O Metrô anunciou na semana passada que a sessão pública de recebimento das propostas da licitação de sistemas de alimentação elétrica da Linha 17-Ouro, lançada em dezembro, foi postergada para 15 de março.
Trata-se de um atraso de um mês em relação ao prazo original, que previa a abertura dos envelopes com as propostas para o dia 15 de fevereiro. A companhia não deu detalhes sobre o motivo do adiamento, mas a mudança no prazo para envio de questionamentos e também da data-base das propostas indicam que o projeto gerou dúvidas em possíveis participantes.
A implantação da Linha 17-Ouro, de monotrilho, tem sido a mais problemática da história do Metrô de São Paulo. As obras estão perto de completar 10 anos sem que exista uma previsão segura sobre a inauguração do trecho prioritário.
Além das obras civis lentas e da perspectiva de contar com o primeiro trem apenas no final deste ano, o empreendimento sofre com a dificuldade em implantar o fornecimento de energia elétrica, que permitirá o funcionamento adequado durante a operação plena.
O Metrô havia assinado contrato com o Consórcio Grupo Isolux Corsán-Linha 17-Metrô, empresa que já havia deixado a companhia em maus lencóis ao abandonar as obras da segunda fase da Linha 4-Amarela.
O grupo voltou a dar problemas para o Metrô ao não tirar do papel o projeto de energia, tendo sido afastado do contrato em 2017. Para que não houvesse mais atrasos, a empresa chamou o segundo colocado na licitação, um consórcio liderado pela Toshiba e que mais tarde mudou sua denominação para TSEA-Ferreira Guedes-Adtranz.
Mas novamente, o cronograma não foi honrado, por motivos não esclarecidos. O Metrô chegou a intimar a empresa a retomar os trabalhos no ano passado, mas sem sucesso.
Para fornecer energia para os trens e sistemas da Linha 17, será preciso construir uma nova subestação ao lado da que foi construída para suprir a Linha 5-Lilás durante a sua expansão concluída em 2019 e localizada nas imediações da Avenida dos Bandeirantes.
Ainda não se sabe se o Metrô busca uma alternativa de suprimento de energia para o ramal de monotrilho enquanto o projeto não é implementado já que seu prazo é longo, de 21 meses a partir da assinatura do contrato.