Este site já havia alertado para a complexidade de colocar em funcionamento uma linha férrea tão peculiar quanto a Linha 15-Prata do Metrô. “Empurrada” por gestões anteriores, o monotrilho da Zona Leste teve um desenvolvimento cheio de percalços causados por falta de planejamento e gestão aliados ao fato de ser um modal completamente novo no Brasil.
O resultado é que quatro anos depois de ter sido inaugurado o primeiro trecho, o ramal ainda funciona de forma precária. Se a ligação entre as duas primeiras estações Vila Prudente e Oratório já ocorre em período integral desde outubro de 2016 apenas 11 mil pessoas circulam por elas diariamente durante a semana, um “grão num universo” de 2,8 milhões de passageiros que utilizaram em julho as cinco linhas sob administração do Metrô (em agosto a Linha 5 foi repassada para a ViaMobilidade). Outras 2,5 mil utilizaram o trecho em operação assistida que compreende quatro novas estações, muito pouco perto do potencial da linha, de 400 mil passageiros/dia quando estiver pronta na atual fase.
Abertas às pressas em abril, as estações São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói e Vila União deveriam ter sido as transformadoras do minúsculo ramal numa linha significativa para o Metrô, porém, desde então houve apenas uma ampliação de horário sem que com isso a oferta tivesse crescido a contento, limitada pelo sistema de sinalização CBTC. Responsável por ele, a Bombardier realiza seguidos testes, fechando a linha aos fins de semana quase que de forma ininterrupta como no próximo sábado e domingo. Mas nada acontece.
Quer dizer, até aconteceu em agosto quando uma ordem interna havia autorizado a divulgação da expansão do funcionamento. O suposto mal-entendido, no entanto, não tinha fundo verdadeiro afinal a linha não estava pronta para operar naquela magnitude. Mas o horizonte de ampliação do serviço realmente não está distante.
Já há algumas semanas o Metrô e a Bombardier realizam testes cada vez maiores já em preparação para suportar a enorme demanda da região, carente de transporte público de qualidade. Havia a expectativa de ampliar a operação em etapas durante setembro até que a versão definitiva do software de controle dos trens fosse entregue, mas o que se vê, pelo anúncio dos novos testes, é que ele ainda não está maduro para funcionar para valer. Por essa razão, o Metrô já não estipula prazos para ampliar o serviço, como em nota enviada para o jornal Folha de São Paulo.
Se não bastasse isso, o trecho em obras, composto das estações Jardim Planalto, Sapopemba, Fazenda da Juta e São Mateus, está num ritmo de trabalho lento, afetado pelas dificuldades financeiras da empresa responsável pelo acabamento e finalização, a Azevedo & Travassos. Assim como na operação, o Metrô apenas diz que pretende abri-las neste ano. Uma notícia que certamente afeta o humor de muita gente que sonha um dia em ganhar tempo e qualidade de vida com a expansão da Linha 15.
Veja também: Terceira fase da Linha 15 contará com apenas uma estação
Uma coisa pode acontecer:
Qdo entregarem as Estações Jardim Planalto e as demais até São Mateus, pode anotar aí: O risco delas ficarem em operação assistida por pelo menos 6 longos meses após sua inauguração é bem alta.
E eu nem vou estranhar se isso vier a acontecer, vide os exaustivos protocolos de testes do CBTC na extensão da linha 2 até V.Prudente, o primeiro trecho do monotrilho que ficou 1 ano em testes, a linha 4, entre outras.
Existe alguma palavra além de “ridículo” pra definir esse caso do monotrilho?
Vai ser ótimo daqui uns 2 anos – 2020
A cara de SP
Sistemas ineficientes
Operações fracassadas
Promessas não cumpridas
É como sempre meu avô falava, não conte com serviço público – nunca vai funcionar.
Obs.: só quero saber se a fundação / Pilar / viga foi calculada para receber tamanho vibração…. vamos ver quem o CREIA vai atrás.
Boa sorte linha prata