A construção dos Trens Intercidades (TIC) é peça fundamental para o desenvolvimento da chamada macrometrópole. O eixo leste, ligando São Paulo até São José dos Campos poderá ganhar uma parada em Mogi das Cruzes.
Essa é a indicação mais recente demonstrada na apresentação da Secretaria dos Transportes Metropolitanos para o Fórum Infra 2025. Na projeção são mostrados os quatro vetores de trens regionais em São Paulo.
Siga o MetrôCPTM nas redes: Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter
As últimas perspectivas para o TIC Eixo Leste mostravam o traçado sendo delineado partindo do centro da cidade de São Paulo, seguindo pela Linha 12-Safira e, a partir da estação Engenheiro Manoel Feio, entrando nas vias da MRS pelo chamado Ramal do Parateí.
Entretanto, as projeções mais recentes mostram mudanças nos planos. O TIC passaria a correr pelo eixo das vias da Linha 11-Coral no trecho entre Brás e Estudantes.
O novo traçado possibilitaria o atendimento a novas localidades. A cidade de Mogi das Cruzes, uma das mais relevantes do Alto Tietê, poderia ter uma parada do Trem Intercidades.
A partir de Mogi das Cruzes seria construído um novo traçado ferroviário até o ramal operado pela MRS. De lá o trem seguiria até a cidade de São José dos Campos, parada final do Eixo Leste.
No plano do governo do estado, o TIC Eixo Leste é o terceiro na fila, após o TIC Eixo Norte, já com a licitação lançada, e o TIC Eixo Oeste, até Sorocaba.
Essa linha do TIC não tem muito mistério quanto a paradas: SJC, Jacareí, Mogi e Suzano. Qualquer coisa fora disso é loucura
Seria melhor mesmo, mas é bem provável que vai usar o leito a partir de Manoel Feio e assim passar por fora de Jacareí. Parece que a faixa do trem que passava em Jacareí nem existe mais, a cidade ocupou tudo.
Indo por Mogi é possível aproveitar o leito existente até a divisa de Guararema com Jacarei. A partir daí será necessário continuar o percurso por um trecho totalmente novo, que faça a conexão com a ferrovia que chega a São José dos Campos.
A grande questão é exatamente a construção do traçado interligando Mogi à variante Paratei.
Se aonde já existem leitos disponíveis é uma interminável novela de projetos que não saem do papel, como haverá de ser em projetos que demandem trechos totalmente novos?
Com sorte até 2030 sai o edital
Compartilhar os trilhos com um trem (L11) que vai operar com apenas 3 min de headway (intervalo) nos picos e que, na realidade, ainda precisaria de um headway na faixa de 2 min, certamente abaixo de 02min30s…
Qual a chance de isso dar certo?!
Que gambiarra, hein!
O correto era segregar, tanto trens de carga, qnt o TIC, qualquer compartilhamento vai dar errado, e também pode interferir em ambos serviços.
Compartilhar com a linha 7 eu já achava errado, imagina com a linha 11. Umas das linhas com mais demanda de SP incluindo o metrô. Essa linha possui demanda superior a várias linhas de metrô e só não transporta mais por incapacidade técnica, pois ainda possui muita demanda reprimida. Essa é a famosa ideia de jerico, os que pensam/pensaram nisso não têm a menor noção da realidade.
Como no título da matéria mencionou-se “aproveitar o leito da Linha Coral”, entendo que a pretensão seja usar a mesma faixa de dominio porém segregando as vias do Trem Intercidades.
Agora, caso pretendam compartilhar as mesmas vias da Linha Coral, então era só piada mesmo…sem chance….
Na reportagem diz: “O TIC passaria a correr pelo eixo das vias da Linha 11-Coral no trecho entre Brás e Estudantes”. O que irão fazer em vários trechos? Túneis? Desapropriar milhares de imóveis? Estreitar e desativar várias ruas e avenidas?
Após a Linha 11-Coral que possui demanda supersaturada e já possuir cargueiros, compartilhar o leito da Linha-13 Jade e agora um TIC até São José dos Campos, semelhante ao que “planejam fazer com a Linha 7-Rubi, entendo que a pretensão seja usando mesma faixa de domínio porém segregando as vias do Trem Intercidades, percebe-se mais uma vez que a falta de critérios e insensatez não tem limites para estes que querem fazer concessões a quaisquer custos, e a mobilidade para os usuários para eles é um fator secundário, uma vez que possuem o entendimento que Trens Metropolitanos e TIC tem a mesma importância.
Infelizmente a população está órfã de defensores, com o ministério público sendo omisso, e não será de se estranhar se vier comentar que o Estado prometeu entregar entre outras as Linhas 4 e 5 totalmente prontas para as concessionárias explorarem (com elas pagando os custos de operação, manutenção e até de algumas obras), e se tivesse entregue, não haveriam compensações a serem pagas ou elas seriam irrisórias, Mas como o Estado as entregaram incompletas e criou benefícios sociais por populismo sem ter receita própria para custeá-los e com isso causa prejuízos artificiais para as concessionárias, que precisam ser compensadas. Se as concessionárias causarem prejuízo para a sociedade, elas terão de compensar o Estado.
Se esse traçado se concretizar, outro “desafio” vai ser criar viadutos ou passagens subterrâneas para eliminar as PNs de Mogi.
Agora quem iria arcar com os custos… Se depender do governo atual…
Com todo o respeito, esse projeto é péssimo, não atende a demanda do Vale do Paraíba. Também não está se pensando na diluição dos custos de operação e na sustentabilidade do mesmo, mediante um maior número de usuários. No mínimo, deveria se pensar em implantar paradas também em Jacareí, Taubaté e Pindamonhangaba, com uma possível parada em Aparecida.
Ai vão esboçar um projeto com parada no Vale do Paraíba somente em São José dos Campos, em uma região que tem gravíssimos problemas no transporte intermunicipal de passageiros, com uma licitação que está vencida há mais de 15 anos e sem nenhuma outra alternativa no deslocamento entre a região ou mesmo na direção de São Paulo, que não seja por ônibus.
Faz favor né
Realmente, limitar o TIC apenas até São José dos Campos, só vai aumentar o gargalo que já existe ali. O correto seria ir até Taubaté já na primeira etapa (com paradas em SJC e Caçapava), extendendo até Guaratingueta na segunda fase (com paradas em Pinda e Aparecida).
Caso contrário, quem não tiver origem/destino em São José dos Campos, preferirá usar a rodovia mesmo – ao invés de gastar tempo no trânsito pra conseguir acessar o trem.
Na verdade, o trecho mais crítico de deslocamento no Vale do Paraíba é o deslocamento entre São José dos Campos e Jacareí. É de longe a área no interior de SP que precisa de novos modais de transporte, como um VLT/BRT ou mesmo implantação de novas linhas de ônibus e ampliação de horários e itinerários.
Não dá pra criar um deslocamento de trens entre São José dos Campos e São Paulo, esperando que o morador de Jacareí se esprema dentro de latas de sardinha ou sofra com os congestionamentos entre as duas cidades, apenas para pegar em o trem em SJC. Somente no trecho da Dutra no limite entre as duas cidades, passam 100 mil veículos por dia. Resumindo, não adianta pensar em criar uma parada em São José dos Campos sem criar também uma parada em Jacareí.
Inclusive diria que no contexto do Vale do Paraíba é muito mais urgente uma nova licitação no transporte intermunicipal da RM Vale do que o Trem Intercidades em si, embora também seja importante mencionar que o Vale do Paraíba/Litoral Norte é um dos principais centros de turismo do Brasil. E na região é tudo por ônibus. Tem dois aeroportos na região (São José dos Campos e Guaratinguetá) com toda a estrutura para receber voos comerciais, mas sem rotas, da mesma forma que deveria se pensar em transporte de passageiros por trens.
Já está mais do que claro que esses projetos são cortinas de fumaça escondendo os problemas da grande SP e afagos buscando a simpatia das corporações com o governo. A pior coisa que poderia ter acontecido com SP foi colocar estes vendedores de sonhos – ou seja, padeiros – no governo! A malha da CPTM precisa é de atualização tecnológica e segurança para atingir o teto da capacidade antes de pensarmos em compartilhá-la com ramais de média e longa distância. Se no passado sonhávamos com um mapa cheio de linhas de metrô, hoje sonhamos com um mapa cheio de trens regionais, ou seja, continuamos caindo no erro de desviar nossa atenção para ideias faraônicas que dificilmente sairão do papel em vez de cobrar uma política eficiente de mobilidade!
A linha que existia entre São José dos Campos e Mogi das Cruzes pelo trecho de serra foi desativada, por ser deficitária e inadequada para o transporte de cargas, em 1989, já que a linha do Ramal do Parateí se mostrou mais eficiente. Como a linha não seria mais reativada, os trilhos no perímetro urbano de Jacareí foram retirados em 2004, abrindo caminho para novas avenidas, que impediram que, depois da criação do pedágio na Dutra (pior localização em todo o Brasil, bloqueando um dos acessos de Jacareí e jogando todo o trânsito pelo centro da cidade), o trânsito na cidade colapsasse, embora continue muito ruim, já que Jacareí não tem um amplo anel viário e as ruas no centro são estreitas. Pra piorar a situação no futuro, Tarcísio conseguiu a proeza de negar a construção de pistas marginais na Concessão da Dutra, apesar de todos os problemas causados pelo pedágio e pelo intenso deslocamento que existe entre Jacareí e São José dos Campos. Se essa questão não for revista, quando colocarem pedágio por trecho rodado em toda a Dutra, o trecho entre Jacareí e São José, que já é péssimo em horários de pico, vai se transformar num inferno.
Mesmo que se use o Ramal do Parateí no TIC, uma parada em Jacareí é necessária. O atual modal de transporte intermunicipal entre Jacareí e São José dos Campos não dá conta da carga de passageiros existente e demanda não somente uma ampliação, como a implantação de novos modais de transporte.
Para se ter ideia, a linha com maior volume diário de usuários em todo o interior paulista é a Linha 5116 (Jacareí/São José dos Campos – Via Dutra), com 2,681 milhões de passageiros em 2022. Para efeito de comparação, a segunda linha intermunicipal com maior volume de passageiros no interior, em 2022, a linha 674 (Campinas, Valinhos, Vinhedo), teve 1,950 milhão. Em horários de pico, pode colocar três ônibus com saída simultânea na linha 5114, que eles lotam do mesmo jeito. Essa linha já não tem mais capacidade para absorver uma demanda de passageiros que teriam de se deslocar de Jacareí para São José dos Campos, para pegar o TIC para ir até São Paulo.
Este estilo de “Passar a boiada” prometendo muito e realizando pouco bem representado pelo forasteiro indicado pelo fascista, pois para eles os fins justificam os meios com o Ministério Público sendo omisso mais uma vez!
Quando se quis, foi fundado o Metrô de São Paulo “do Zero”, com nenhuma experiência nacional em sistemas metroviários. Mas em poucos anos, e a partir de um intercâmbio sobretudo entre brasileiros, alemães e americanos, o Metrô atingiu excelência reconhecida internacionalmente. A CPTM vinha caminhando em sentido parecido, em um trabalho de 2 décadas e meia para se consolidar uma rede de mobilidade metropolitana. Mas o “neoliberaloide” optou sempre pelo que faz de melhor: arranjar desculpas “técnicas” para evocar o conformismo, à lá “não tem jeito”/”você está sendo ‘utópico’”, que de técnico não tem nada!
Detalhe que a CPTM entregou as melhores linhas (sem cargueiros) assim como as Linhas 4 e 5, para, para em tese, facilitar a concessão e a ViaMobilidade não fizeram o mínimo do que a CPTM fazia quando administrava a malha L8 e L9. Concessões desesperadas como essa, o monotrilho da Linha 18 jogado fora (mais absurdo ainda) e do custo dos pedágios R$35,20 Anchieta Imigrantes que só renovou e não fez nenhum deságio (como na Dutra, que é federal, por exemplo) mostra a incompetência que foi o período Tarcísio / Dória cheios de interesses por trás e tem gente passando o pano para isso.
Que pensassem em tudo isso antes de conceder, teremos vários ônus financeiros sim, mas as irresponsabilidades não podem ser relevadas por conta disso. A justiça não funciona do jeito que a matéria quer vender, quem comete irregularidades deveria pagar por isso, no caso, o Estado fazerem concessões desastrosas, infelizmente o Estado pagará com os impostos que recolhemos. Que sirva de aprendizado para alertar a população parar de incentivar essa políticagem de entreguismo e passem a valorizar as nossas competentes Estatais!
Até final anos 80. Trem passageiros partiam da luz um até SJ dos Campos outro até Panorama, tanto progresso a ferrovia no Brasil só regrediu. Se tô enganado tinha trem de São Paulo ao Rio de Janeiro.