O secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, confirmou nesta quinta-feira, 19, duas informações adiantadas em primeira mão pelo site nesta semana e que envolvem a concessão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM. A primeira é que o edital será divulgado no dia 30 de novembro e que a revisão da modelagem de fato incluirá a ampliação da encomenda de trens pela futura concessionária, de 30 para 34 composições.
Baldy revelou que o primeiro desses novos trens deverá ser entregue em até 18 meses da assinatura do contrato de concessão. A previsão é que isso ocorra ainda no primeiro semestre de 2021, o que indica que as composições passarão a entrar em serviço por volta do final de 2022. É quando a CPTM poderá contar com a devolução dos trens das séries 8500 e 7000 que ficarão cedidos à concessionária enquanto as novas unidades estarão sendo fabricadas.
Como antecipado por este site, a outorga mínima a ser paga pela concessão será de R$ 303 milhões, mas a expectativa é que esse valor seja bem maior já que as empresas participantes da licitação deverão fazer seus lances durante o leilão na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) em data a ser marcada no primeiro trimestre de 2021.
O vencedor do certame terá de investir cerca de R$ 3,2 bilhões durante os 30 anos de vigência do contrato, sem contar o valor da outorga. Como contrapartida, receberá uma tarifa de remuneração de R$ 2,84, ou 65% do valor tarifa cheia cobrada pela CPTM. O governo do estado estima que a concessionária terá uma despesa operacional de R$ 15,7 bilhões contra uma receita total de R$ 28,2 bilhões, em valores atuais.
Caberá à concessionária modernizar e reformar as estações dos dois ramais além de investir no pátio Presidente Altino e transferir as atividades da CPTM no local para um novo pátio. As obras civis de melhorias e o investimento em modernização da sinalização e fornecimento de energia devem consumir cerca de R$ 1,35 bilhão enquanto a compra dos 34 trens, R$ 1,75 bilhão. Há ainda previsão de desembolsos com desapropriações (R$ 52 milhões) e gastos com a preparação do edital como o pagamento da Proposta de Manifestação de Interesse (R$ 63 milhões).
Por outro lado, o governo Doria aliviou a lista de melhorias e obras antes previstas. Entre elas está a unificação das estações Lapa das linhas 7 e 8, que agora ficará a cargo de outro projeto, o do Trem Intercidades. Já a estação Imperatriz Leopoldina receberá uma ampliação da estrutura atual.
Só não entendo porque escolheram justamente os 8500 que atendem a Linha mais movimentada.
Por que não deixaram os próprios trens da Linha 9 ou da 10?
Como eu já previa, o governo abriu as pernas. Esse dinheiro da outorga não vai nem fazer cócegas no orçamento. Em compensação a contrapartida do estado a CCR será altíssima
O governo não tem 3,2 bilhões para investir em 30 anos, mas tem 13 bilhões para dar de lucro para a concessionária …
Seja quem for que vá assumir essa concessão, vai querer apenas lucrar e investir o mínimo possível, e o prazo para as aquisições das novas composições, se não for 18, poderá ser 24, ou até 30 meses para compra que é uma preocupação menor e irrelevante, pois foi algo não foi exigido nas concessões das Linhas-4, 5 e não será também na 15, e conforme já mencionado em comentários anteriores, foi colocada como um jabuti nas negociações para desviar a atenção dos incautos, e sim com as reforma e as modernizações de estações, rede aérea, subestações elétricas, via permanente, oficinas, sinalização, enfim toda infraestrutura que requerem maiores investimentos.
“CPTM leiloa 71 trens antigos pelo preço de meio vagão de uma composição nova”
Pregão realizado arrecadou R$ 8,9 milhões, dos quais R$ 2,9 milhões foram obtidos com a venda de 23 trens da Série 4400 e 48 da Série 1700.
Este sucateamento foi precipitado, pois a durabilidade daqueles trens, principalmente os da série 1700 ainda teriam utilidades para no mínimo três anos, desta forma confirmou que aquele item do prazo exíguo de dezoito meses para aquisições de trens colocado para os possíveis concessionários das Linhas 8 e 9, e estes série 2500 para a Linha 13 sem o CBTC (Communications Based Train Control) incluso, foi um blefe para desviar o principal.
Apesar disto ainda existem muitas composições reservas disponíveis como os da série 3000-Siemens do ano 2000 que podem ser utilizadas sem que seja preciso adquirir com esta urgência descabida.
A elaboração dos contratos de concessões por possuírem prazos longos, acima de trinta anos devem ser minuciosamente descritos com a colaboração do sistema jurídico, não devendo dar margens a interpretações dúbias, assim como já aconteceram com os trens intercidades que não se previu compartilhar trens de passageiros com os de carga, aquele bloqueio para os trens da Linha 13-Jade não terem acesso ao aeroporto de Guarulhos e inúmeros outros, no entanto percebe-se uma atitude afoita dos gestores principalmente nas proximidades dos períodos eleitorais.
A exclusão do serviço de trens de passageiros intercidades entre a capital e Sorocaba no pacote de concessão, com prazo para ser executado é o verdadeiro motivo neste contrato de concessão ainda estar pendente, pois caso isto aconteça se irá entregar o filet mignon e ficar com o osso e será mais uma vez o estado subsidiando o privado ou seja se privatiza o lucro e socializa o prejuízo, e após isso ocorrer não adiantará lamentar.
Parabéns a CPTM e Metrô, pois umas das maiores cidades do planeta, a maior e mais rica do hemisfério merece investimentos para a população e que com isso se conscientize que a modernidade são trens e metrôs e não carros . Espero a ligações portuárias, aeroportos, centro de produção e escoamento de produções possam gozar de futuros projetos também.
Orgulhoso por ser usuário do Metrô e da CPTM.