Os trens da Série 5400 completaram no começo de 2025 a marca de um ano fora de operação. Apesar da promessa de revitalização da frota de trens com a apresentação da composição B40, o destino dos trens é incerto.
Diante de tais circunstâncias, o site acionou a Secretaria de Parcerias em Investimentos por meio da Lei de Acesso à Informação de forma a consultar o status operacional dos trens.
Recebemos uma resposta da Divisão de Operações da CMCP, responsável pela fiscalização do contrato de concessão das linhas 8 e 9.
Quatro perguntas foram realizadas em relação à frota de trens. Quando questionada sobre o status operacional das seis composições, a CMCP informou que elas estão “armazenadas” no Pátio Presidente Altino.

O segundo e o terceiro questionamentos buscaram saber a razão para os trens não operarem. A resposta da CMCP aponta que as unidades, que foram fabricados nos anos 70, já não dispõem de equipamentos de conforto aos passageiros, como ar condicionado.
Além disso, o órgão informa que os trens estão obsoletos. A falta de componentes, que tiveram fabricação descontinuada, compromete a performance dos trens.
Atualmente, a ViaMobilidade mobilizou uma composição operacional da Linha 8-Diamante para o atendimento exclusivo à extensão operacional. Este trem da Série 7000 (Charlie) foi desmembrado em duas composições de quatro carros.

Por fim, foi questionado se existem planos para a remobilização do trem ou se ocorrerá o processo de baixa patrimonial (desativação). Caso os trens sejam desmobilizados, também foi questionado sobre a possibilidade da compra de novos trens para recompor a frota original da concessão.
A CMCP limitou-se a dizer que o tema ainda será discutido junto ao Poder Concedente. Ou seja, não existe ainda uma definição clara sobre o destino dos trens.

Encomenda da FEPASA
As composições da Série 5400 foram encomendadas da França pela FEPASA nos anos 70 para o plano de modernização do sistema de trens de subúrbios. Atuaram durante boa parte da vida da estatal, passaram para a CPTM até serem paulatinamente desativados.
Os últimos seis trens de quatro carros operam exclusivamente na extensão Itapevi-Amador Bueno. A sua obsolescência é compreensível, tendo em vista que o trem utiliza sistemas eletrônicos que, apesar de sofisticados para época, são de difícil manutenção.

Atualmente alguns dos trens estão na “via da morte” do Pátio Presidente Altino. O local, que fica na parte alta do centro de manutenção, costumava abrigar diversos trens desativados por estarem em uma região em baixa atividade de manobra do pátio.
A demanda da extensão operacional é tão pequena que esses trens não estão fazendo falta.
Dois trens de 4 carros da Série 7000 são mais do que suficientes para atender aos 3500 passageiros que a extensão atende, em média, por dia.
3000, 5400 e frota F.
Acho a decisão da VM mais que certa, esses trens apesar de históricos, devem ser baixados sim. O conforto do passageiro deve ser priorizado, além de que essas composições usam uma energia absurda para levar 15 pessoas por viagem.. Espero que a própria VM faça um museu, talvez um Museu do Transporte Metropolitano, preservando ao menos um carro de cada série que já circulou em SP.
por força de contrato a concessionária deveria manter os ativos do estado em ordem, mas não é o que acontece na prática.
a viamobilidade não consegue manter direito a série Alpha, imagina um trem da série 5000 ….
Pelo que uma composição seja preservada pela ABNT a exemplo da série 1700 que foi para Rio Claro.