata, inclusive a última dez. 2021.
        Onde está o laudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) que é um organismo altamente qualificado para uma avaliação dos acontecidos foi uma decisão sensata, pois a grandiosidade do empreendimento não se pode deixar as análises dos fatos ficarem restritas as opiniões dos fabricantes dos trens Bombardier e sua sucessora Alstom, e da empresa de engenharia executora das obras o consórcio CEML sobre o risco de grande perda de segurança e confiabilidade, pois esta demora da definição permite uma série de especulações sobre prováveis elementos estruturais, como, pneus, junta de dilatação, desnivelamento, abrasividade das vias, curvas acentuadas, falha de execução dos próprios carros entre outros, visto que se tratava de um protótipo.

        1. Entre as opiniões dos fabricantes e a do estado (o IPT é um órgão ligado ao governo do estado), é melhor uma terceira feita por órgão independente.

          Mas não é do interesse do estado contratar um órgão independente, pois isso iria atestar que a Companhia do Metropolitano falhou em algum ponto. Mais fácil a Companhia do Metropolitano culpar construtoras e fabricantes e pedir um suposto ressarcimento de algo que ocorreu após o período de garantia.

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