O projeto de Trens Intercidades (TIC) ligando São Paulo à Campinas deverá passar por uma revisão em seu edital que será publicada nos próximos dias. Apesar do modelo de serviço já estar consolidado, um dos grupos interessados em participar da PPP classificou o projeto como “mal feito” , segundo reportagem da Revista Ferroviária.
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O projeto sofreu uma espécie de downgrade ao longo dos anos. O modelo mais robusto para construção de trens regionais foi apresentado no ano de 2013 e previa viagens mais rápidas e integradas com outras regiões. A ideia era implantar dois eixos, sendo um no sentido Americana-Santos e outro no sentido Sorocaba-Taubaté.
Para além dos eixos estruturantes, mais abrangentes do que o projeto atual, outra característica marcante seria a maior quantidade de vias para os serviços. A proposta antiga previa que, além das duas vias para o trem metropolitano, outras duas vias seriam destinadas para trens regionais e de carga. Ao todo seriam seis vias na faixa de domínio.
Após uma série de remodelações, a PPP do TIC foi publicada com alterações consideráveis. O modelo atual prevê a passagem de trens de passageiros e cargas em vias singelas com desvios ao longo do trajeto.
Tal mudança reduz o investimento na implantação e torna a PPP mais acessível. O operador, nesta situação, poderia priorizar a passagem de determinados trens no horário de pico enquanto outros se utilizam dos desvios.
Porém, um dos grupos interessados ouvido pela revista viu fragilidades no projeto, que considerou como precário. O motivo seriam as restrições de operação em decorrência de poucas vias.
“Se algo acontece na via que impeça a passagem do trem, não haverá alternativa para o sistema. A operação ficará vulnerável. Para players internacionais, que vêm de países com uma infraestrutura ferroviária adequada, fica parecendo que o projeto é mal feito”, disse a fonte.
Em casos de acidentes ou problemas no trecho em via singela toda a operação seria impactada. Evidentemente, a operação do TIC deverá ter cuidado redobrado para permitir a fluidez das viagens.
Os demais grupos interessados não viram neste aspecto um empecilho para a operação. Mas fica evidente que o projeto sofreu restrições que poderão, até certo ponto, limitar a operação dos trens.
Ou seja, dessa forma, será uma viagem MAIS CARA e MAIS DEMORADA do que de qualquer ônibus rodoviário…
Enfim, tirem suas próprias conclusões.
Sinceramente nunca fez sentido essa exigência de 6 vias, não há nem espaço pra isso, seria preciso desapropriar e fazer movimentações de terras absurdas por mais de 100km de vias, o certo seriam tornar os trechos híbridos, com 4 vias e investir no ferroanel e não na segregação de vias nos trechos centrais
Ferroanel não dá votos, por isso não fazem…xD
Bem colocado
Mal feito pra não dizer gambiarra. Gastar mais de 10bi – com previsão de 15 – numa gambiarra na rota de maior demanda de passageiros do país não é só insano: serve como MAU exemplo para as outras linhas necessárias.
O transporte ferroviário de turismo, está sendo deixado de lado, pois, o Privado prefere as cargas, com maior lucratividade.
Desse jeito esse projeto não sai do papel
É mal feito esse projeto mesmo, esse negócio de via singela com bypass pode dar problemas sim, economia porca essa e se for pra fazer desse jeito, melhor é nem fazer, deixa do jeito que está mesmo!
Quem viajou de trem lá fora sabe, só nos centros das cidades passam 6,8, até 10 linhas de trem. Quando sai do centro, e as linhas se espalham, é só via dupla.
Em paralelo, precisam investir e priorizar o Ferroanel, entre Perus e Manoel Feio.
Será que voltamos no tempo onde não há monitoramento, controle e sistemas p/ gerenciar as restrições das linhas ?
Essa é a forma como a Direita administra as linhas e os projetos…kkkkkkkkkkk
prioridade para os acionistas e os usuários que se danem
Na boa… investe em uma linha nova de metrô, no ferroanel ou façam apenas o trem parador entre Campinas e Jundiaí. Quem quiser ir pra capital que pegue o serviço 710, ou vai de Cometa mesmo. No próximo censo a população deve começar a diminuir, fora as inovações tecnológicas/modo de trabalho que afetarão as pessoas até que esta obra ficasse pronta. Pouca demanda para um investimento astronômico, que impactaria pouco no cotidiano, e ainda atrapalharia os usuários do serviço 710 bem como o terminal barra funda. Fora o custo de manutenção do serviço, que teria de ser subsidiado pelo estado em caso de deficit.
Não precisa ter seis vias paralelas em toda a extensão.
O TIC pode compartilhar vias com o TIM, e até com a Linha Rubi, em alguns trechos mais longos que não tenha estações – mas SEMPRE em via dupla (isso sim é obrigatório).
Já a via exclusiva para os trens de carga pode ser em via singela mesmo, com pátios de cruzamento ao longo do trajeto – o que é permitido pela dinâmica e perfil do tráfego cargueiro.
O que não pode, nem se deve, é cometer a gambiarra de colocar os serviços de passageiros pra circular em via singela – aí é melhor não fazer nada, e deixar tudo como está.
Politicagem, anos que esses políticos só prometem, isso nunca vai sair do papel temos interesse políticos e empresarial nisso, seja quem seja os partidos políticos, essa coisa de trem vai ficar no papel ou encaresse.
Logo mudam o nome do projeto para SuperViaMobilidade e a carioquização do nosso sistema de trens estará completa
O Legado do Tarcísio com esse TIC vai ser uma grande desilusão… Um serviço porco, caro, demorado e frágil… isso se sair do papel… porque o novo edital será publicado justamente pra botar mais dinheiro do estado na jogada, aliviando o bolso da concessionária “vencedora”…
Como este suposto Grupo, eu também já escrevi isto antes. Esses projetos atuais de Trens intercidades e trens interestaduais e quase que à volta do sistema operado no século passado um pouco mais rápido e tecnológico, mas com as mesmas deficiências operacionais. Quem quiser realmente um sistema agregador tem que abrir caixa, seja iniciativa privada, governo do estado/federal ou BNDS, só assim os sistemas serão robustos e que impactarão verdadeiramente o cotidiano de milhares de pessoas, senão serão trens turísticos de luxo extremamente deficitários.
Já não basta a trapalhada que fizeram com a “linha” 13 da CPTM, que tem baixa eficiência por ter que compartilhar as vias das linhas 11 e 12 entre a Luz e Engenheiro Goulart? E depois se “surpreendem” porque a demanda ficou “aquém do previsto”.
Outro erro cometido na “linha” 13, no qual parecem insistir, é projetar seu percurso tendo em mente São Paulo como origem, e não como destino. Fizeram isso em Guarulhos, como se houvesse mais paulistanos embarcando em voos diariamente do que guarulhenses que trabalham em São Paulo. Daí, gente que nunca morou na cidade fica “sem entender” o motivo da “baixa demanda”.
Seria mais viável que a CPTM fizesse o oposto: começar criando malhas urbanas no interior, aproveitando o possível da estrutura já existente. Em vez de, por exemplo, ligar diretamente São Paulo a São José dos Campos, poderiam começar com uma linha metropolitana entre, digamos, Jacareí e Taubaté ou Caçapava, para, numa segunda fase, interligar essas malhas à Capital.
Há que se fazer, primeiro, com que a população do interior volte a se acostumar com o trem como meio de transporte. A Capital é mais destino do que origem. Por isso entendo que o centro do projeto das linhas deva ser as grandes cidades do interior, e não a Capital. Historicamente, sempre foi assim, tanto que as ferrovias tinham nomes como Sorocabana, Mogiana, E F Araraquara…
Bem interessante!
Concordo! Seria o mais lógico.
E o que não falta no interior são ferrovias, hoje subutilizadas, que já passam por dentro das cidades (que cresceram exatamente em torno dessas ferrovias).
Correto entendimento!
É um grande equívoco e retrocesso irresponsável voltar a se utilizar as Estação da Luz como Terminal da Linha 10 como era no passado recente que em maio a CPTM fez 30 anos.
Além disso, de acordo com estudos preliminares, os passageiros economizam oito minutos não realizando as transferências nas Linhas 7 e 10, podendo descer e distribuir em locais mais convenientes evitando tumultos, além da facilidade de se utilizar um número menor de baldeações.
Não se justifica por conta de uma concessão e criação de um TIC até Campinas cuja demanda é menor que 10% (semelhante a atual Linha 13-Jade) a mutilação e se desmembrar, pois comprovadamente não serão somente os passageiros da atual Linha Integradora Metropolitana 710 que ultrapassou em quantidade em 21% a linha 11-Coral serão prejudicados, mas de todo sistema Metrô CPTM, uma vez que se recebe diretamente conexões diretas com todas Linhas do Metrô /CPTM, inclusive as Linha 9-Esmeralda e 5-Lilás, que com pequenas expansões também é possível fazer, é novamente os gestores enfiando goela abaixo decisões precipitadas de mobilidade sem consultar os usuários, ao invés de facilitar.
não precisa de muito para perceber que isso é muito mal feito. falo disso há tempos. mas quem assumir a concessão não está preocupado com isso, mas apenas em ganhar sua fatia do bolo
Vcs em SP estão reclamando de barriga cheia, por ter que reduzir de 6 para 4 vias. Aqui em SC nós não conseguimos sequer construir uma ferrovia de 400 km com uma única via e em terras rurais. Faz 30 anos que não sai do papel o projeto da ferrovia do frango, que retiraria centenas de caminhões trafegando diariamente nas nossas rodovias de pista SIMPLES, causando desgaste maior da pavimentação, gerando congestionamentos e acidentes.
Correto entendimento!
É um grande equívoco e retrocesso irresponsável voltar a se utilizar as Estação da Luz como Terminal da Linha 10 como era no passado recente que em maio a CPTM fez 30 anos.
Além disso, de acordo com estudos preliminares, os passageiros economizam oito minutos não realizando as transferências nas Linhas 7 e 10, podendo descer e distribuir em locais mais convenientes evitando tumultos, além da facilidade de se utilizar um número menor de baldeações.
Não se justifica por conta de uma concessão e criação de um TIC até Campinas cuja demanda é menor que 10% (semelhante a atual Linha 13-Jade) a mutilação e se desmembrar, pois comprovadamente não serão somente os passageiros da atual Linha Integradora Metropolitana 710 que ultrapassou em quantidade em 21% a linha 11-Coral serão prejudicados, mas de todo sistema Metrô CPTM, uma vez que se recebe diretamente conexões diretas com todas Linhas do Metrô /CPTM, inclusive as Linha 9-Esmeralda e 5-Lilás, que com pequenas expansões também é possível fazer, é novamente os gestores enfiando goela abaixo decisões precipitadas de mobilidade sem consultar os usuários, ao invés de facilitar.