Um ano após romper o contrato com o consórcio Isolux Corsan-Corviam, o Metrô deve voltar a ver as obras da Linha 4-Amarela retomadas nos próximos dias. O secretário de Transportes Metropolitanos Clodoaldo Pelissioni confirmou em entrevista à rádio Estadão que o consórcio TC Linha 4 Amarela deve começar os trabalhos “na semana que vem ou no máximo em 15 dias” – já há funcionários, inclusive, circulando pelos canteiros, em preparação para a retomada.
As obras foram suspensas oficialmente no final de julho de 2015, mas já se arrastavam desde 2014. A Isolux venceu a licitação por um valor cerca de 40% mais baixo do que o previsto, o que causou certa desconfiança de que a proposta era irreal, como se confirmou depois. Apesar disso, as construtoras europeias alegaram que o Metrô atrasou projetos e mudou o escopo da obra. Depois de uma negociação, a Isolux se comprometeu a retomar as estações Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie, mas os trabalhos pouco avançaram.
Em julho do ano passado, Pelissioni previa reiniciar as obras no começo deste ano, mas o trâmite em preparar um novo contrato, vê-lo aprovado pelo Banco Mundial, financiador da obra, e lançar a licitação demorou bem mais tempo. Apenas no começo deste mês o Metrô pôde assinar o contrato, após julgar dois recursos de consórcios desclassificados.
Próxima estação em agosto de 2017
Desde a rescisão, o secretário reafirma que serão necessários 12 meses para entregar a estação Higienópolis-Mackenzie, 15 meses para Oscar Freire e 18 meses para São Paulo-Morumbi – a estação Vila Sônia levará mais tempo, algo como três anos. Caso essa previsão se confirme, a primeira delas será aberta em agosto de 2017, a segunda em novembro do ano que vem e a terceira, em fevereiro de 2018.
No entanto, é bem possível que esse cronograma acabe sendo extrapolado, como é comum nesse tipo de obra. Ainda assim, é razoável acreditar que a Linha 4 ganhe mais uma estação em 2017.
O caso da Isolux mostra como a rescisão é uma saída custosa para o estado. Ao contrário da Linha 17, em que outro participante pôde assumir as obras do vencedor original, na Linha 4 foi necessário começar o processo do zero. Imaginem se o governo, desconfiado do preço muito barato pedido pela Isolux e suas parceiras, decidisse barrá-la em 2011, ano da primeira licitação? Seria um “banho de sangue” na mídia e na opinião pública.
Fato é que a legislação precisa evoluir e criar mecanismos que protejam o estado e, consequentemente, a sociedade, de empresas que não cumprem o compromisso assumido nesses contratos públicos. Seja com um seguro da obra que cubra eventuais problemas durante a construção, seja punindo exemplarmente essas empresas para que as licitações atraiam apenas consórcios sérios e preparados.
Parabéns Ricardo por este site maravilhoso. Nos mantem informados acerca das obras do metrô e CPTM, sem qualquer manifestação política, apenas pela beleza e grandiosidade de uma obra de transporte que ajuda demais a todos os habitantes da nossa São Paulo, independente de raça, condição social, ou ideologia política e religiosa. De agora em diante esta página é leitura obrigatória para mim.
E que a Linha 4 Amarela tenha como estações iniciais: Cangaíba, Penha de França com conexão para a futura Linha 21 Roxa além da estação 8 de Setembro da Linha 2 Verde do Metrô, Todas com operação térrea, Maranhão, Parque São Jorge, Catumbi, Pari e Portuguesa Canindé além de estender essa linha para Taboão da Serra