Por dentro da Estação Ambuitá, a primeira parada construída pela ViaMobilidade

Nova estação destoa das demais paradas da extensão operacional da Linha 8-Diamante. Estrutura moderna e robusta é dotada de equipamentos de acessibilidade aos passageiros e atenderá 2,1 mil passageiros ao dia
Nova Estação Ambuitá (Jean Carlos)
Nova Estação Ambuitá (Jean Carlos)

A ViaMobilidade realizou na sexta-feira, 04, a entrega da Estação Ambuitá. A parada está localizada entre as estações de Santa Rita e Amador Bueno na extensão operacional da Linha 8-Diamante.

O site esteve no local, que foi entregue sem qualquer tipo de cerimônia. A estação deverá operar em caráter de operação assistida em horário comercial padrão, das 4h até as 0h.

Trem chegando à Estação Ambuitá
Trem chegando à Estação Ambuitá

Contexto

A Estação Ambuitá foi construída na década de 40 pela Estrada de Ferro Sorocabana e reformada nos anos 80 pela Fepasa. Em 2010, a estação foi desativada para reformas por parte da CPTM e não foi reconstruída.

A reconstrução coube à concessionária ViaMobilidade mediante investimento previsto no contrato de concessão. É a primeira estação construída por uma concessionária privada em São Paulo.

Estação Ambuitá antigamente (Estações Ferroviárias)
Estação Ambuitá antigamente (Estações Ferroviárias)

Acessos

O acesso da estação Ambuitá é bastante amplo. A entrada é dotada de escadas fixas e uma rampa para acessibilidade. Em todo o entorno é possível ver rotas táteis que guiam os passageiros com dificuldades visuais.

O prédio é de construção simples, porém com bastante aproveitamento da iluminação natural. A estação destoa bastante das demais paradas da extensão, sendo a mais robusta em comparação com Amador Bueno e Santa Rita.

Diferentemente das demais paradas, o acesso de Ambuitá não interage com a via férrea. Ao fundo da estação há a presença de baias para linhas de ônibus e também paraciclos para guarda de bicicletas.

Mezanino

No interior da estação os passageiros têm acesso ao hall de bilheteira e ao mezanino. A entrada atualmente é bastante intuitiva. Na área livre há apenas a presença de uma bilheteria, que não está em operação dado que o trecho é livre de cobrança tarifária. Também não há área para recarga de cartões ou emissão de QR Codes.

Na linha de bloqueios foram instalados quatro bloqueios normais e um bloqueio acessível. Elas estão localizadas na lateral da Sala de Supervisão Operacional, permitindo um rápido atendimento e supervisão por parte dos funcionários.

Os bloqueios foram fabricados pela empresa Wolpac e estão configurados para passagem bidirecional, ou seja, servem tanto para entrada como para saída. Os leitores de cartão foram instalados na estação, mas não estão ativados para cobrança de tarifa.

SSO (Jean Carlos)
SSO (Jean Carlos)

Na área paga os passageiros terão acesso aos sanitários públicos acessíveis. Desta área é possível ter acesso às duas plataformas da estação por meio de escada fixa ou elevador.

Para o acesso à plataforma sentido Itapevi o passageiro precisa percorrer um túnel que passa sob a via férrea. De lá terá acesso à área de embarque por meio de escada fixa e elevador.

Plataformas

A Estação Ambuitá possui duas plataformas laterais, uma no sentido Itapevi e outra no sentido Amador Bueno. Atualmente a ViaMobilidade mantém apenas uma das plataformas ativas, devido ao seu modelo de operação na extensão operacional.

Plataformas da Estação Ambuitá (Jean Carlos)
Plataformas da Estação Ambuitá (Jean Carlos)

As plataformas possuem cerca de 120 metros de comprimento e 3,5 metros de largura, os locais possuem rotas táteis, locais dedicados para o embarque de passageiros com necessidades especiais, e redutores deve vão entre o trem e a plataforma para facilitar o embarque.

Itens como lixeiras, extintores de incêndio e hidrantes estão disponíveis. A estação conta com telas, sistema de áudio, comunicação e câmeras de vigilância.

O único ponto particularmente peculiar das plataformas é seu teto bastante elevado. Em momento de chuva, devido a elevação, a proteção pode ser insuficiente dependendo da direção do vento.

Nas extremidades da plataforma escadas para o acesso as vias foram implantadas. A separação da plataforma para a área externa é delimitada por gradil.

Trem na Estação Ambuitá (Jean Carlos)
Trem na Estação Ambuitá (Jean Carlos)

Melhorias na PI

Além da construção da Estação Ambuitá, a ViaMobilidade procedeu com o alargamento da Passagem Inferior localizada ao lado da estação.

Construída pela Estrada de Ferro Sorocabana, a estrutura permitia apenas a passagem de um veículo por vez. A amplificação realizada pela concessionária permitiu não só a passagem de dois veículos, como também a travessia segura pelos pedestres.

Passagem Inferior de Ambuitá (Jean Carlos)
Passagem Inferior de Ambuitá (Jean Carlos)

Fim do PAESE

Com a inauguração da Estação Ambuitá o sistema de ônibus do PAESE que atendia as antigas estações da extensão operacional da Linha 8-Diamante foi descontinuado. A Linha I27 operada pela empresa Benfica atendia as estações de Itapevi, Santa Rita, Cimenrita, Ambuitá e Amador Bueno gratuitamente. Em Itapevi era necessário pagar passagem para sair da estação ou utilizar o serviço regular.

PAESE da Linha 8 foi suspenso (Jean Carlos)
PAESE da Linha 8 foi suspenso (Jean Carlos)

Conclusão

Em linhas gerais, a primeira estação construída pela ViaMobilidade atende de forma mais do que satisfatória aos passageiros da região. O projeto custou R$ 26 milhões e foi concluído em um ano.

A empresa responsável pela construção foi a Cahenri Engenharia, que também realizou a implantação do acesso sul de Barueri.

Estação Ambuitá (Jean Carlos)
Estação Ambuitá (Jean Carlos)

A nova parada é totalmente acessível e conta com uma estrutura moderna. A experiência de construção contou com sinergias da equipe de operação e da Engemob, braço de engenharia do Grupo CCR.

A demanda estimada para a nova estação é de 2.100 passageiros por dia. A cobrança da tarifa só deverá ser realizada após a conclusão de todos os investimentos previstos na região da extensão operacional.

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  1. Da cobertura: ela é bem mais recuada aparentemente, com isso há queda de água na ponta das plataformas. Se estendessem a proteção, corrigiria fácil.

    Do Paese: ESTÁ DESATIVADO DESDE APROXIMADAMENTE JULHO DO ANO PASSADO. Já ouvi diversas reclamações da ausência do Paese, dado que o bairro de Ambuita é isolado.

    Outra coisa é que os ônibus municipais não tem parado no ponto à frente da estação. Apenas o ônibus de Araçariguama para.

  2. Eu achei a estação muito boa para a demanda que terá, o que resta saber é se teremos reformas nas outras estações da extensão. Se não me engano, a VM teria que construir mezaninos e implantar elevadores nas duas outras paradas.

  3. Outra coisa que não posso deixar de comentar, que projeto horrível da CPTM essa extensão. A princípio era para ser um corredor de ônibus (inclusive existia nos 7000 um mapa com esse corredor), mas as estações que foram construídas foram feitas da pior maneira, sem falar das estações que não foram construídas.

    1. Aquele mapa se referia à linha I27 (Amador – Itapevi via Ambuita) que atendia o trecho no lugar do trem. Meses antes da desativação já existiam outdoors indicando que a extensão seria reconstruída.

  4. 5 lixeiras diferentes na plataforma?

    Isso é algo inútil (em qualquer estação), além de confundir as pessoas, as quais, por “preguiça” e pressa, vão acabar jogando em qualquer lixeira sem nem pensar, inclusive misturando reciclável com não reciclável, inviabilizando, muitas vezes, a reciclagem dos resíduos recicláveis.

    O ideal são apenas 2 tipos de lixeira: resíduo reciclável (basicamente: lata de alumínio, papel limpo apenas, garrafa de vidro inteira e embalagem plástica) e resíduo não reciclável.
    Na dúvida, jogue no NÃO reciclável.

    Não adianta separar os diferentes tipos de resíduos recicláveis se depois tudo vai ser misturado.
    Além do mais, na triagem de resíduos, fazem essa separação melhor do que a grande maioria das pessoas.

  5. Só eu que acho que 30 min de intervalo entre um trem e outro (para cada sentido obviamente) é muito tempo?

    A meu ver, o ideal deveria ser entre 15 min e 20 min no máximo, sendo de até 15 min no máximo nos horários de pico.

    Um intervalo mais baixo poderia também atrair mais demanda.

    Coitada da pessoa que chega bem na hora em que o trem acabou de sair.
    Vai ter de esperar MEIA HORA pelo próximo!!
    É muito tempo perdido!

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