Cinco anos atrás, no dia 31 de março de 2018, a CPTM entregava para a população a Linha 13-Jade. A tão desejada linha que ligaria o sistema sobre trilhos ao aeroporto de Cumbica, um dos mais relevantes do Brasil, se tornaria realidade.
A Linha Jade possui vários aspectos que pesam pró e, de forma aparente, contra. Suas características operacionais são passíveis de questionamentos na medida em que a demanda, estimada em mais de 100 mil passageiros por dia, não chegou sequer a 20% deste valor.
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Traçaremos um retrospecto e um prognóstico do ramal que hoje é a única ligação sobre trilhos para a cidade de Guarulhos.
2018
A Linha 13-Jade começou a operar no dia 31 de março de 2018. Na época, ainda sem ter uma frota própria, a circulação era realizada com os trens da Série 9500. Naquele período, a operação ocorria com velocidade restrita e apenas em via única.
Em meados de agosto as primeiras mudanças começaram a ocorrer. O horário de operação já havia sido estendido para os dias da semana. A frota de trens também foi alterada, sendo que a Série 9000 passou a ser a principal no trecho.
Em outubro daquele ano foi inaugurado o Serviço Connect, que ligava a estação do Brás até o Aeroporto Guarulhos com parada em todas as estações. Os trens partiam em horários específicos pela manhã e pela tarde.
No geral o serviço era bastante requisitado, com trens partindo relativamente cheios da plataforma 8 da estação Brás. Foi um dos grandes acertos da CPTM, que viu a demanda da linha começar a dar sinais de aumento.
O serviço Expresso Aeroporto foi entregue na metade de outubro. Naquela época, ele contava com uma quantidade relativamente baixa de partidas e com cobrança adicional de tarifa no valor de R$ 8,00.
Apesar disso, a viagem foi vantajosa pela velocidade. Era possível partir da estação Luz até o Aeroporto Guarulhos em até 35 minutos.
2019
No começo de 2019, a CPTM começou a utilizar trens da Série 7000 para a realização dos testes do sistema de sinalização ATO. Hoje uma realidade na Linha 13-Jade, o sistema permite a operação automatizada dos trens com paradas precisas nas plataformas e ajustes do nível de serviço.
Em setembro, o primeiro trem chinês fabricado pela CRRC desembarca em solo brasileiro. A série 2500 é a compra de 8 composições que atuam exclusivamente na Linha 13-Jade.
2020
Em fevereiro de 2020, o primeiro trem da série 2500 era entregue para a operação. O novo trem contava com itens de conforto como bagageiros e maleiros. Além disso, recursos como contadores de passageiros e mapas dinâmicos em telas de LED foram adotados.
Em março, já imersos na pandemia de COVID-19, a CPTM suspende o serviço Expresso Aeroporto e o Serviço Connect. Em âmbito geral, a demanda do sistema metroferroviário caiu de forma nunca antes vista o que inviabilizou a prestação destes serviços.
Nos meses de outubro e novembro, a Linha 13-Jade passou a contar com dois novos trens chineses. A pandemia havia afetado o cronograma de entrega das novas composições.
Em dezembro, a CPTM reativa o Expresso Aeroporto no formato atual com viagens de hora em hora e também com a eliminação da cobrança de tarifa diferenciada. Agora a integração com o serviço expresso era totalmente gratuita.
No geral, a qualidade do serviço se manteve a mesma, com a viagens rápidas entre Luz e Aeroporto Guarulhos.
2021
O ano de 2021 foi marcado pelos diversos projetos de expansão e melhoria do ramal.
Em abril, o consórcio liderado pela Telar venceu a licitação para levar a Linha 13-Jade até a estação Palmeiras-Barra Funda. Seria mais uma extensão do serviço que passaria a atender o polo intermodal com diversas conexões metroferroviárias e rodoviária.
Em setembro é publicada a licitação para anteprojeto da extensão leste da Linha 13 que atenderá os bairros mais populosos de Guarulhos. Em contrapartida, o projeto para levar o ramal até a estação Chácara Klabin foi descontinuado.
2022
Em janeiro de 2022, a Linha 13-Jade finalmente começou a operar com o sistema ATO. Agora os trens poderiam executar algumas funções de forma totalmente automatizada como aceleração, frenagem, regulação de intervalo entre outros. Foi a primeira linha da CPTM a ter trens operados de forma automática.
Em maio de 2022 foi assinado a construção do people mover junto ao consórcio AeroGru. O novo modelo de transporte permitirá a transferência gratuita entre a estação da CPTM e os terminais do Aeroporto.
Também em maio, a CPTM divulgou seus planos para ampliação da plataforma 5 da estação da Luz. O projeto robusto, executado pela equipe técnica da CPTM, prevê uma série de melhorias no local, aumentando o conforto dos passageiros nos horários de maior movimento.
2023
As projeções da Linha 13-Jade para o futuro são ao mesmo tempo positivas e incertas. A expansão do ramal até Bonsucesso em Guarulhos poderá atender a uma demanda bastante expressiva, elevando o número de passageiros que utilizam o trem.
Ao mesmo tempo, a construção das estações Cangaiba e Tiquatira, com integração à Linha 2-Verde, permitirá aliviar a situação da Linha 12-Safira, que sofre com a sobrecarga de passageiros quando o serviço expresso não opera.
Mais recentemente, o governador Tarcísio de Freitas anunciou a intenção de conceder todas as linhas da CPTM, o que inclui a Linha 13-Jade. Empresas privadas como o Grupo CCR já manifestaram interesse em participar de tais concessões.
O futuro da Linha 13-Jade como meio de transporte é mais positivo e promissor do que as teorias e falácias conspiratórias alardeadas em sua inauguração. O tal “elefante branco” tem um imenso potencial que, se explorado da maneira correta, poderá dar efetivamente uma função de relevância para a linha do aeroporto, mas será preciso esperar mais algum tempo para que eles efetivamente ocorram.
A saga da Linha 13 continua, os acontecimentos mais significativos nos próximos anos serão a inauguração do people mover, a chegada da linha à Barra Funda com a diminuição dos intervalos na própria 13 e nos trechos compartilhados das linhas 11 e 12, a integração com a Linha 02, expansão até Bonsucesso e uma possível expansão ao Parque da Moóca em subterrâneo! Tudo isso seria uma tremenda revolução na linha, claro que novos TUEs teriam de ser adquiridos para essa expansão toda dos serviços, espero que não demore tanto como de costume para que tudo isso aconteça!
A extensão pro Parque da Mooca foi descontinuada…
Amigos, aproveito o espaço para fazer uma pergunta aos especialistas em mobilidade… Pq insistir em construir a linha 14 – q liga Guarulhos ao ABC e rasga a periferia da ZL conectando sete linhas do sistema – com a proposta atual com imenso impacto em desapropriações? é muito mais barato e mais rápido e não causar tanto impacto utilizar o canteiro central da Jacu-Pessego, conectando a a linha 10 em Mauá.
O governo atual cogita retomar essa extensão, notícia de poucos dias atrás.
Esta linha não deu certo
Porque no Brasil quem anda de avião não costuma andar de trem , Não vale a pena , o serviço é muito ruim é perigoso pra quem está com bagagem
Quem tá gastando numa passagem aérea não vai economizar 100 reais num Uber , que vai da porta da sua casa até o aeroporto com conforto
Causa estranheza esta obsessão dos planejadores trazer as Linhas 13-Jade, 12-Safira e 11-Coral para Barra Funda utilizando as conexões em “Y” chegando por um par de linhas é insensato pois o bloqueio de uma paralisa todas as três, exatamente antagônico do que acontece com a “Linha Integradora-710” e com a paralização de uma das Linha-7 ou a Linha-10 podem trafegar normalmente unitariamente.
Não se justifica que por conta de quaisquer concessões que um TIC-Trens Intercidades tenham preferencias com relação aos Trens Metropolitanos que beneficiam muitos mais usuários, tratando-se de um enorme retrocesso na qualidade da mobilidade urbana.
Concordo que demanda prevista, relevo e outras categorias geomorfológicas da região, e espaço para instalação são fundamentais para escolha do modal, mas o que dizer do planejamento da Linha 13-Jade de alta capacidade que se projeta transportar 130 mil / dia, mas que hoje só transporta 11,5 mil!?
A Linha Integradora-710 metropolitana possui “loopings” totalmente independentes, portanto as interferências de uma não bloqueia a circulação e não interfere na outra e nem abaixa o desempenho das provenientes do Alto Tiete, principalmente da Linha-11 Coral linha está que já ultrapassou em muito o limite de saturação com 7,1 passageiros por m², quando no máximo seria 6,0 p/ m², além de serem mantidos os cargueiros e prolongando até Barra Funda só irá agravar a lotação, pois elas não são concorrentes pois não utilizam as mesmas vias, é exatamente o oposto daquela informação inconsistente que aquele comentarista bajulador das concessões passou, pois com a chegada da Linha 2-Verde na Penha ela fará justamente a função de redistribuir e minimizar o fluxo pendular de passageiros nas integrações, ao contrário da Linha 13-Jade e novamente o planejamento técnico foi desprezado para serem tomadas medidas mesquinhas adaptadas sem fundamentos plausíveis, pois interpenetrar em “Y” a Linha 13-Jade na 12-Safira e novamente na 11-Coral que possuem cargueiros e prejudicando o funcionamento de ambas é uma insensatez incomensurável, visto que a Linha-13 além de não prever em seu projeto original seguir até a Barra Funda sem a expansão das atuais linhas e mantidos os cargueiros da MRV na área central para justificar o vão entre as composições e a plataforma.
Deveriam pensar em expandir a linha 13 para Aruja ou Santa Isabel e a futura linha 19 do metrô até o Parque Cecap integrando estas duas linhas.