Após um forte temporal que atingiu a região metropolitana de São Paulo, sobretudo a região do ABC Paulista, no domingo, 10 de março, em que alagamentos foram registrados na Linha 10-Turquesa, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, o secretário da pasta de Transportes Metropolitanos (STM), Alexandre Baldy, afirmou ao programa de José Luiz Datena, da TV Bandeirantes, sobre a encomenda de novos trens para o ramal.
Segundo Baldy, a intenção é licitar uma nova frota de trens ainda em 2019 da qual a maior parte das composições será usada na Linha 10-Turquesa, “a que opera com os trens mais antigos e onde há necessidade preemente de reformar essa frota assim como foi feito em outras linhas“, disse.
Hoje a Linha 10 opera com a frota 2100, trens espanhois que vieram reformados para o Brasil na década de 90 e que não são adequados para linhas urbanas e sim regionais. No ano passado, a CPTM transferiu uma dezenas de trens da Frota 7500 que estavam na Linha 9-Esmeralda, porém, mesmo com um melhor desempenho, eles operam limitados pelos 2100. Já houve rumores que parte excedente dos Série 9500 da Linha 7-Rubi seria repassada para a Turquesa mas até agora isso não ocorreu.
Quase 24 horas sem funcionar
A chuva do domingo retrasado afetou vária regiões de São Paulo, mas sobretudo o ABC Paulista. Passageiros ficaram presos em estações e trens. Houve relatos de usuários que tiveram que aguardar até o dia seguinte para poder desembarcar do sistema.
A ferrovia ficou quase 24 horas com a circulação paralisada, e durante toda a semana passada, as composições operavam com lentidão em determinados horários.
A chuva acabou por danificar cerca de 350 equipamentos eletrônicos, entre rede aérea, sistemas de energia elétrica, trilhos, edificações, catracas, além de cinco trens e uma locomotiva. A companhia precisou investir R$ 3 milhões para recuperar os maquinários.
Ainda de acordo com a CPTM, o evento chegou a causar a queda de um poste que atingiu a rede elétrica entre as estações Ipiranga e Tamanduateí. Houve ainda a necessidade de escoamento e drenagem da água das chuvas nas regiões afetadas.
Os trabalhos de recuperação envolveram 160 colaboradores desde a segunda-feira, 11 de março, até o último domingo (17), quando a força tarefa foi concluída.
Última paralisação do tipo foi em 2001
A ferrovia que liga o Brás até Rio Grande da Serra, cortando cidades como São Caetano, Santo André e Mauá, não ficava paralisada em sua totalidade desde 2001. Geralmente, as paralisações ocorrem em trechos distintos. Em grande parte do trajeto, o leito ferroviário acompanha córregos e ribeirões.
A linha 10 transporta uma média de 370 mil passageiros diariamente.
Com Ricardo Meier