‘TIC Trens S.A.’ será a operadora do Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas

Nova empresa que foi constituída no começo de maio deverá assinar o contrato de concessão até o dia 29. Guilherme Bastos, atual CEO do Metrô BH, é apontado como presidente da nova companhia sino-brasileira
TIC Trens S.A. deverá ser nova operadora do Trem Intercidades (Karlbrix)
TIC Trens S.A. deverá ser nova operadora do Trem Intercidades (Karlbrix)

A empresa que deverá construir e operar o Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas foi constituída. A TIC Trens S.A. será a nova concessionária do trecho ferroviário que inclui a Linha 7-Rubi de trens metropolitanos.

Resta ainda saber se haverá uma nome fantasia que será usado no logotipo e comunicação visual em geral. O presidente da CPTM, Pedro Moro, havia antecipado que a nova operadora usaria o termo “TIC” em sua denominação.

TIC, para quem não sabe, é o acrônimo de Trem Intercidades e é usado pelo governo para se referir a todos os projetos em estudos, incluido as linhas para Sorocaba, São José dos Campos e Santos.

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A nova concessionária foi aberta no início de maio, com sua sede no bairro da Vila Olímpia, em São Paulo, segundo dados obtidos pelo site.

Ela está enquadrada numa subclasse que se refere ao transporte ferroviário de passageiros municipal e em região metropolitana.

Trem da Linha 7 (Jean Carlos/SP Sobre Trilhos)

As informações reveladas ainda mostram o corpo de administradores da TIC Trens S.A que será formado por:

  • Guilherme Bastos Martins – Presidente da TIC Trens S.A, atualmente CEO do Metrô BH
  • Claudio Soares Andrade – Diretor, atualmente diretor de implantação de obras, trens e sistemas do Metrô BH
  • Alexandre Lamarck Rodrigues Sobreira – Diretor, atualmente gerente de Marketing e Comercial da CRRC
  • Chen Ming Min – Diretor, atualmente Gerente Sênior do Departamento de Engenharia da CRRC Hong Kong
Guilherme Martins, presidente da TIC Trens S.A. (Itatiaia)
Guilherme Martins, presidente da TIC Trens S.A. (Itatiaia)

A TIC Trens S.A. possui participação societária sino-brasileira, sendo que 60% de sua composição acionária pertence ao Grupo Comporte e 40% à fabricante chinesa CRRC.

O consórcio C2 Mobilidade Sobre Trilhos, composta por estas duas empresas, venceu o leilão do Trem Intercidades por walkover, sendo a única empresa a oferecer proposta desbancando a hegemonia do Grupo CCR.

O Grupo Comporte inclusive está iniciando o processo de formação de sua equipe administrativa formada, inclusive, por ex-funcionários da CCR. A expectativa é de que o contrato de concessão seja assinado efetivamente no final de maio.

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12 comments
  1. Empresa criada, trâmites prontos para assinatura do contrato e bora entregar mais uma linha.
    Quando tudo tiver sido entregue essa empresa vai anunciar que o projeto do TIC é inviável e nada vai sair do papel…

    1. Do trem intercidades ser inviável e nunca sair do papel não será nenhuma surpresa! como vimos trata-se se um projeto mal feito.
      Muito provavelmente o que será construído é o trem intermetropolitano de Francisco Morato para Campinas. Não sei para vocês, mas para mim já está ótimo, pois querendo ou não, teremos uma ligação ferroviária entre São Paulo e Campinas, mesmo que seja através de trens metropolitanos.

      Acredito ainda que nos outros projetos (TIC Sorocaba, TIC São José dos Campos e até o TIC Santos) deveriam colocar trens intermetropolitanos ao invés de trens intercidades, é mais viável e atrairá muito mais demanda e será competitivo com o modal rodoviário.

      1. Do modo como estão sendo feitas as concessões elas são altamente prejudiciais a população e ao Estado e só favorece as concessionárias, a foto do trem que aparece ilustrada não corresponde a especificação ao modelo TIC-Trens S.A que se permite implantar, pois após anos de “exaustivos estudos” chegaram a conclusão com relação a implantação que não foi este modelo de trem planejado proposto na licitação, e sim um TIC até Campinas com 1 hora e 15 minutos velocidade média de 95 km/h e máxima de 140 km/h em trechos curtos em Via Singela, os experts da gestão atual cogitando substituir os Pendulares pelos modelos ultrapassados do tipo Push-Pull, que são formados por locomotivas Diesel que tracionam carros sem motorização uma vez que o traçado atual em paralelo necessita da implantação de pontes e viadutos e não permite velocidades maiores, completamente ultrapassado e obsoleto.
        Além disso, vale ressaltar que certamente os futuros interessados nos outros TICs vão exigir do Estado os mesmos benefícios do projeto de Campinas, ou seja, arcar com 75% da obra e garantir 90% da receita.
        Ou seja, os gestores criaram uma armadilha que eles próprio armaram por conta de benesses contratuais desproporcionais dentro de algo que dificilmente irá conseguir se desvencilhar e irá repassar para o próximo. Em uma situação mais crítica, com as demais rotas podem ficarem comprometidas e até serem inviabilizadas.
        Com essas incertezas, a melhor solução seria, nesse primeiro momento, manter a CPTM operando a Linha 7-Rubi e a Linha Integradora-710 nos moldes atuais. Inicialmente, o governo paulista partiria para a reconstrução do TIM- Trens Inter Metropolitanos parador até Campinas, também operado pela estatal, o que convenhamos seria relativamente simples.

      2. Você não acredita que o TIC Campinas vai sair, mas acredita nos outros TICs???

        Não entendi sua lógica.

        Se o TIC mais fácil e mais viável, que é esse de Campinas, há grande chance de ficar só no papel, os outros nem no papel vão entrar.

        1. Guile. A lógica está pela seguintes constatações óbvias para os próximas três TIC’s, que os concessionários irão exigir os mesmos benefícios absurdamente descabidos concedidos do projeto de Campinas, ou seja, arcar com 75% da obra e garantir 90% da receita inviabilizando financeiramente para o Estado.
          De acordo com meu entendimento o TIC Eixo Norte tem projeto de duas rotas, a primeira construída uma nova linha expressa Singela de custo e tempo de execução mais elevado por conta das várias interferências por ser em paralelo as existentes , com paradas em Campinas, Jundiaí e São Paulo ao passo Trem Intermetropolitano (TIM), comprovadamente mais viável além de possuir maior facilidade de execução mais fácil acessível com paradas em Campinas, Valinhos, Vinhedo, Louveira e Jundiaí, Francisco Morato de onde seguiria para São Paulo, utilizaria partes da existente Linha-7-Rubi, mantendo o Serviço-710 e partes pós Jundiaí até Campinas reformando e eletrificando o trajeto.

      3. Alessandro,
        Eu penso a mesma coisa: Tambem acho bem mais realista e sensato que o foco sejam os Trens Intermetropolitabos.
        Quanto à tua estimativa, “Muito provavelmente o que será construído é o trem intermetropolitano de Francisco Morato para Campinas”, eu ainda não consigo ser tão otimista. Mas espero que você esteja certo.

  2. Também acho, que, por enquanto, o trem intermetropolitano é o mais viável, já o TIC, seria melhor deixar para um futuro próximo.

  3. Não é que o modelo Push-Pull é obsoleto, só não é adequado para o trecho e demanda SP-Campinas.

    Trens do tipo Push-Pull com locomotiva diesel-elétrica é mais adequado para trens de longa distância em trechos mais planos com demandas mais baixas.

  4. No computo dos comentários se percebe, mais uma vez, que o gestor do estado está preocupado com sua reeleição ou eleição para outro cargo…. se é TIM, se é TIC, se é TAC, se é TOC ou TUC, se vai ser viável ou se vai ser atual, o governo deixa para nós ficarmos imaginando coisas, como uns bobos…. Quem conhece (usou ou esteve fisicamente usando) o sistema de transporte ferroviario em qualquer cidade europeia, sabe que é verdade o que estou dizendo aqui….. mas vamos nos enganando… pelo menos podemos fingir que somos felizes.

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