A Acciona tem avançado rapidamente na preparação para início das escavações do primeiro ‘tatuzão’ a ser usado na Linha 6-Laranja do Metrô. O imenso equipamento já aparece praticamente montado no fundo do poço do VSE Tietê, na Zona Norte de São Paulo.
Nesta semana, o canal iTechdrones sobrevoou o canteiro à noite, produzindo belas imagens do local. Com isso, foi possível ver que a construtora espanhola está finalizando a montagem de partes de apoio para o trabalho de escavação pela tuneladora.
Entre eles, está uma esteira que fará a retirada do material que será retirado pela roda de corte do shield. Como foi possível acompanhar em outros ramais, o transporte da terra escavada é feito através de uma esteira que é instalada em toda a extensão do túnel. Ao chegar ao VSE Tietê, o material é levado para a superfície, de onde é retirado por caminhões até um local de despejo.
O canteiro de obras também passou a contar com novas gruas e reservatórios para produtos utilizados pelo tatuzão, que foi fabricado na China e tem recebido apoio técnico da Herrenknect, empresa alemã concorrente.
Embora a Acciona tenha primeiro afirmado que as escavações começarão em janeiro e depois aceitado a ‘provocação’ do governo Doria para antecipar os trabalhos para dezembro, há a possibilidade que o shield entre em operação já em novembro, de acordo com relatos de dentro da obra.
Primeira PPP (Parceria Público-Privada) plena de uma linha metroferroviária no Brasil, a Linha 6-Laranja estimula uma construção mais célere por permitir que a concessionária, no caso a LinhaUni, possa ampliar o período de operação, estabelecido em 19 anos, a princípio.
Por essa razão, caso a Acciona consiga entregar o ramal de 15,3 km antes da meta de outubro de 2025, ela poderá ter alguns meses extras de faturamento, o que em se tratando de uma linha que movimentará cerca de 630 mil pessoas por dia, não é nada desprezível.
Essas obras dão gosto de acompanhar. Que esse modelo de PPP seja aperfeiçoado ainda mais pelo aconselhamento financeiro da Linha 20.
Já deu para perceber que o caminho para acelerar as obras do metrô em SP é contratar empresas estrangeiras, que passam ao largo do preguiçoso e arrastado ritmo das empresas nacionais