A CPTM está realizando a transferência de trens da Série 3000 do Pátio Luz para o Pátio Lapa. As movimentações dos trens desativados ocorrem com auxílio de locomotivas.
A realocação dos trens está ocorrendo de forma mais intensa na última semana e foram registradas por entusiastas do setor.
O deslocamento das composições entre os pátios ocorre em meio à reforma do Pátio Luz, incluída em aditivo contratual, que deverá passar pela revitalização de suas vias.
Tanto o Pátio Luz como o Pátio Lapa possuem áreas destinadas para o estacionamento de trens. As vias mais ociosas geralmente são utilizadas para alocar os trens imobilizados, ou seja, que estão retidos por questões técnicas.
O Pátio Lapa geralmente é um local preterido para alocar tais composições. O local é dividido em dois grandes blocos, um pertencente a CPTM e outro a MRS, onde geralmente são destinados para corte. O trem da Série 3000 foi deslocado para as áreas da CPTM, proximas ao abrigo de manutenção existente.
Em um vídeo publicado pelo canal Kauã Henrique Ferrovia é possível ver três unidades de quatro carros sendo rebocadas.
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Alguns fatos importantes no transporte são a presença de duas locomotivas, uma em cada ponta, e um vagão de apoio.
Durante a passagem do trem, sinais do abandono das composições eram claros. Em alguns truques era possível ver rastros de vegetação densa, demonstrando que os trens estão há muito tempo parados no mesmo local.
Retorno ao serviço é avaliado pela CPTM
A remobilização dos trens é estudada pela CPTM. Cabe citar que, por mais que seja um estudo, isso não é garantia de que os trens sejam de fato reformados e voltem a operar.
Fabricados pela Siemens, os trens da Série 3000 chegaram à CPTM a partir de 2001, ainda em um período em que a companhia estava definindo o padrão de suas composições.
As unidades operaram até 2021 na Linha 10-Turquesa. O contrato de manutenção foi rescindio com a Alstom e desde então os cinco trens aguardam seu destino.
Nos tempos da Budd e da Mafersa os trens rodavam por 40-50 anos ou mais, pra só depois serem aposentados.
Agora, com vinte e poucos anos…
o problema são as peças de reposição. os trens antigos praticamente não tinha componentes eletrônicos ou semicondutores. a partir do momento que os trens passam a ter mais tecnologia, passa também a depender mais de fabricantes exclusivos, componentes mais caros e de software dedicado. as peças desses trens não são mais fabricadas, esses trens só rodam se forem completamente modernizados. para isso é necessário ver se a caixa e os truques estão em bom estado, e se financeiramente vale a pena a modernização.
é como já disse na reportagem sobre o fim da série 2000, a CPTM nunca de fato teve um politica de manutenção dos trens. ela compra, usa o tempo de garantia e depois fica pulando de contrato em contrato de terceirização. a terceirizada por sua vez pensa única e exclusivamente em fazer o mínimo e lucrar o máximo, como em qualquer contrato que existe. o correto seria a CPTM se preparar tanto no seu campo de oficinas quanto na parte de compras de materiais, e se estruturar para dar a devida manutenção de seus ativos, como fez o metrô durante um bom tempo.
Até a CBTU conseguiu manter trens por mais de 30 anos.
Só a CPTM que não consegue (mesmo com mais de R$ 20 bilhões investidos na empresa em 30 anos).
Sim. Existe a questão atual das tecnologias que se atualizam com mais rapidez, assim como os modelos propositalmebte projetados pra tornarem-se “inviaveis” em pouco tempo. Mas nada que uma boa gestão, com estratégias de medio-longo prazo, não soubesse contornar.
Infelizmente as chagas do imediatismo eleitoreiro e do descaso com o patrimônio público, anulam qualquer chance de bom senso.
Falta de bom senso, politica do dinheiro fácil, basta apenas conservar, andei esta semana na Linha Verde e senti vergonha dos estado dos trens , não deveriam se preocupar em fazer greves , e sim cuidar do povo que é do povo .
Poderia haver alguma troca de trens entre CPTM e CBTU-Recife pois há poucos trens em circulação em Recife para atender a população.
Como a CPTM tem trens antigos, eles poderiam serem transportados para Recife para aumentar a frota de forma temporária até que o governo do estado de Pernambuco e o governo federal encontrem uma solução definitiva.