Novamente, no próximo final de semana (11 e 12 de março), a Linha 5-Lilás terá a operação comercial interrompida para que os novos trens sejam testados numa simulação completa, com sete a oito composições percorrendo as atuais estações entre as 22 horas do sábado até 17 horas do domingo. E tudo leva a crer que este será o último teste antes da operação assistida do sistema CBTC.
Conforme o blog antecipou, a meta da Bombardier, responsável pela implantação do novo sistema de controle de trens, é colocá-los em operação aos domingos ainda em março, portanto restarão apenas dois finais de semana neste mês. A empresa corre contra o tempo para que a Frota P, entregue para o Metrô desde 2013 e sem utilização até hoje, possa assumir o lugar da Frota F, que está sendo usada no limite, inclusive com uma das composições avariadas recentemente após um descarrilamento.
Tudo para que seja possível abrir novas estações na linha em julho, conforme promessa frequentemente repetida pelo governador Geraldo Alckmin. E a adaptação do novo sistema precisará ser rápida afinal restam pouco mais de três meses para que as três primeiras estações sejam abertas – Brooklin, Borba Gato e Alto da Boa Vista.
Provavelmente, o CBTC e a Frota P passem a operar aos domingos na próxima semana ou na outra e assim ficar por cerca de um mês. Caso não haja nenhuma falha grave, eles assumirão a operação aos sábados também por volta do final de abril ou começo de maio. O último e mais delicado passo será colocá-los em operação nos dias úteis, entre maio e junho.
Ao contrário da Linha 2-Verde, onde o sistema CBTC operou de forma parcial em algumas estações e estava instalado em trens que possuíam o sistema anterior, o ATC, na Linha 5 a Frota P só tem o CBTC como padrão. Ou seja, não há como mudar de tecnologia caso a mais nova dê problema. Seria preciso parar a operação, recolher os novos trens e só então acionar os antigos. Por isso, a mudança de padrão é delicada.
Caso esse cenário funcione, os trens da Frota P deverão começar a circular pelas novas estações no final do semestre. Mesmo assim, se o Metrô seguir o de costume, as três estações começarão a funcionar em horário reduzido (algo como 11h às 15h) e com um trem separado dos demais. Será preciso desembarcar em Adolfo Pinheiro e mudar de plataforma nesse período. Um pequeno esforço para quem esperou tanto tempo para ver a Linha 5 ampliada.
Com a entrega das novas estações. Centenas de milhares de pessoas serão beneficiadas. Terão viagens mais rápidas e confortáveis. Vale destacar que São Paulo financia praticamente sonzinho a expansão de sua malha metroferroviária. Enquanto no mundo inteiro e nos outros estados, a União é quem custeia essas obras. Manter essas obras sem apoio federal e em plena crise econômica, sem quebrar o Estado, é realmente um grande feito.