A menos de uma semana do leilão que vai decidir qual será a nova empresa que fará a operação das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda da CPTM, o governo do estado atualizou o valor de outorga mínima da concessão, que agora passa a ser de R$ 320,9 milhões, um aumento de 5,9%.
A alteração do valor da outorga fixa tem como base o item 6.2 do edital de concessão. Segundo este item, a concessionária que assumir a operação das Linhas 8 e 9 deverá pagar o maior valor de outorga fixa em uma única parcela. Esse método de julgamento foi utilizado nas últimas concessões realizadas pelo governo nas Linha 5 e 17 e também na Linha 15 – Prata (aqui suspensa pela Justiça).
Originalmente, o valor da outorga fixa mínima foi definido em R$ 303 milhões com a data base de 1º de setembro de 2020. Entretanto, o mesmo trecho do edital indica que deverá haver uma alteração nos valores seguindo a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) que é determinado pelo FIPE. Segundo os cálculos, foi levada em consideração a variação entre agosto/2020 até janeiro/2021 resultando em uma correção de 5,91%. Dessa forma, o valor da outorga fixa mínima passou a ser de R$ 320,9 milhões.
A mudança nos valores realmente é bem expressiva, mas o governo certamente espera por lances bem mais altos caso o leilão no dia 3 de março conte com vários participantes, incluindo grupos nacionais e internacionais.
Um aumento de quase R$ 18 milhões de reais mostra que de certa forma o ambiente econômico ainda está instável por conta da crise do COVID-19. O desafio da futura operadora das Linhas 8 e 9 é apresentar uma proposta viável que vise tambem passar por esse momento de turbulência, onde foram registrados recordes de queda na arrecadação e demanda no transporte de passageiros, números esses que aos poucos estão sendo retomados a um patamar de normalidade.
Quando a CCR vai assumir as linhas? Está na cara que ela vai ser a ganhadora. Infelizmente ela é uma empresa que rebaixa e muito o salário dos profissionais metroferroviários.
Chega beirar o absurdo. Os condutores de trem da Linha Lilás, são prova. São tratados com desprezo pela ViaMobilidade, como se a empresa não precisasse deles. Salários Aquém, e jornada exaustiva.
Por essa razão, torço para que outra grande empresa ganhe essa concessão, assim podemos ter salários dignos, e evitar um monopólio que sempre acarreta em precarização do serviço à população.
e vc acha que outra operadora vai fazer diferente? o governo abriu a possibilidade até de grupos de investidores ganharem a concessão e subcontratar um operador. vc acha que eles estão preocupados com salario de funcionário? esses caras pensam apenas nos cifrões que vão entrar, são 15 bilhões de lucro garantido nos 30 anos de contrato. serviço publico virou balcão de negócios, todos esses caras ganham, menos o povo.