Qual é o ranking das linhas de trens metropolitanos mais movimentadas de São Paulo? É possível encontrar essa resposta numa pesquisa na internet, porém, você irá se deparar com dados imprecisos e confusos.
Para trazer clareza ao assunto, este site obteve com exclusividade informações precisa sobre a demanda de passageiros nas sete linhas de trens urbanos que operam no estado.
Os dados são do primeiro semestre de 2024 e oferecem um panorama bastante revelador sobre como o movimento nas estações tem variado após a pandemia do Covid-19.
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Embora os ramais que lideram sejam conhecidos, houve uma mudança importante em relação a 2023, além de um crescimento muito grande de uma das linhas.
Confira a seguir o ranking real do setor:
1º – Linha 11-Coral – 78,5 milhões de passageiros (3,6%)
O ramal de trens que liga cidades como Mogi das Cruzes e Suzano, além do extremo leste da capital, ao centro é com boa margem o mais movimentado em 2024. Foram mais de 78,5 milhões de embarques, 2,8 milhões a mais do que no primeiro semestre de 2023.
A Linha 11 foi um dos ramais que mais rápido retomou níveis mais elevados de demanda após a pandemia. Ela responde por quase 23% do número de passageiros no sistema de trens urbanos.
2º – Linha 9-Esmeralda – 64,1 milhões de passageiros (2%)
A Linha 9 foi uma das que mais sofreu com a crise sanitária a partir de 2020, juntamente com as linhas 4-Amarela e 2-Verde. Com o trabalho remoto, boa parte dos seus usuários deixou de acessar o sistema em meio à passagem de bastão entre CPTM e a ViaMobilidade.
Além disso, o ramal teve um período conturbado na operação com inúmeras falhas. Ainda assim mantém um confortável 2º lugar entre as linhas mais movimentadas com crescimento de 2% no período.
3º – Linha 7-Rubi – 59,4 milhões de passageiros (4,9%)
Prestes a ser assumida pela concessionária TIC Trens, a Linha 7, que vai da Luz até Jundiaí, experimenta um bom crescimento este ano. Unido à Linha 10 pelo Serviço 710, o ramal tornou-se mais atraente ao público, que pode viajar sem troca de trens por um trajeto enorme.
Esse cenário, no entanto, vai mudar, assim que a CPTM repassar a linha à concessionária, que só poderá atender o trecho entre Jundiaí e Palmeiras-Barra Funda.
4º – Linha 10-Turquesa – 53,3 milhões de passageiros (6,2%)
A “irmã” da Linha 7 tem passado por um crescimento vigoroso no 1º semestre, com alta de 6,2% no número de passageiros. Desde que passou a contar com trens mais eficientes, além do Serviço 710, a Linha 10 tem se tornado uma opção interessante para muitas pessoas.
Em números absolutos, ela é a que mais viu o número de usuários crescer: um total de 3,1 milhões de passageiros a mais, que a fizeram superar a Linha 8 como a 4ª mais movimentada da rede de trens metropolitanos.
5º – Linha 8-Diamante – 49,9 milhões de passageiros (-0,5%)
Como citado acima, a Linha 8 perdeu o posto que tinha no ano passado, já então ameaçado. O ramal que atende a região oeste da Grande São Paulo é um caso único na rede sobre trilhos já que a demanda encolheu.
Foram 270 mil passageiros a menos entre o 1º semestre de 2023 e este ano. A ViaMobilidade tem tido problemas para operar, mas as falhas são menos frequentes ultimamente. Os novos trens da Série 8900 aos poucos estão sendo usados no ramal, mas por enquanto o quadro é preocupante.
6º – Linha 12-Safira – 37,5 milhões de passageiros (2,7%)
A Linha 12 experimentou um grande crescimento nos últimos anos, fruto de investimentos em sinalização e melhoria na infraestrutura de vias. O ramal também se beneficia em parte de ser um caminho da Linha 13 até o centro, o que exige uma operação mais eficiente.
Em 2024, a demanda não tem subido tanto, mantendo o ramal Safira bem longe do 5º lugar.
7º – Linha 13-Jade – 3,4 milhões de passageiros (14,7%)
A novata Linha 13-Jade também é a “nanica” da rede já que sua oferta de viagens e extensão operacional não permitem atender tanta gente. Ainda assim o ramal inaugurado em 2018 e que atende o Aeroporto de Guarulhos é o que mais cresce em percentual.
No primeiro semestre o movimento subiu quase 15%, com mais 433 mil passageiros embarcados no período. A participação da Linha 13, no entanto, é de apenas 1%. No futuro, com as expansões pretendidas, a situação deve mudar para melhor.
A linha turquesa carrega mais que a linha Diamante
que doidera
Pra ser sincero o carregamento da L8 e no horário de saída do pessoal da cacau show
A subutilização da linha 12 se deve ao fato de que a linha possui pessima conectividade com a malha, acabando numa estação lotada. e como a demanda detesta baldear toda hora ou em integrações longas, o pessoal prefere pegar ônibus.
A maior parte das linhas de ônibus que passa por bairros próximos à L12 —em vez de ir para esta linha, que está mais próxima destes bairros— vai tudo para a L3, daí também se entende o motivo de haver uma demanda tão desproporcional entre L3 e L12.
Mas isto também é fruto do passado, quando a L12 era precaríssima e não tinha condição nenhuma de atender mais passageiros.
— [em “off”, da outra postagem]: é óbvio que estender (para atender mais gente) a ponta do CONTRAFLUXO de uma linha (5–Lilás) NUNCA que vai ter o mesmo efeito de superlotação do que estender a ponta do FLUXO de outra linha (2–Verde). É até benéfico expandir a ponta de contrafluxo, a fim de “diminuir a pendularidade”. Além do mais, a L2 poderia ser expandida também após V. Prudente, de modo que haveria uma sinergia na expansão das linhas 2 e 5.
E tenho certeza (mesmo sem dados simulados) de que a expansão da L5, por exemplo, até Guarulhos, passando por Gabriela Mistral, não sobrecarregaria como a L2 chegando a estes mesmos lugares.
A expansão total/completa da L2 a tornará uma grande canalizadora de demanda (talvez mais mesmo pela redução do número de transferências na rede, mas nem tanto pelo tempo total de viagem), e isto acabará transformando a linha em um funil, sobrecarregando-a.
É tentar passar também o gelo da bebida pelo canudo…
Não dá, né?!
A expansão de outras linhas no “curto” prazo pode ajudar: L6 e L15 também em São Carlos; L5 no Ipiranga e também na zona leste; etc.
Linha 8 diamante perdeu a frota padronizada 8000 com essa concessão, ficou com a maioria dos 7000 vindos da linha 12 onde o ar condicionado não funciona, etc. Vive sendo a segunda opção da viamobilidade em tudo, então isso ja era esperado e dito por nós em 2022.
A pandemia afetou a linha 8. A mera concessão não teve influência nos números.
O pós pandemia fez diminuir o número de alunos na Uninove Barra Funda, por exemplo. A desastrosa operação contra a Cracolândia derrubou as vendas na Santa Ifigênia, deixando a estação Julio Prestes cada vez mais vazia.
Esses são fatores que afetam a demanda da Linha 8.
E quando o serviço 710 acabar, aposto que a L10 voltará a cair.
eu amo esse tipo de post
numeros e informaçoes
O fato de uma linha ser a mais movimentada nem sempre é algo a ser comemorado, muito menos pelos seus passageiros neste caso.
A L11 é superlotada nos horários de pico e tem um dos embarques mais violentos da rede (para quem não entendeu, vai para a Luz embarcar na L11 às 18h).
A L11, do jeito que está (superlotada), pode ser ruim até para a própria CPTM, pois qualquer pequeno atraso já causa um caos na operação, além do material rodante que é muito mais desgastado em linhas superlotadas.
No metrô é diferente: a linha mais movimentada hoje (L1) não é superlotada e tem carregamento de pico bem inferior ao da linha um pouco menos movimentada atualmente (L3).
No momento, o carregamento de pico da L1 é similar ao da linha que movimenta 60% da sua demanda (L2).
O dado que queríamos de vdd n tem, q é a média de passageiros em dia útil, continuaremos no escuro em relação a cptm q n divulga esse dado faz anos
Para mim que sou um usuário não foi surpresa que a Linha 10-Turquesa ficasse em 3º lugar, e que alguns “expert”, para justificar seu seccionamento no intuito de deprecia-la se lançava dados com afirmações falsas!
Por estes dados fica comprovado que Pesquisas de Demandas existem sim, porém faltam as da Pendularidades. Satisfação dos usuários do sistema de trilhos, bem como Origem / Destino, bem como as linhas de Metrô mais movimentadas de São Paulo e que por serem totalmente negativas para as atuais intenções governamentais só não são divulgadas para encobrir todas estas falcatruas e concessões mirabolantes manipuladas e descabidas começando pelas linhas melhores, invertendo prioridades a um TIC em prejuízo aos Trens Metropolitanos com sérios prejuízos para o Estado e a mobilidade da população patrocinadas pelo forasteiro fanfarrão.
Por conta destas planilhas ficam comprovadas que o atual *Serviço-710 que é a soma da 2ª Linha 7-Rubi: 54,4 milhões + a 3ª Linha 10-Turquesa: 53,3 milhões transportaram 107,7 milhões, portanto é o verdadeiro campeão em mobilidade, e sofrera um grande acréscimo em breve com a chegada da Linha-2 Verde na Penha, beneficiando todas as linhas provindas do Alto Tietê, inclusive os da ViaMobilidade, é uma insensatez extingui-los!
*Nº de passageiros contabilizado no primeiro semestre de 2024
Particularmente, eu vejo muitas vantagens no Serviço 710.
Contudo, vale ressaltar que, antes da criação deste serviço, e com a Linha 7 finalizando no Brás, era bem mais tranquila (em termos de lotação/conforto nos trens) a viagem entre as estações Barra Funda e Brás (pela L7, é claro) nos horários de pico.
Atualmente, esse trecho, no Serviço 710, anda sempre lotado nos picos (o que, neste sentido, demonstra também a utilidade e uso do serviço em questão).
Por outro lado, é necessário que a Linha 10 chegue pelo menos até a Luz (já sabemos que será assim com o fim do Serviço 710), servindo como alternativa de acesso ao centro, à Linha 4–Amarela, à zona norte e à parte da zona oeste (Barra Funda, Lapa, etc.) devido à conexão futura da Linha 15 com a Linha 10, e também, sobretudo, devido à própria expansão da Linha 2–Verde (que, por conseguinte, terá um incremento no seu carregamento de passageiros), levando a uma desestimulação do seu uso em Tamanduateí (tal como ocorre em Brás na Linha 3) e levando passageiros a seguir para conexão na Luz a partir da L10 (ou via L15 + L10 no Ipiranga).