O Metrô de São Paulo publicou em seu relatório de integrado de 2021 novas informações sobre o desempenho da companhia. Dentre os principais destaques estão a redução drástica do prejuízo financeiro quando comparado com 2020 e o aumento do impacto do serviço no cotidiano das pessoas.
O resultado financeiro obtido pelo Metrô de São Paulo para o ano de 2021 foi um prejuízo líquido de R$ 759,4 milhões. Este valor representa uma redução de 55% quando comparado ao ano de 2020, onde a companhia registrou prejuízo de R$ 1,7 bilhão.
A receita operacional do Metrô leva em consideração a arrecadação com o valor da tarifa paga pelo passageiro, sendo esta a principal fonte de receita da companhia, somado às gratuidades, receitas não tarifárias e impostos.
Neste sentido, houve o aumento da receita tarifária (R$ 1,2 bilhão) e também da receita não tarifária (R$ 187 milhões). O ressarcimento das gratuidades foi da ordem de R$ 188 milhões. Quando agregado às outras fontes de receita, o resultado foi de R$ 1,5 bilhão em receita operacional líquida.
As despesas do Metrô são aferidas em quatro dimensões, sendo elas o custo dos serviços prestados, despesas com vendas, despesas gerais e administrativas e outros.
O custo da operação do Metrô de São Paulo em 2021 foi de R$ 2,3 bilhões, contemplando em sua maior parte o gasto com pessoal. As despesas gerais somaram R$ 541 milhões.
Ao todo, acrescentando as despesas com vendas e as outras fontes, o resultado líquido de despesas foi de R$ 2,29 bilhão.
O Metrô ainda apresentou no relatório integrado informações sobre a taxa de cobertura dos serviços prestados. Esse cálculo é realizado através da razão entre o total de “receitas reconhecidas” e o total das “despesas operacionais com efeito de caixa”. O resultado apontado pelo relatório é de uma taxa de cobertura de 67,8%.
Beneficio ambiental
Além da queda do prejuízo acumulado pelo Metrô, fruto de medidas mitigadoras e também do crescimento gradativo da demanda de passageiros, o sistema sobre trilhos acumula outros benefícios, sobretudo os sociais.
Os benefícios sociais são considerados os valores que deixam de ser desperdiçados com a presença do Metrô. A melhor forma de compreender a importância deste indicador é imaginar como seria São Paulo sem o Metrô.
Boa parte das pessoas migraria para o modo rodoviário, seja individual ou coletivo. Isso acarreta em uma série de problemas como o maior uso das vias, aumento de acidentes, emissão de poluentes, consumo de combustível e o tempo de viagem.
Para o ano de 2021 o Metrô contribuiu com R$ 8,5 bilhões em benefícios sociais. Dentre os fatores de maior peso estão a redução no tempo de viagem (R$ 5,2 bilhões economizados) e a redução no custo de operação de ônibus, automóveis e motocicletas (R$ 1,7 bilhão economizado).
Desde o ano de 2003, a rede do Metrô acumula benefícios sociais da ordem de R$ 283 bilhões. Evidencia-se portanto que a presença de uma rede de transporte que possua bom desempenho operacional impacta diretamente no desenvolvimento econômico e social de São Paulo e das cidades vizinhas, que também são impactadas pelo Metrô.
Tudo isso é muito bom, pena que o governo barra muitas coisas, deveriam acelerar mais os processos para construir novas linhas, demora demais esse processo de construção, deveria haver mais linhas, pois público tem.
Não é a toa que já foi considerado o melhor das Américas e é famoso pela sua limpeza. Sem contar seu plano de expansão de forma contínua, com obras de várias linhas ao mesmo tempo. Sem igual no país e um orgulho paulista.
Só falta combater com mais rigor o comércio ambulante nas linhas, aumentar a segurança das estações e entorno e se virar para que os trens modernizados que nunca entraram em operação passar a funcionar também, aí fica melhor!
Realmente, o entorno das estações deixa a desejar.
Metrô é metrô, o resto, bom…cof cof, o resto não serve pra nada.