As mudanças no contrato de concessão das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, celebrado com a ViaMobilidade, continuam a ocorrer na gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Nesta terça-feira, 21, a Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI) divulgou uma nova deliberação da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões (CMCP), que determina a supressão parcial dos investimentos na estação Jurubatuba, da Linha 9.
Localizada na região sul da capital, a estação deveria receber melhorias avaliadas em um custo atualizado de R$ 858.717,18. O valor agora será reequilibrado em favor do estado.
A nota não explica os motivos que levaram à suspensão da reforma da estação, que em dezembro recebeu uma média de 12,1 mil passageiro por dia útil.
O governo e a ViaMobilidade já acordaram em outras supressões de investimentos, mas que envolviam projetos que serão abordados na concessão das linhas 11, 12 e 13 ou então perderam o sentido por terem sido executados por outros órgãos.
A despeito do saldo positivo para o governo, os recursos não deverão ser recebidos já que a atual gestão planeja reinvestir nos dois ramais.
Um dos projetos em gestação é a adoção do sistema ETCS de controle de trens, além de um novo viaduto ferroviário para que a Linha 9 possa seguir em direção à Barra Funda.
ou seja, fizeram a concessão com o pretexto que o privado iria injetar dinheiro e investir, e na prática o privado só recebe sem nenhuma contrapartida. na prática é aquilo que sempre foi falado, concessão não passa de transferência de orçamento público para empresa privada.
o serviço continua a piorar, mas já está se normalizando o mau serviço e daqui alguns anos tudo cai no esquecimento, e a “melhora” da qualidade do transporte fica sendo promessa de campanha eleitoral a cada 4 anos.
Mas nesse caso, o governo estadual está recebendo o dinheiro de volta, apesar da reforma na estação esteja acontecendo já faz um tempo, não entendi porque a SPI decidiu suspender do contrato se a reforma já estava acontecendo.
Cabe novamente:
Em um termo de referência hipotético, foi estabelecido que a concessionária teria as obrigações X, Y e Z.
A concorrente AAP não participou da licitação pública porque a obrigação Z teria um custo elevado, tornando inviável a sua participação. Já a concorrente BBQ participou, mas perdeu porque seu valor era mais alto, devido ao custo significativo da obrigação Z.
Por outro lado, a concorrente XXY, que ofereceu o menor preço geral, estimou um valor muito abaixo do real para a obrigação Z. Embora os valores das outras obrigações fossem mais altos, estava previamente acordado que a obrigação Z seria alvo de um ajuste contratual. Com isso, a empresa seria isentada de executar a obrigação Z, em troca de uma compensação pelo valor sabidamente mais baixo a ser ressarcido.
Uma reflexão boba
Toda concessão tem exigências mínimas para participação.
Se uma empresa não tem capacidade mínima para investimentos, é barrada.
A estação Jurubatuba foi reformada sob gestão da CPTM nos anos 2000.
Muitos anos depois foi descoberto um problema de solo em uma das plataformas.
Esse problema obrigou a CPTM a acionar uma empresa especializada para estabilizar o solo.
O contrato de concessão obrigava a Via mobilidade a fazer isso.
Como a CPTM está fazendo, não faz sentido ficar no contrato.
Porque desprezam tanto os moradores da zona sul. Só se vê melhoras na zona leste, zona norte e oeste relativo ao transporte metrô ferroviário, ficamos a mercê dessas empresas de ônibus lentas de percurso intermináveis do se ponto inicial ao final sem contar com as porcarias dos microônibus apertados e velhos . Até quando irão tirar onda com nos da zona sul? Até quando?