Tarcísio vai usar dinheiro da venda da Sabesp em obras de metrô

Venda de 32% da companhia rendeu ao governo do estado R$ 14,8 bilhões e maior parte do montante pode ser empregado na expansão das linhas 4-Amarela e 5-Lilás
Projeção da estação Taboão da Serra
Projeção da estação Taboão da Serra

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou nesta terça-feira, 24, de um evento na sede da Bovespa, no centro de São Paulo, para finalizar o processo de privatização da Sabesp, estatal de saneamento básico do estado.

O leilão de 32% da companhia rendeu R$ 14,8 bilhões aos cofres públicos.

Tarcísio afirmou que do valor obtido, R$ 10,3 bilhões serão usados em investimentos no estado de São Paulo, principalmente na expansão de linhas metroviárias e citou aportes nas linhas 4-Amarela e 5-Lilás.

“Nós temos vários investimentos em curso, nós temos uma expansão forte do sistema metroferroviário, as extensões da Linha 4, da Linha 5, que são importantes”, disse o governador.

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Concepção geral da extensão até Jardim Ângela
Concepção geral da extensão até Jardim Ângela

Tanto para a Linha 4 quanto para a Linha 5, as obras devem ficar a cargo das concessionárias ViaQuatro e ViaMobilidade, que são controladas pelo grupo CCR.

A Linha 4-Amarela deve ganhar duas estações após Vila Sônia, Chácara do Jockey e Taboão da Serra enquanto a Linha 5-Lilás contará com as novas estações Comendador Sant’anna e Jardim Ângela após Capão Redondo.

“Demandas que estão reprimidas há muito tempo, obras que já estão em contratação. Nesse sentido, nós vamos utilizar esse dinheiro para dar lastro nos investimentos que já estão projetados”, complementou ele na coletiva.

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38 comments
  1. Se as linhas 4 e 5 do metrô já são privatizadas, por que o governo do estado de São Paulo vai investir nessas linhas? Criar Lastro financeiro para empresas privadas? Não seria mais correto usardesse dinheiro para completar a extensão da linha 2 verde até Guarulhos, que já tem projeto,licitação e, gde parte do trajeto, já desapropriados? Ou mesmo a começar a linha 19 ou 20. Enfim, 10 bilhões de reais, parece que há outros “interesses” que não passam exatamente pelo real interesse público de mobilidade. A conferir.

    1. Para nós que moramos na região do Capão Redondo e Jardim Ângela, a extensão é mais do que esperada a mais de 10 anos.
      Sem que nenhum governos tomasse a frente.
      A mais de 10 anos esperando e agora que vai ter esta reclamando?
      A extensão nao foi concedida junto da linha, por isso foi feito um aditivo, onde o governo/metrô vai por o dinheiro e a concessionaria pega o dinheiro e constrói com base no projeto.
      Interesses? com certeza, mas finalmente, depois de mais de 10 anos, a gente vai poder pegar o metro do Jardim Ângela pra ir ate o centro.
      Se o governo que vai bancar, que banque, apenas tire do papel.

  2. Essas desestatizações estão começando a fazer sentido. Somente não vê o que está acontecendo com os bens públicos quem não quiser. É uma vergonha!

  3. Enquanto isso, a CPTM com as migalhas…

    Vamos investir no metrô privatizado do cumpadre…..afinal é o toma-la-da-ca

  4. Esta é uma forma malandra de se desviar do patrimônio público para o privado!
    Para ludibriar os incautos se propôs um desconto de menos de 10% na tarifa social, mal sabem os desavisados que irá acontecer o mesmo que nos pedágios das rodovias exemplo Anchieta / Imigrantes R$35,30 + quantia igual por eixo, se pesquisasse como andam as concessões da SUPERVIA que está prestes a abandonar e CEDAE-RJ cuja tarifa é quase o dobro de SP e cuja água é intragável provocando diarreias como em Santa Cruz-RJ.

    O que é paradoxal é que no momento de expandir a malha as concessões pela iniciativa privada como a CCR e a Comporte/CRRC como está sendo em Minas, entre outras se omitem, preferindo gastar milhões em publicidades enganosas em Revistas especializadas, Rádios, TV’s, e até ajudando ONG’s sem nenhuma conexão com a mobilidade no interior e até construindo escolas! Iludindo a população, e pagando dividendos aos acionistas bancados pelos impostos da população em nome do “Estado Eficiente”. Eles só aparecem quando recebem toda a infraestrutura estiver pronta sempre bancadas pelo Estado e ainda sim cortando custos para fornecer um serviço de pior qualidade como está sendo o caso da ENEL e da Via Mobilidade. Então todo o dinheiro gasto, oriundo do bolso da população, usado na implantação dessas linhas servirá, no final das contas, para atender a interesses privados. Seria diferente se ajudassem a expandir a malha de trilhos, mas as evidencias não conduzem a isto e nunca acontecerá. Ocorrerá a simples transferência do patrimônio público construído com os bilhões de reais dos contribuintes como foram nestes casos nas mãos de um punhado de empresas (que ainda por sinal comprarão a concessão com financiamento público).

  5. É sério que até hoje o pessoal fica nessa discussão de operação estatal ou privada? Vamos evoluir né! A operadora das linhas podem até ser privadas mas a infraestrutura continua pública, será que é tão difícil entender isso? As linhas 4 e 5 são PROPRIEDADES do GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, assim como todas as outras.

    1. É que se criou um mito que concessão = privatização, aí não conseguem perceber a diferença nos dois modelos.

    2. O próprio discurso do Tarcísio e de alguns aqui é que não haveria dinheiro para investir em mais linhas e que a solução seria privatizar pra expandir a malha. Mas quem pesquisa um pouco (bem pouco) sabe que isso é uma falácia e só serve pra justificar as concessões perante a opinião pública. Não só esse mas os diversos casos onde o dinheiro público entra pra expandir e melhorar as linhas privadas demostra bem o que está ocorrendo.

    3. Luis Siqueira, se a justificativa de conceder as linhas é não ter dinheiro para “gastar” nelas, onde está a coerência?

      Se faz um TIC de 12 bilhões em que o estado banca 8 bilhões, qual o sentido? Se tiver lucro é da companhia privada, se tem prejuízo tem reequilíbrio econômico financeiro?

      Assim como o FRAPORT quer dinheiro federal para bancar a reconstrução do aeroporto de Porto Alegre. Mas e o lucro, em que parte servia a sociedade?

    4. Sim, é preciso saber diferenciar serviço e infraestrutura antes de sair clamando pelo #estatizatudo e #voltaURSS.

      O metrô como INFRAESTRUTURA, é uma obra excessivamente cara e de baixíssima rentabilidade, em termos financeiros, para ser bancada pela iniciativa privada. O metrô como SERVIÇO, por sua vez, possui um custo razoável para se sustentar com a exploração de bilheterias e quiosques durante algumas décadas.

      O lucro de uma INFRAESTRUTURA metroviária é um transporte mais rápido, seguro e limpo para todos os cidadãos, mesmo para aqueles que não o utilizam, portanto é extremamente justo que o governo utilize nas obras o dinheiro tomado dos cidadãos, mesmo que o SERVIÇO venha a ser operado de forma privada.

      E não se iludam com a Acciona. Ou ela tem um belo seguro em seu investimento ou correrá sério risco de entrar em bancarrota quando chegar a hora de quitar os empréstimos!

  6. A pergunta é q fica, privatizou pra q? Viamobilidade opera com subsídios do gov, expansões são bancadas pelo gov, e a Viamobilidade fica sem investir em nada, só mamando nas tetas do gov, se é assim, então não tem pq privatizar mais nenhuma linha de Metrô

  7. Não desmerecendo as L4 e L5 que são muito importantes sim, mas o Estado poderia injetar mais verbas para acelerar a chegada da L11 na Barra Funda.

    1. A expansão da L11 para aBarra Funda já está na reta final e a previsão é de ser entregue ainda esse ano…Já a expansão da L4 e a L5 são expansões mais complexas e mais onerosas

    2. A expansão já tá completa, só falta operacionalização de uma subestação de energia pra o trecho poder ter energia suficiente pra duas linhas circulando na região com intervalos abaixo dos 4min

  8. ainda bem que o governo, vai investir na expansão do metrô. Se fosse outro iria investir no bolso dele, e dos aliados.

  9. E cada vez mais Tarcísio vai se consolidando como o maior e melhor prefeito da história de Taboão da Serra. Não é todo dia que uma empresa do tamanho da Sabesp é vendida só pra essa cidade ganhar metrô. Só falta alguém avisar que ele é governador do estado.

  10. e a conexão da linha 5 com a linha 10 seja em Ipiranga ou em parque da Mooca ficou só como um surto coletivo mesmo?

  11. Esse Tarcísio parece um nóia vendendo carro, movéis, eletrodomésticos, casa só para bancar o vício… Acho que até 2026 será tarde demais.

  12. e a linha 6 estacao 14 bis uma vergonha para quem paga imposto eu por ec.pago de imposto de rendsa p.juridica microempresa
    1.500 por mes.Para passar na av do estado
    e ver aquele fura fils nosso dinheiro jogado no lixo

  13. Sensacional.
    ufa,
    chega de sustentar ineficiencias.
    no setor privado nao tem moleza, se nao performar ta fora.
    E precisamos de mais linhas de metro, ainda esse eixo metroviario que temos é projeto da decada de 60.
    tudo converte para o eixo leste oeste ou norte sul.
    Viva a engenharia.

  14. Vamos privatizar a sabesp para investir o dinheiro da venda nas linhas privatizadas do metrô pois nossos amigos precisam lucrar mais e o povo Paulista vai pagar essa conta com água mais cara e metrô mais caro.

  15. sim, é sério. porque o assunto é sério.

    se a justificativa da privatização é que desonerar o estado, porque vemos o contrário?

    evoluir é parar com o discurso do privatiza que melhora, só porque tem raiva de funcionário público. porque no fim, todo o discurso pró privatização é a bronca que muitos tem do funcionário público, seja pela campanha de décadas de difamação, seja por não conseguir passar no concurso.

  16. o estrago que Tarcísio faz em SP é impressionante. e o pior de tudo isso é a passividade com que a população assiste e tudo isso. o desastre que esse ser deixará para SP imenso.

    a Sabesp foi vendida por valor abaixo do que vale. SP perdeu 4,5 bilhões. e nem vou entrar no mérito de quem é a equatorial energia e da tramóia interna dessa empresa.

    dos 14 bilhões da venda, 30 % ficará para subsidiar o aumento da tarifa . é isso mesmo que vc leu, como a tarifa vai subir naturalmente com a privatização, para não impactar no bolso do cidadão (e obviamente não manchar de imediato a privatização) o governo vai subsidiar o aumento. é como se vc vendesse uma casa e usasse o dinheiro da venda pro comprador pagar o financiamento da compra da mesma casa.

    e agora mais essa. Tarcísio recusou dinheiro do PAC e do governo federal para essas obras, e usará o dinheiro da Sabesp. tudo isso para uma obra que vai ser tocada pela própria concessionária e que ela vai ganhar de mão beijada.

    se esse país fosse sério, no mínimo ia ter uma agitação grande entre a população. mas aqui a gente assiste a tragédia de camarote.

    1. Não são os “capitalistas malvadões” que cobram preços absurdos nos produtos, são os políticos que, em nome do populismo, forçam as estatais a cobrarem preços muito abaixo do mercado e sem qualquer tipo de compensação – vide a Petrobrás nos antigos governos do PT. Esse não é o caso da Sabesp, que foi “semi-privatizada” pelo Mário Covas e já opera sob as leis de mercado.

      Subsídios ao público geral são um baita desperdício de recursos, pois patrocinam uma grande massa de consumidores que poderiam seriam sim pegar o valor real da mercadoria. O ideal seria que apenas a turma do Bolsa Família tivesse descontos nos serviços públicos, o que já é garantido nas contas de luz, água e gás e deveria ser expandido ao transporte.

  17. Os investimentos: reequilíbrio se financeiros pra viaquatro, reequilíbrio financeiros pra viamobilidade e custeamento de indenizações pelas obras

    Quanto investimento, tudo pra enriquecer bilionário

  18. Não é possível conceder linhas a custo zero para o governo? Salvo engano existe um modelo assim em Singapura, onde a empresa tem inclusive lucro. Concede e ainda financia???? É uma dúvida q se o site pudesse esclarecer tecnicamente seria de grande valia, já q pode ser q não exista viabilidade nisso.

    1. Concessão nunca vai ser a custo zero para o governo, para se ter custo zero o governo deve vender a linha completa para a iniciativa privada.

    2. As concessionárias precisam operar o serviço de acordo com as exigências governamentais, que não necessariamente propiciam lucro ao operador sem aportes governamentais.

      Se fosse para zerar os aportes do governo, a concessionária deveria ser autorizada a operar o serviço da forma que lhe propicie lucro, mesmo que isso fira seriamente o interesse coletivo. É isso que aconteceu, por exemplo, na privatização dos trens cargueiros no Brasil.

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