Túneis escavados com a tecnologia mais moderna disponível, trens com sistema de controle de ponta, estações espaçosas e pensadas para oferecer iluminação natural, portas de plataforma para ampliar a segurança dos passageiros. A Linha 5-Lilás está entre as mais modernas da rede metroferroviária de São Paulo, mas num aspecto ela é a mais atrasada, a falta de sinal de celular e internet em seu trecho subterrâneo.
Desde que a expansão do ramal começou a ser entregue, no segundo semestre de 2017, o “apagão” de sinal dentro dos túneis e mesmo em áreas mais fechadas das estações tem irritado os usuários. No ano passado, a Linha 5 teve sua última estação entregue, Campo Belo, e até hoje nada de infraestrutura de voz e dados. E situação não deve mudar tão cedo afinal a tarefa de oferecer o serviço cabe às operadoras de telefonia e elas parecem não ter pressa alguma.
Em resposta a um usuário, o presidente do Metrô, Silvani Pereira, intermediou um posicionamento da ViaMobilidade, concessionária privada que opera o ramal desde agosto de 2018. Segundo a empresa, ela “está aguardando a entrega dos projetos de implantação de infraestrutura e de instalação de sinal de telefonia móvel na Linha 5-Lilás por parte das operadoras de celular, responsáveis pelo serviço. A concessionária esclarece que mantém contato contínuo com as empresas com o objetivo de disponibilizar o serviço o mais breve possível“.
Difícil entender por que é tão complexo instalar cabeamento e antenas em cerca de 10 km de túneis afinal de contas passam diariamente pelo ramal mais de 600 mil pessoas, o equivalente à população inteira de municípios como Santo André, por exemplo. Embora deixe a desejar em algumas regiões, a qualidade do sinal nas demais linhas subterrâneas de metrô é aceitável e vital para que os usuários possam se manter conectados. O trecho em questão da Linha 5 demora cerca de 20 minutos de viagem entre Adolfo Pinheiro e Chácara Klabin. Parece pouco, mas para muitas pessoas significa otimizar seu tempo, agendar encontros, responder mensagens e, por que não, se entreter.
Seria fundamental que a atual gestão de governo, que em tantos momentos buscou resolver problemas convidando as partes para conversar e negociar, fizesse o mesmo com as operadoras de telefonia e a própria concessionária, para estipular uma meta de disponibilização do serviço que, a despeito desses problemas, já deveria ter sido previsto no projeto de expansão.
Sinal de internet no túnel não é prioridade.
Se as operadoras não possuem interesse, não existe outro jeito a não ser se acostumar com isso. Ou será que as pessoas estão tão viciadas em celulares e podem “morrer” se ficarem alguns minutos do seu dia sem sinal?
E nem a desculpa do celular ser útil para comunicar problemas cola, pois todos os trens possuem maquinistas com rádios, cada vagão possui interfones ligados à cabine e câmeras, em cada saída de emergência existem interfones e tudo isso é monitorado em tempo real pela central de controle.
É sério que tudo é monitorado?!
Então, qual a razão de haver aqueles anúncios para que os passageiros denunciem irregularidades como comércio ilegal, assédio, vandalismo e etc?
Até parece que aquelas câmeras instaladas dentro dos trens não servem pra nada!
Ou os condutores não querem se dar ao trabalho de avisar a central.
Essa é a impressão que tenho usando a linha Azul.
Exceto onde se exige monitoramento full time por questões de força maior, nenhum outro sistema de vídeo vigilância acompanha tudo todo o tempo. Mas as imagens ficam registradas para uma possível futura averiguação. Já o que vc citou sobre denuncia, é justamente pra isso também, ou seja, se vc der informações corretas sobre determinado caso, agentes e o monitoramento remoto focam direto no local detalhado. Fora isso, seria inviável vc ter um monitoramento em tudo em Full time
Eu por exemplo participo de conferências com clientes no exterior enquanto estou me deslocando. Como muitos estão na Ásia ou outros países de fuso horario diferente, nem sempre dá pra escolher o horario. São os novos tempos. Bem vindo à eles.
E essa Via Mobilidade parece ter interesse mínimo em telecomunicações, nisso ela está parada no tempo!
Essa empresa só divulga o 0800 como canal de comunicação.
Não mencionam a página na internet e não há contas de Facebook e Twitter.
Enquanto as outras operadoras de transporte por trilhos têm isso e a CPTM tem até número de Whatsapp!
O “Fale Conosco” da página da internet é uma piada, pois uma vez, ano passado, tentei enviar uma manifestação por escrito e o formulário preenchido não enviava a mensagem.
Telefonei para o 0800 para reclamar do defeito e o atendente me disse que não era defeito, que o envio de mensagens do formulário não estava ativado, as manifestações só eram recebidas por telefone!
Não sei como está agora, por enquanto não tive necessidade de entrar em contato com a empresa novamente.
Conta em rede social não é sinônimo de investimento em tecnologia. As contas sociais da CPTM e Metrô servem apenas para comunicação secundária, não para relatar problemas (dado que podem ser apagadas, não fornecem nenhum registro de protocolo, nenhuma medida de proteção de dados e anonimato, etc).
Agora, sua denúncia sobre o correio eletrônico da concessionária é grave, dado que ela é obrigada a lhe fornecer esse canal e um número de protocolo para acompanhamento da reclamação. Sugiro que entre em contato com a Ouvidoria da Secretaria dos Transportes Metropolitanos e relate isso.
Obrigação pela informação.
Lembrarei disso numa próxima vez que fizer uso do site, assim, anoto dia e hora do ocorrido para não deixar brechas para a empresa tirar o corpo fora.
Em uma escala de prioridades o serviço de internet e sinal de celular nas estações do metrô e nos vagões das composições durante as viagens nos túneis não é a princípio uma prioridade, mas isto também não quer dizer que este serviço não é necessário ou importante (A tecnologia é uma realidade e veio pra ficar com todos os seus benefícios e até malefícios). Eu acho que o foco do artigo do Ricardo é justamente a demora na implantação de um plano de ação para a efetividade desta tecnologia por parte do governo do estado, operadoras de telefonia móvel e também da concessionária que administra a linha 5. Aparentemente falta comunicação e
uma integração maior entre as partes.
Já existe integração mais do que suficiente entre estado, concessionária e operadoras, mas as operadoras não tem interesse em implantar redes de sinais nos túneis da Linha 5.
Se as operadores não tem interesse em implantar, o que governo do estado e concessionária devem fazer?
O estado não pode obrigar as operadoras a implantar um serviço desses que sequer é essencial ou obrigatório. Também não pode investir em algo que pode ser contestado judicialmente.
Olá, Ivo, obrigado pela gentileza em responder especificamente o meu comentário! Quando eu falo em falta de integração entre as partes, o termo utilizado em meu argumento foi “aparente”, pois não tenho certeza do que ocorre internamente nos bastidores. Só estou supondo baseado é claro justamente na demora da implantação deste serviço, sendo que é somente a linha 5 que não tem sinal de telefone móvel ou internet na parte subterrânea. Pelo seu argumento as operadoras de telefonia móvel não teriam mais motivo pra continuar mantendo este serviço nas demais linhas do metrô de São Paulo. A tecnologia como mencionei anteriormente veio pra ficar e quem não a utiliza acaba de certa forma ficando atrás dos demais.
Bom, mas você sempre é muito convicto em seus argumentos falando com muita propriedade e de forma categórica, pois deve saber de muitas coisas dos bastidores que nós não saibamos. Mais uma vez, muito obrigado por sua gentileza e atenção!
Um grande abraço.
Porque a própria Via Mobilidade não coloca um Wifi aberto para seus clientes? Ajudaria muito.
Porque as pessoas interessadas nisso não se cotizam e bancam a implantação, operação e manutenção?
Ou então, porque as pessoas interessadas não cobram isso das operadoras de telefonia (dado que a implantação só depende delas)?
Ficar exigindo da concessionária algo que não está no contrato não ajuda em nada.