Em abril de 2019, o governador João Doria (PSDB) afirmou durante entrevista ao vivo à TV Globo que a CPTM contaria com portas de plataforma em todas as estações até 2021.
“As portas de plataforma são uma reivindicação justa da população para a CPTM. Começarão a ser instaladas esse(sic) ano e em 24 meses todas as estações estarão com portas automáticas, que aliás é o padrão metrô”, disse o tucano na época.
Passados quase três anos desde a promessa, nenhuma ação conhecida da atual gestão corroborou tal afirmação. Na sexta-feira (11), no entanto, após a mesma rede de televisão apresentar uma reportagem que mostra os imensos vãos e desníveis entre os trens e plataforma em boa parte das estações, a Secretaria dos Transportes Metropolitanos revelou uma novidade, a instalação das PSDs, como são chamadas as fachadas em inglês, na Linha 13-Jade.
Questionado pela reportagem sobre a promessa não cumprida de Doria, o governo afirmou que o mais novo ramal da CPTM será o primeiro a receber as portas de plataforma. Segundo resposta enviada ao jornal SP2, a Linha 13 já contaria com sistemas implantados, restando apenas a licitação das PSDs, a ser lançada ainda em 2022.
Implantação complexa
A despeito das promessas, o projeto de implantar portas de plataforma nas estações da CPTM é bem mais complexo do que no Metrô. Entre as razões estão a ausência de um sistema de controle de trens mais avançado em alguns ramais e a situação precária de muitas estações, com os desníveis e vão imensos das plataformas. Além disso, é preciso reforçar essas estruturas para suportar o peso extra, o que pode levar à necessidade de reconstrução das plataformas.
A Linha 13-Jade, por ser a primeira projetada pela própria CPTM, conta com poucas estações e um sistema ATO, que automatiza parte das funções do trem, recentemente introduzido. Isso facilitaria o serviço, mas teria um impacto pequeno na vida do usuário já que o ramal atrai pouca demanda.
Já a Linha 11-Coral, a mais movimentada da companhia, possui 16 estações e deverá ser estendida até Barra Funda nos próximos anos. É sobretudo ela que deveria ser priorizada para reduzir acidentes graves como o que feriu uma passageira na semana passada.
Curioso pra saber como isso se dará nas demais linhas da CPTM que não contam com frota padronizada e estações velhas
No final as linhas vão sim ter frotas padronizadas, talvez a linha 12 não, mas acho que tem como fazer portas que sejam de um tamanho exato para comportar os trens de várias séries
E ainda vão ter um bom trabalho de reforma das estações, imagina as PSD numa estação Aracaré ou Rio Grande da Serra, além dos desnível e do vão tem a questão de ser “aberta” no tempo
Por serem estações de grande movimento, com vãos menores e ausência de trens de carga, as estações de Guaianases, José Bonifácio, Dom Bosco e Itaquera da linha 11 da CPTM deveriam ter prioridade na estalação de portas de plataforma!
Mas como vão fazer com as outras linhas, já que os trens tem padrão de portas diferentes?
Sua pergunta foi muita boa, lembrou bem Marcus!
Com exceção das linhas 11 e 13, acho que nas outras linhas dificilmente vão instalar as portas de plataforma.
a primeira palavra do titulo diz tudo sobre a instalação ou nao das portas de plataforma: QUESTIONADO.
quando eles sao questionados, apresentam soluçoes na ponta da lingua e da noite pro dia. esse é o modus operandi desse pessoal há um bom tempo.
ou seja, nao vai ter porta de plataforma. como já era de se esperar quando foi dito lá em 2019 q tambem nao iria sair.
Um problema de complexa resolução!
Mesmo com a presença das PSD’s, instalação de um avançado sistema de controle de trens e frota padronizada, ainda persistirá dois problemas difíceis de resolver:
O primeiro é a vibração das estruturas causada pela passagem de trens de carga.
E o segundo é o fato dos trens cargueiros serem mais largos impossibilitando a diminuição do vão entre o trem e a plataforma.
Tais problemas só seriam solucionados com a segregação total das linhas de cargas e passageiros.