Dias atrás, o Metrô de São Paulo detalhou como pensa negociar o direito de renomear algumas de suas estações com patrocínios de empresas e marcas. Pela primeira vez, foi possível entender como a companhia planeja oferecer os ‘naming rights’ de cerca de 15 de suas estações e utilizou algumas imagens para ilustrar isso.
Os desenhos, no entanto, não traziam qualquer marca nos espaços delimitados para elas, o que não permitiu ter uma ideia clara do impacto que esse patrocínio terá na sinalização externa das linhas de metrô. Por isso, o site tomou a iniciativa de produzir uma ilustração aproximada de como os totens e testeiras poderão ficar ao exibir algumas marcas.
Para isso, selecionamos três empresas sem qualquer vínculo com o Metrô já que a licitação ainda nem teve seu edital divulgado. Vale reforçar: as marcas exibidas nesse artigo foram escolhidas de forma aleatória assim como as três estações e isso não as coloca de forma alguma em vantagem ou relacionadas a esses locais.
As estações apresentadas aqui – Conceição, Saúde e Faria Lima -, no entanto, foram citadas pela companhia durante a reunião com a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, da prefeitura de São Paulo, e que aprovou a exibição de publicidade no Metrô em fevereiro.
Conceição, inclusive, teve o nome associado ao banco Itaú já que ela é vizinha da matriz da empresa, na Zona Sul da capital, daí termos imaginado como seu logo se aplicaria aos itens de sinalização. Já Saúde, pela relação óbvia, foi citada pelo diretor do Metrô com exemplos de patrocínio do Bradesco Saúde e da SulAmérica.
Por fim, mostramos a estação Faria Lima, também apontada como uma das candidatas a serem oferecidas ao mercado publicitário. Pelo fato de a região onde fica a estação da Linha 4-Amarela ter um histórico com o mercado financeiro e de investimentos fizemos um exercício de imaginação com a empresa XP Investimentos.
Impacto baixo
A oferta de direitos de nomeação em estações tem ocorrido no exterior, mas de forma restrita. O famoso metrô de Londres, por exemplo, chegou a rebatizar a estação Canada Water como ‘Buxton Water’ em 2015 numa ação relacionada à maratona da cidade, mas a mudança durou um dia. No mais, a TfL segue sem adotar essa fonte de receita não-tarifária.
Este site chegou a ver a iniciativa dos naming rights com certo ceticismo anteriormente. Estações são pontos de referência importantes na região metropolitana e vê-las com nomes alterados por questões comerciais soa como um certo exagero.
A despeito dessa visão, reconhecemos que a simulação apresentada aqui pareceu bem menos impactante do que imaginávamos. A equipe do Metrô delimitou os espaços de forma que a presença da marca é discreta, sobretudo porque o nome utiliza a mesma fonte da companhia e também por conta do logo ser bastante reduzido.
Segundo o Metrô, a ofeta dos naming rights se resumirá a cerca de três estações por linha em média e cuja concessão ocorrerá apenas uma vez durante 20 anos. Ignora-se ainda qual valor a companhia poderá arrecadar com isso, mas seria uma oportunidade única utilizar esses recursos para padronizar a sinalização em toda a rede metroferroviária, hoje bastante confusa e sem padrão. Talvez seja uma compensação justa para isso, sem dúvida.
Depois de vermos que estações ganham nomes de políticos e personalidades, pelo menos naming rights traz caixa para a companhia. Gostei do modelo discutido, não altera o nome, apenas adiciona.
Olá Ricardo e amigos participantes
Protesto, porque Saúde Bradesco ou Sul America, esta estação é o lar da Ultrafarma e até a seleção brasileira ela já patrocinou , brincadeira o nome vai para quem pagar mais.
Abraços
Gilberto -JV-TS
Ps. Falta 92 dias para o fim de maio, será que a estação Vila Sônia será entregue?????