A NT Expo 2025 reuniu diversos fornecedores e empresas do Brasil e do exterior, oferecendo uma gama de produtos importantes para o setor metroferroviário. Um desses setores é o de sistemas de comunicação com o passageiro.
Nesta matéria, o site destaca duas empresas, uma brasileira e outra chinesa, que mostraram soluções PIS (Passenger Information System).
SIMM.PRO
O SIMM.PRO é um software focado na interação com o passageiro por meio de avisos e comunicações no ambiente metroferroviário. O sistema engloba estações, trens e interface com o CCO.
O sistema de comunicação é capaz de enviar informações em diversos formatos, como texto, áudio e vídeo. O sistema possui interface bastante intuitiva e funciona por meio de uma aplicação web, sem a necessidade de instalação de software específico.
A interação do sistema ocorre com letreiros elétricos, alto-falantes e telas que podem ser utilizadas de diversas formas. Veja alguns exemplos:
Estações
Nas estações, o sistema de comunicação pode ser utilizado em diversas áreas, como linha de bloqueio, bilheterias e plataformas. O sistema dá ao administrador a capacidade de personalizar informações e avisos em cada área de uma estação, facilitando a orientação dos passageiros.
Trens
Dentro dos trens, é possível exibir mensagens de orientação e mostrar ao passageiro as estações que serão atendidas pelas composições, como um mapa dinâmico. Também existe a possibilidade de avisos sonoros especiais serem emitidos em eventos, como abertura e fechamento de portas, próximas estações e eventos atípicos.
CCO
O CCO tem controle direto de todo o sistema de comunicação com o passageiro. Ele pode programar os anúncios públicos a serem feitos dentro dos trens e estações, bem como realizar atualizações em tempo real para todo o sistema.
Cada área coberta pelo sistema possui equipamentos dedicados que são interligados ao CCO. Mas, em caso de queda da comunicação, isso não afeta os eventos previamente programados no sistema.
Outro ponto interessante é a interação com outros elementos menos típicos, como sinais luminosos e intercomunicação com os passageiros. Tudo isso controlado por uma única plataforma.
Em linhas gerais, a solução brasileira é simples e de fácil manuseio, mas, ao mesmo tempo, com grande potencial e a possibilidade de ser moldada conforme as necessidades das empresas operadoras. No Brasil, o VLT da Baixada Santista e o Aeromóvel de Cumbica utilizam o sistema.
HQi
A Suzhou Huaqui Intelligent Technology é uma empresa chinesa fundada em 2010 e que também oferece produtos e sistemas que visam levar informação aos passageiros.
A empresa oferece às empresas operadoras, basicamente, três tipos de sistemas distintos: Sistemas de transmissão de informações, sistemas de painéis informativos e sistemas de monitoramento eletrônico.
O primeiro sistema é composto por intercomunicadores. São diversos modelos que podem ser utilizados, destacando-se as versões para o operador de trem e a versão para o passageiro, que pode ser ativada em situações de emergência para comunicação direta.
O segundo sistema é bastante conhecido. Tratam-se dos painéis de LED e LCD que utilizam textos e imagens para permitir uma comunicação dinâmica com os passageiros.
O terceiro sistema permite a visualização de câmeras por meio do sistema de CFTV. São fornecidas câmeras, sistemas de gerenciamento de imagens e de gravação que ficam a bordo dos trens. Tais sistemas podem interagir com os equipamentos de comunicação de emergência, facilitando que o operador visualize o passageiro em tempo real.
A HQi forneceu seus sistemas para 16 países além da China. No Brasil, o modelo foi implantado nos trens de passageiros da Vale.
Conclusão
O sistema de informação ao passageiro tem ganhado cada vez mais importância nos sistemas metroferroviários modernos. A necessidade de comunicação ágil e atualizada se tornou o motor para o desenvolvimento de novas tecnologias no Brasil e no exterior.
A potencialidade dos sistemas e seus usos deverão aumentar conforme a malha sobre trilhos for ampliada e modernizada. É apenas uma questão de tempo para que estações e trens seja ambientes mais interativos aos passageiros.
