Aparentemente o dia na rede metroferroviária do Rio de Janeiro não foi dos melhores nesta sexta, 29.
No começo da tarde um trem da Linha 2 do Metrô Rio descarrilou nas proximidades da estação Maracanã. Devido a isso, a linha está suspensa e só voltará a funcionar neste sábado, 30. Passageiros ficaram presos nos vagões e, um tempo depois, tiveram que andar pelos trilhos.
No fim da tarde foi a vez de um trem da Supervia descarrilar e bateu em um muro na estação São Francisco Xavier, na Zona Norte do Rio.
Em nota, a Supervia disse que em função do descarrilamento algumas composições permanecem paradas na linha férrea aguardando ordem de circulação para seguir viagem. A Supervia completa pedindo desculpas pelo transtorno.
Nossa, deviam privatizar essas empresas. É um absurdo o que acontece lá no Rio de Janeiro.
*** contém ironia ***
Pois é, mais uma da série: privatiza que melhora. São os bons exemplos que o carioca Tarcísio traz de sua cidade maravilhosa.
Eu sinto medo, viu Lucas. O caso da Supervia é tão crítico que o GERJ quase teve de reassumir a operação das linhas.
Embora a CCR não esteja com deficit financeiro, principalmente pelas rodovias sob seu guarda chuva, bate um receio deles reincidirem o contrato com o GESP.
No Rio de Janeiro a pior gestão sempre foi a pública, com acidentes graves, corrupção e desperdício de recursos. Depois da concessão os acidentes rarearam, ocorreram investimentos e o trem passou a funcionar regularmente.
A linhas de trem no Rio de Janeiro atravessam dezenas de favelas (só na cidade do Rio são 19) onde o crime organizado impõe seu estado paralelo. Lá até a circulação dos trens é controlada pelo crime organizado em alguns trechos. Em outros o crime saqueia equipamentos da ferrovia. Nenhum trem no mundo vive uma situação de segurança pública igual a vivida pelo Rio, por isso que muitas das críticas sobre a Supervia não fazem o menor sentido (por ignorarem esse cenário).
No fim acho que estas linhas vão voltar para o Estado, que terá que fazer um pesado investimento para recuperar estas linhas. Duvido que alguma empresa ou consórcio privado queiram fazer estes investimentos.