Quem mora na região de Sapopempa, na Zona Leste, já enxerga uma estrutura metálica tomando forma na parte mais alta do bairro. É a futura estação Jardim Planalto, uma das oito que estão sendo construídas para a ampliação da Linha 15-Prata do monotrilho do Metrô. Ela é a mais adiantada delas e pode ser concluída em meados de 2017, porém, isso não significa que os futuros passageiros da linha contarão com ela já no ano que vem. É que, por ironia do destino, a estação mais atrasada do trecho é justamente a primeira após Oratório, parada onde hoje o monotrilho encerra sua curta viagem.
As obras da segunda fase da Linha 15 andam em ritmo acelerado após o desvio do córrego da Móoca, que atrasou a entrega do trecho. Além das estações do trecho mais elevado da linha (Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus) apenas Vila União pode ser tocada enquanto a retificação do córrego era realizada. Camilo Haddad, Vila Tolstói e São Lucas tiveram de esperar, mas apenas essa última ainda não saiu do chão, literalmente. Apenas as ferragens de uma coluna aparecem na superfície, como o blog conferiu em visita à região no último domingo.
O consórcio responsável pelas obras trabalha em ritmo intenso, mas a estação deve ficar pronta apenas em meados de 2018 e pior: como o projeto do monotrilho não permite abrir estações intercaladas com outras em obras será preciso chegar perto da fase de acabamento para liberar a passagem dos trens para o trecho onde as estações estão mais adiantadas. Uma má notícia para quem circula pelas apertadas e esburacadas avenidas da região.
A esperança é que, vencida essa fase, a estação São Lucas avance tão rápido quanto Camilo Haddad, sua vizinha e que já deve receber as primeiras vigas de plataforma nos próximos dias. É certo que o monotrilho deverá ter um impacto imenso na mobilidade de uma região carente de transporte público de qualidade, rápido e moderno. Espera-se que isso também motive o desenvolvimento do entorno, hoje bastante degradado. A previsão do governo do estado é entregar o trecho até 2018.