As três tuneladoras que trabalham no subsolo da Zona Sul de São Paulo já concluíram cerca 8,2 km de túneis da futura expansão da Linha 5-Lilás até o final de junho. O mais recente marco desse trabalho foi atingido nesta quinta-feira (25) quando o shield duplo, conhecido como ‘megatatuzão’, chegou à Estação Hospital São Paulo, na Vila Clementino. Dias antes, a ‘Tarsila’, uma tuneladora menor, havia chegado ao poço Roque Petrella, no Brooklin.
Com isso, cerca de 63% do trabalho dos três shields já foram feitos. Faltam ainda quase 5 km de túneis até que o trabalho seja concluído, o que deve ocorrer dentro de no máximo um ano – o início das escavações com eles foi em setembro de 2013.
A vantagem das tuneladoras é deixar os túneis praticamente prontos para a instalação de trilhos, rede aérea e outros sistemas. Mas, no caso do metrô paulista, é preciso esperar pelo fim dos trabalhos para que isso ocorra já que o piso é usado para envio das peças das aduelas, os imensos anéis que são instalados pelos equipamentos. No Rio de Janeiro, a Linha 4 carioca suprimiu esse trabalho e já tem as vias abertas com trilhos instalados.
A tuneladora mais adiantada é a Tarsila, que concluiu 70% dos trabalhos. Sua ‘irmã’ Lina está um pouco atrás, com cerca de 60% dos túneis escavados – elas são singelas, ou seja, criam túneis para apenas uma via enquanto o shield duplo faz um túnel para ambas as vias.
O megatatuzão é o que mais escavou até agora, com quase 3 km realizados, mas tem ainda 1,9 km para escavar, entre eles o trecho entre a estação Hospital São Paulo e Santa Cruz, e entre esta e a estação Chácara Klabin, onde deverão ocorrer as maiores transferências de passageiros a partir do segundo semestre de 2017, quando está prevista a inauguração desse extensão.