‘Operação de guerra’ para lançar duas vigas-trilho da Linha 17 foi concluída nesta quarta-feira, 2

Consórcio Monotrilho Ouro interrompeu as pistas expressas da Marginal Pinheiros próximas à Ponte Estaiada por cinco dias em vez dos dois previstos originalmente
As duas vigas-trilho curvas instaladas durante o Carnaval (iTechdrones)

O que era para ser um evento relativamente discreto, realizado no meio do feriado de Carnaval acabou tomando quatro dias para que o Consórcio Monotrilho Ouro conseguisse lançar duas vigas-trilho da Linha 17-Ouro na altura da pista expressa da Marginal Pinheiros.

O trabalho estava marcado para as madrugadas de sexta-feira (25) para sábado, e de sábado para o domingo (27), quando a empresa responsável pelas obras civis faria o lançamento das estruturas sobre a via expressa da capital.

No entanto, foram necessários mais três dias para que as vigas fossem lançadas nesta quarta-feira (2), mobilizando uma espécie de “operação de guerra” no local, como as imagens aéreas do canal iTechdrones revelam.

Segundo nota enviada pelo Metrô ao jornal Bom dia São Paulo, a razão da demora envolveu o tipo de viga-trilho, que possui uma curvatura pronunciada, o que tornou o içamento mais complexo.

De fato, o consórcio utilizou um anteparo metálico inédito (em azul abaixo) para que as duas vigas fiquem estáveis sobre o capitel até que sejam concretadas, evitando assim qualquer risco de queda, ainda mais pela localização delicada.

“Operação de guerra” para lançar as duas vigas sobre as pistas expressas da Marginal Pinheiros (iTechdrones)

Ao contrário de outros lançamentos de vigas na região, as duas estruturas foram içadas por guindastes já que o acesso no trecho é mais amplo. Outro futuro lançamento com aparente grau de complexidade elevado deve ocorrer na sequência, quando as vigas forem colocadas sobre os trilhos da Linha 9-Esmeralda. Esse trabalho ainda não tem data divulgada.

O cuidado das empresas KPE e Coesa com esse lançamento era esperado já que da última vez que o consórcio interditou a Marginal para colocar mais vigas houve o acidente em que uma das estruturas desabou após uma falha na treliça lançadeira, em janeiro.

Segundo Silvani Pereira, presidente do Metrô, a retomada dos lançamentos por essa técnica deverá ocorrer em março. O consórcio está instalando a treliça lançadeira em outro ponto das vias para facilitar o serviço.

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