A partir de janeiro, policiais militares passarão a reforçar a segurança nas estações e trens da CPTM, anunciou o governo do estado nesta quinta-feira (12). O convênio entre as secretarias de Transporte Metropolitano e Segurança Pública prevê que até 445 policiais passem a atuar diariamente nas sete linhas da companhia em seus horários de folga. Caberà à CPTM arcar com os custos das horas extras.
“Essa parceria garantirá o acionamento imediato da Polícia Militar em qualquer tipo de crime nas estações. Assim, teremos soluções mais rápidas para ocorrências e inibição de novos crimes. Todos irão sair ganhando, especialmente os passageiros”, afirmou Alexandre Baldy, secretário dos Transportes Metropolitanos.
O objetivo é que os policiais sejam acionados em situações mais graves como crimes de furtos, roubos, assédio sexual e venda de bilhete ilegal, entre outros. O comércio ambulante, por exemplo, continuará a ser combatido pela Polícia Ferroviária e os seguranças terceirizados da CPTM, mas em casos de confronto a PM poderá atuar para garantir a segurança.
Foi um caso como esse que transformou-se no estopim que fez com que a STM buscasse o convênio com a Polícia Militar. Em agosto, um vigilante da CPTM foi morto por ambulantes na estação Botojuru, da Linha 7-Rubi, e a menos movimentada de toda a rede.
Segundo o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Marcelo Vieira Salles,”é uma ação em que todos ganham: o Estado, pela maior ação de presença policial; a CPTM, que amplia sua capacidade de fiscalização e, consequentemente, a qualidade do serviço oferecido ao usuário; a Polícia Militar, pois previne a ocorrência de ilícitos que podem onerar as estatísticas criminais, além de propiciar ao policial militar o exercício de uma atividade regulamentar para a complementação de renda; e, principalmente, o cidadão, usuário do sistema, que poderá fazer suas viagens num ambiente mais seguro e tranquilo”.
O convênio, conhecido pela sigla DEJEM (Diária Especial por Jornada Extraordinária de Trabalho Policial Militar), terá duração de dois anos, mas poderá ser renovado até um total de cinco anos, informou a secretaria. Ao mesmo tempo em que reforça a segurança, a CPTM também está buscando regularizar o comércio dentro das estações ao cadastrar vendedores ambulantes para que se profissionalizem, passem a arrecadar impostos e tenham um espaço dedicado dentro das estações da companhia – e que terá uma cobrança de aluguel no futuro.
Com uma extensão de mais de 270 km e operando em áreas mais abertas, a CPTM tem um histórico de problemas em controlar o acesso a suas vias, estações e trens, seja por ambulantes ou mesmo criminosos que roubam cabos e outros materiais vitais para a operação.
Apesar do site ter a função de noticiar de forma clara e objetiva, acho errado deixar explícito que os policiais não farão combate ao comércio ilegal. Parece insensato da minha parte, mas tem coisas que não merecem ser divulgadas, afinal, o que mudará? Absolutamente nada no dia a dia dos ambulantes, continuarão livremente dentro dos trens.
Acredito que ajudarão no combate sim. O secretário deve ter falado isso só para evitar polêmicas.
Que boa notícia, comerciantes nem me incomodam tanto, poderia haver uma forma de controle com eles, o dose é aguentar “zés droguinha” vendendo porcaria próximos as plataformas.
Poderiam também reforçar a segurança ao redor de estações, tem algumas que descer a noite é um perigo imenso.
Policiais ferroviários ?
Não existe são todos vigilantes.