Obras do novo túnel de ligação na estação Luz tomam conta de esquina histórica

Projeto vai aliviar caminhada de passageiros entre as várias linhas que passam pelo local e deve ser entregue no segundo semestre de 2024
Esquina da Avenida Cásper Líbero e a Rua Mauá (Reprodução/CCTEL)

O encontro entre a Avenida Cásper Líbero e a Rua Mauá já não é mais o mesmo. A área foi interditada pela CPTM nas últimas semanas para início das obras de construção do novo túnel de ligação entre e centenária estação da Luz e sua homônima da Linha 4-Amarela do Metrô.

A região histórica do centro, que abriga construções de séculos passados, exigiu da companhia de trens um projeto bastante minucioso e que visa a melhorar o fluxo de passageiros que utilizam as linhas 7, 11 e 13 atualmente e que buscam chegar às linhas 1-Azul e 4-Amarela.

Atualmente, esses usuários dependem apenas de um túnel sob a Rua Mauá e que dá dinais de saturação em horários de pico, quando passam pelo local cerca de 50 mil pessoas.

Por isso, o novo túnel com 124 metros de comprimento e 9 metros de largura fará a ligação das plataformas da estação da Luz com a Linha 4, percorrendo um caminho diferente, por baixo da Avenida Cásper Líbero. Quando ficar pronto em agosto de 2024, o projeto não apenas permitirá separar os fluxos de passageiros como também ampliar o acesso Cásper Líbero.

Imagens das primeiras intervenções na região foram postadas por um funcionário do Consórcio Construtor Túnel Estação Luz, contratado pela CPTM por R$ 60 milhões. A empresa isolou as duas vias para permitir as escavações que também incluirão um trecho da praça implantada na época da construção da estação Luz da Linha 4.

Além disso, as intervenções na plataforma central também começaram. Ela ganhará escadas rolantes e fixas além de outros itens de acessibilidade a fim de reorganizar todo o fluxo de passageiros.

A estação da Luz passa ainda por outras obras, entre elas a implantação de um acesso à Sala São Paulo e a instalação de uma passarela de saída para o Bom Retiro, recém inauguradas, além da reforma e ampliação da Plataforma 5 para receber o Expresso Aeroporto. A previsão é que a partir de 2024 a Linha 13-Jade e a Linha 11-Coral sejam estendidas até a Palmeiras-Barra Funda enquanto a Linha 7-Rubi deixará de chegar até Luz.

Por onde passará o novo túnel da Luz (Imagem da CPTM modificada)

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6 comments
  1. Acho interessante e factível esta proposta, porém deveriam dar prioridade a Estação Júlio Prestes possui uma localização estratégica e teve sua utilização como estação de passageiros subutilizada e descaracterizada indevidamente com a implantação indevida desta Sala São Paulo um local inapropriado para este fim, este “Boulevard” com 210 metros de extensão ligando a Luz para Sala São Paulo é de utilização restrita, deveriam sim prever um túnel subterrâneo com a utilização como corredor, e de lojas e serviços nas linhas mais movimentadas da rede paulista, nas laterais, semelhante ao que ocorre hoje no Canadá.
    Se a estação Júlio Prestes hoje se encontra extremamente subutilizada é porque os planejadores não tiveram a sensibilidade de visualizar que esta estação terminal, só têm condições de receber composições provenientes de Barra Funda / Água Branca, inclusive os planejados trens regionais procedentes de Campinas, Sorocaba, entre outras cidades do interior.
    Considero um contra censo a Linha 13-Jade e a Linha 11-Coral sejam estendidas até a Barra Funda sem que expandam novas linhas e a extinção da Linha Integradora-710 com a consequente remoção em prejuízo da Linha 7-Rubi deixar de chegar até Luz.
    Finalmente parece que o MPSP através do Promotor de Justiça Silvio Antônio Marques resolveu agir.
    “O Ministério Público do Estado de São Paulo não tem mais dúvidas: vai pedir à Justiça uma indenização ‘multimilionária’ contra a Via Mobilidade, pensa em rescisão e investiga “desvio” de funcionários da CPTM para a concessionária e pelas falhas e transtornos constantes nas linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, principalmente no início da concessão.”

  2. A atual estação da Luz é obsoleta e incapaz de atender a 3 linhas da CPTM e 2 do metrô. E tem gente aqui defendendo ligar mais uma linha da CPTM nela? Ligar Júlio Prestes na Luz atual significa colapsar a estação da Luz.

    Essas obras são mero paliativo e só adiam a solução do problema de capacidade da Luz, que é a construção da nova estação da Luz (subterrânea e capaz de receber 3 linhas da CPTM sem afetar o velho e belo prédio tombado em 1901. Somente após a construção da Nova Luz, a ligação com Julio Prestes poderá ser realizada.

    1. Pelos anos de 2008 a CPTM contratou um estudo ligado à inserção urbana de toda sua malha existente na época, o qual por sua vez, foi elaborado pela Fupam, ligada à USP-Universidade de São Paulo. segue o link para baixar o PDF: https://we.tl/t-RN4q5EGxjw
      Eis então que parte do estudo contemplou um livro de ~350 páginas, ilustrado, denominado “Plano Diretor de Inserção Urbana da CPTM”.
      E também em cada capítulo ligado a uma linha fez uma análise do carregamento por trecho dimensionando fluxo e contra fluxo e pendular, o que, ligado ao diagnóstico socioeconômico e uso do solo proposto para a rede da CPTM, compõe uma importante ferramenta de fonte de dados comprovados através de gráficos e planilhas irrefutáveis para quem tenta simplificar problemas, calando reclamações e insatisfações extremamente válidas.
      Embora este estudo da FUPAM, esteja desatualizado com dados de 2008, nele ainda constava a Linha Integradora-710 unificada com um outro nome.
      O exemplar inicia-se com uma apresentação sobre o sistema, devidamente ilustrado com mapas e fotografias, em seguida, são apresentados nove capítulos:
      1- Introdução, 2-Metodologia, 3- A rede da CPTM, 4-Linha 7, 5-Linha 8, 6-Linha 9, 7-Linha 10, 8- Linha 11 e 9- Linha 12.
      Na página 29 do capítulo 2 temos o seguinte:
      Os padrões de conforto no interior dos trens, adotados no estudo, foram os estabelecidos obedecendo os seguintes critérios:
      – Nível A: até 2 passageiros/m² ¬ Ocioso
      – Nível B: de 2 a 4 passageiros/m² ¬ Quase adequado
      – Nível C/D: de 4 a 6 passageiros/m² ¬ Adequado
      – Nível E: acima de 6 passageiros/m² ¬Saturado
      Com relação a Linha 11-Coral, esta já ultrapassou em muito o limite de saturação com 7,1 passageiros por m² Nível “E”, quando no máximo aceitável seria de 6 passageiros por m², enquanto a Linha 13-Jade é Nível “A” prolonga-las no sentido Barra Funda só vai agravar a lotação em prejuízo dos usuários da Linha-7, e seus usuários do Alto Tietê possuem atualmente a opção de chegar a Barra Funda utilizando a Linha 3-Vermelha, e com a futura interconexão e chegada das Linhas perimetrais 2-Verde na Penha e a Linha 14-Onix no ABC Pirelli, e os mesmos poderão acessar as Linhas 5-Lilás, 15-Prata além dos serviços expresso até a Luz ou além da totalidade da “Linha integradora 710″ em Tamanduateí ou Ipiranga.

      Embora seja possível com relação as expansões da CPTM, uma nova Estação da Luz subterrânea, os custos e o prazo são inexequíveis e existem opções mais ágeis, econômicas, interessantes e factíveis com a redistribuição de demanda entre Luz e Lapa, que são com novas Estações no Bom Retiro, Água Branca e Lapa.

    1. Não importa o país, o tempo de construção de um túnel sob um prédio “frágil” de mais de 100 anos e com circulação de tráfego pesado (incluindo cargas) é similar.

  3. Olá amigos participantes
    Sr. Leoni eu me lembrei que em um dos meus comentários sobre a “cracolândia” o sr falou sobre a beleza da estação Júlio Prestes, e não pude fazer a réplica, concordo aquela sala São Paulo não tinha que ser ali, descaracterizando o projeto e eliminando aquele lindo jardim interno, local onde eu e meu finado pai passamos muitos vezes admirando os passarinhos e a beleza do lugar enquanto esperava o trem para Quitaúna, e em frente tinha a antiga rodoviária com aquele enorme domo multicolorido, é passou e ficou só para quem viveu aqueles tempos, agorá e com o sr. Ivo eu tenho acompanhado o embate que o sr tem tido com o Leoni, e eu como “engenheiro de obra pronta” algumas vezes concordo com o sr e outras não principalmente na questão dos projetos, obras são predominantemente ações politicas de quem tem a caneta na mão no momento e projetos engavetados podem virar somente ideias passadas. Hoje professor Ivo não haveria espaço para um novo Prestes Maia. Abraços e fiquem bem
    Gilberto JV-TS

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