A Linha 6-Laranja, da LinhaUni, deve começar sua operação apenas no trecho entre Brasilândia e Perdizes em 2026 em virtude do andamento das obras no restante do ramal
A extensão da primeira fase conta com nove das 15 estações da Linha 6 e atualmente sete delas já estão com mais de 50% de obras concluídas.
São elas Santa Marina (66,7%), a mais adiantada, Brasilândia (62,6%), João Paulo I (56,3%), Freguesia do Ó (50,5%), Água Branca (64,8%), Sesc Pompeia (52,9%) e Perdizes (64,9%).
Duas outras paradas ainda não chegaram à metade do cronograma. Itaberaba-Hospital Vila Penteado, agora a mais profunda da América Latina, está atualmente com 48,1%, ou seja, perto de se juntar às demais.
Já a estação Maristela, localizada entre Brasilândia e Itaberaba-Hospital Vila Penteado, está com apenas 29% de obras concluídas, ficando apenas atrás de 14 Bis-Saracura, prevista para a segunda fase, que hoje está com 10,13%.
O que as duas estações têm em comum, além do atraso, é que são as próximas a receberem os tatuzões Norte e Sul, respectivamente.
Com percentuais baixos de avanço em ambas, ainda não é possível vislumbrar condições para que as tuneladoras passem por elas.
Conexão apenas com a Linha 7-Rubi inicialmente
Se conseguir abrir as nove estações em 2026, a Linha 6-Laranja não terá conexões em um primeiro momento com linhas metroviárias.
Haverá apenas a ligação com a Linha 7-Rubi, da CPTM, em Água Branca, mas até isso é temerário já que as obras para ligá-la à Linha 6 dependem da nova concessionária TIC Trens.
O projeto final prevê que haja conexão também com a Linha 8-Diamante, da ViaMobilidade, em uma futura estação integrada. Por ser uma obra mais complexa, que deverá remanejar vias e afetar a operação no trecho, a ligação segue sem um horizonte claro.
Com ou sem 14 Bis Saracura?
Após a estreia parcial da Linha 6, a concessionária Linha Uni terá que correr contra o tempo para concluir o segundo trecho até 2027 e que contará com outras seis estações, duas delas com conexão com linhas de metrô.
Serão entregues as estações PUC-Cardoso de Almeida (54,15%), FAAP-Pacaembu (43,16%), Higienópolis-Mackenzie (44,07%), onde haverá conexão com a Linha 4-Amarela, operada pela ViaQuatro, 14Bis-Saracura, Bela Vista (49,68%) e São Joaquim (40,20%), com conexão nesta estação com a Linha 1-Azul, do Metrô.
Mas há a possibilidade de o segundo trecho abrir sem a estação 14 Bis-Saracura, que segue em um impasse sobre a retirada de materiais arqueológicos.
A falta de consenso entre governo, concessionária, o Iphan (que cuida do patrimônio histórico) e organizações da região do Bixiga tem protelado uma solução que permita a implantação da estação e preserve a história do local.
O Tatuzão Sul chegou à Higienópolis-Mackenzie na semana passada e agora saberemos se ele continuará escavando ou se haverá uma pausa para que 14 Bis possa ser escavada.
De acordo com o levantamento da Comissão de Monitoramento das Concessões e Permissões (CMCP), ligada à Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI), até o mês de agosto deste ano, 55,4% das obras de toda a Linha 6 já foram concluídas.
Por que o atraso tão grande na estação Maristela? A concessionária precisa explicar isso, não há nenhum impedimento lá, como há em 14-Bis.
Em Maristela há uma falha geológica (não prevista inicialmente nos projetos de sondagem) que precisou alterar o plano de escavação da estação.
Nada mais justo que a Acciona reconstruir a estação Água Branca para as linhas 7 e 8, depois a Tic Trens paga a Acciona…
Nada que um contrato na resolva!
Luis os custos são altos. A metro bh do mesmo grupo controlador do tic fará linha singela em um trecho em bh. Imagina essa obra subterrânea em sp. Os custos são estratosféricos.
Cadê meu comentário???
depois de anos de obras paradas, Tarcísio pode se tornar o governador que mais entregou estações de metrô