Veja a evolução das obras da estação Varginha em 32 meses

Nova estação da Linha 9-Esmeralda deve ser aberta no segundo semestre e já conta com brises laterais em seu prédio principal
Estação Varginha no começo de junho (iTechdrones)

As obras da estação Varginha, da Linha 9-Esmeralda, se arrastaram por vários anos enquanto o governo não conseguia estabelecer um cronograma confiável para o projeto. Mas de algum tempo para cá, os trabalhos ganharam ritmo, sobretudo após o abandono do canteiro ter sido revelado pelo canal iTechdrones, parceiro do site.

Em 2021, o flagrante inédito das obras paradas chamou a atenção pelo ângulo: graças ao drone operado pelo canal foi possível ter a dimensão clara do problema. Desde 2020, o iTechdrones frequenta a região, acompanhando toda evolução da obra. Dias atrás, o canal publicou um vídeo em que mostra um resumo de 32 meses de cobertura (veja abaixo).

A estação Varginha é parte da extensão de 4,5 km lançada pelo governo do estado há cerca de 10 anos, e ampliar o atendimento do ramal em 110 mil pessoas por dia. Ela deveria ter ficado pronta há muito tempo, porém, uma questão legal impediu que a União contribuísse com investimentos, o que obrigou o estado a relicitar o trecho.

Viaduto rodoviário sendo construído ao sul da estação (iTechdrones)

A primeira estação entregue, Mendes-Vila Natal, só começou a funcionar em julho do ano passado, embora o ex-governador João Doria tenha a inaugurado um ano antes sem que estivesse de fato pronta.

Já Varginha pode passar por uma situação semelhante. A Engibrás, responsável pela obra, está finalizando parte prioritárias como um dos acessos e o acabamento geral do prédio principal, que ganhou brises nos últimos dias. As vias, alimentação elétrica e sistemas estão na reta final, o que permitirá os primeiros testes em breve.

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A operação plena, no entanto, depende da conclusão de um viaduto rodoviário ao sul. Com isso será possível utilizar a extensão que conta com área de manobras e estacionamento de trens. Pelas imagens mais recentes, as estruturas de sustentação das vigas do viaduto estão sendo feitas e não será surpresa se o conjunto for finalizado ainda em 2023.

Ainda no segundo semestre, a CPTM (que gerencia a obra) deverá repassar Varginha à ViaMobilidade, permitindo a sua inauguração. O início da operação assistida, no entanto, deve ser bastante restrito até que todos os sistemas e infraestutura esteja em condições de funcionar em conjunto com o restante do canal.

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20 comments
  1. Obra muito importante, vai beneficiar uma região tão carente em transporte.

    E digo mais, deveriam pensar numa eventual extensão até Parelheiros, talvez o distrito mais “esquecido” de toda cidade, com uma população considerável, na qual os moradores levam “um parto” para chegar a região central de SP. Claro que tal eventual prolongamento da via férrea deve tomar muito cuidado com as questões ambientais, já que é uma área de preservação, entretanto não considero que a chegada dos trens em tal região seria um grande problema, já que mesmo sem este tipo de transporte a região já sofre com ocupações irregulares. O que falta ali é uma fiscalização efetiva e mais rígida.

    Ps: Antes que um “amigo” bem conhecido daqui, venha comentar com a repetidíssima frase catastrófica e trágica ” Se o trem chegar em Parelheiros, no dia seguinte metade de SP ficará sem água”, recomendo a ele ler o que eu disse no parágrafo anterior

    1. Tem uma série de problemas ligadas a levar a Linha 9 pra lá. Primeiro que a obra em si ia ser problemática conta do alto número de residências no trajeto. Segundo que uma estação lá resolverá parcialmente os problemas de mobilidade, já que, embora com transporte, haverá uma tendência de demanda ainda maior com a especulação imobiliária que irá ocorrer. E sem contar que a região é área de recuperação ambiental e um acréscimo populacional lá traria prejuízos ao meio ambiente.

      1. Não necessariamente haveria um acréscimo de população e especulação imobiliária, desde que houvesse normas impedindo a construção de novos empreendimentos residenciais. O transporte serviria para população já existente no local.

        Sobre os imóveis no trajeto, ocupações irregulares diga-se de passagem, poderiam ser removidas para outras áreas, pois do jeito que estão estão degradando ainda mais tal ambiente.

        A conclusão é que mesmo sem tal transporte a degradação ambiental e ocupação irregular já vem ocorrendo. Falta fiscalização e normas por ali.

        1. Concordo com o amigo. Basta ver que existem outras estações em áreas de manancial (Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) e não há um “boom imobiliário” nestas regiões. Só quem já ficou preso na Teotônio Vilela, na Zona Sul, tentando ir pro Centro em horário de pico sabe o quanto o transporte coletivo de massa ajudaria imensamente a população de lá.

          1. Exatamente Antonio, sou morador de Ribeirão Pires, é aqui na cidade há uma lei que restringe o levantamento de mais loteamentos residenciais desde a década de 70, até acontecem alguns, mas algo super pequeno e controlado. Se não houvesse estas leis, Ribeirão já seria como nossa vizinha Mauá.

  2. Mende-Vila Natal e Varginha tinham que ter os brises com algum elemento de cor como nos renderes das estações, pois esses brises na cor cinza faz com que as estações fiquem um tanto feias e uma parece mais uma escola, a outra fica com jeito de galpão industrial e eu acho que a região merece algo um pouco melhor nos visuais dessas estações! Sei que o mais importante é a funcionalidade e que os trens falhem o menos possível e garantam rapidez e eficiência nos deslocamentos, mas mesmo assim regiões periféricas merecem algo com uma estética mais agradável!

  3. O que é paradoxal é que no momento de expandir a malha a iniciativa privada nunca aparecem, preferindo gastar milhões em publicidades enganosas em Revistas especializadas, Rádios, TV’s, iludindo a população, e pagando dividendos aos acionistas bancados pelo Estado. Eles só aparecem quando recebem toda a infraestrutura estiver pronta e ainda sim cortando custos para fornecer um serviço pior como está sendo o caso das linhas 8 e 9. Então todo o dinheiro gasto, oriundo do bolso da população, usado na implantação dessas linhas servirá, no final das contas, para atender a interesses privados. Seria diferente se ajudassem a expandir a malha de trilhos, mas sabemos que isso não acontece e não acontecerá. Ocorrerá a simples transferência do patrimônio público construído com os bilhões de reais dos contribuintes nas mãos de um punhado de empresa (que ainda por sinal comprarão a concessão com financiamento público).
    Infelizmente, elegeram esse traste bolsonarista e forasteiro para acabar com tudo, ele é entreguista. O atual governo estadual está deixando de investir em manutenção na CPTM para que a qualidade dos serviços caia drasticamente. Em assim sendo, a população reclamara e dá-se o processo de privatização para os amigos de plantão.
    Agora novamente temos investimento na estação Paulista da concessionária da Linha 4-Amarela que deverá contar com um novo acesso em breve. Trata-se da saída para a rua Bela Cintra foi mais uma vez realizado e bancado pelo Metrô que desembolsou cerca de R$ 2,5 milhões na realização destas obras.
    Nas estações de Vila Natal e Varginha das linhas 8 e 9 da Via Mobilidade também foram bancadas pelo Estado.

    1. É meu amigo não é fácil, também sou totalmente contra esse entreguismo desenfreado. Poderia ao menos exigir em contrato a expansão das Linhas assumida, como a recontrução do trecho Amador Bueno à Oeste, trecho que foi totalmente abandonado pela antiga concessionária, diversas ocupações irregulares já foram constrídas sobre o antigo leito.
      Mas não é isso que acontece, o que vemos é um presente de pai para filho. E sabe o que é pior? A tendência a dilapidação piorar ainda mais, vejo o fim da CPTM próximo com este pateta no governo.

      1. O trecho Amador Bueno- Mairinque pertence ao governo de São Paulo desde 1903. Dese 1996 sua gestão é da CPTM, que abandonou o trecho por falta de demanda.

        E levar o trem até Parelheiros irá inventar a ocupação e acabar com os mananciais. Sem esses mananciais, 9 milhões de pessoas na RMSP perderiam o acesso a água.

      2. Esse trecho acabou porque não tinha demanda e porque a CPTM decidiu que ficaria apenas com o serviço metropolitano de trens. Se caso um dia voltar não será uma extensão da linha 8, mas sim um serviço separado, semelhante ao que irão fazer quando a linha 7 for concedida.

        1. De novo esse seu comentário raso seu Ivo, que a população perderiam acesso à água. Você fez algum estudo para chegar nesta conclusão? Não muda “o disco” sempre a mesma coisa,meu Deus! Já leu o que eu digitei? Expliquei tudo no meu comentário.

          Sempre vazio e evasivo você, só quer bancar o cara do contra e nada mais, falta argumentos e sobra alarmismo.

          1. O governo do estado decidiu em 1984, com base em estudos da Empada, que o trem não deve chegar em Parelheiros mas o Felipe acha que sabe mais do que engenheiros e técnicos do governo e quer o trem numa região de mananciais.

            Para Felipe, o trem está acima do abastecimento de água de 9 milhões de pessoas.

  4. Horrorosa, parece uma escola estadual kkkkkkkkkk.
    Porém o importante ”é que tenha saúde” e atenda bem a região.

  5. “O governo do estado decidiu em 1984,”. 1984,1984,1984….quase 40 anos atrás, Jesus tenha misericórdia…

    E de novo este papo furado de 9 Milhões de pessoas, na onde você se baseia para trazer tal informação? Quer uma dica, vai no Street View e vê o quanto de ocupação irregular ao longo do antigo leito, isso sim traz ameaças ao meio ambiente.

    Mas na boa, to achando que você é só mais um troll da internet, não é possível que um ser minimamente racional só fale a mesma coisa…acho que já faz uns 5 anos que você vem com este mesmo e patético argumento.

    1. Pobre Felipe, incapaz de argumentar, parte para agressão. Deve ser eleitor do “Mito”, que prefere destruir florestas.

      1. Pobre Ivo, usei argumentos concretos e ele achismos. E como se dizia antigamente não alimentem o Troll…

  6. Com relação a questão ambiental, não é se deixando do jeito que está com crescimento desordenado com falta de fiscalização e bloqueando a ferrovia que se irá resolver a questão.
    O STF (Supremo Tribunal Federal) deve julgar a liberação da Ferrogrão. O megaprojeto orçado em R$ 21,5 bilhões pretende ligar as cidades de Sinop (MT) e Miritituba (PA) por meio de 933,2 km de ferrovia para escoamento da produção de soja e grãos. Desde 2021, o projeto está parado por uma decisão da Suprema Corte, a partir de uma ação direta de inconstitucionalidade protocolada pelo Psol.
    A ação questiona a constitucionalidade da MP (Medida Provisória) 758 de 2016, posteriormente convertida na lei 13.452 de 2017, que alterou os limites do Parque Nacional do Jamanxim (PA). Dos 933,2 km de extensão da ferrovia, 53 km atravessam o parque nacional. O relator do processo é o ministro Alexandre de Moraes.
    O debate sobre a Ferrogrão tem dividido opiniões entre os setores ambientalistas e desenvolvimentistas, principalmente do agronegócio. Embora o pano de fundo seja uma disputa ambiental, o projeto da ferrovia também possui um aspecto que podem beneficiar a pauta verde.
    Isso porque o empreendimento, caso se concretize, diminuiria a emissão de poluentes por caminhões de transporte de cargas. Segundo dados da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a Ferrogrão reduziria a emissão de 1 milhão de toneladas de CO2 (dióxido de carbono) ao ano.

  7. Sobre uma eventual extensão até Parelheiros, imagina se não haverá intensa especulação imobiliária, a exemplo do que vem ocorrendo na Anhaia Mello e na Ragueb Chohfi, em torno da Linha 15 ou mesmo dos diversos empreendimentos sendo edificados nas proximidades das futuras estações da linha 6. Imagina se as empreiteiras não vão se direcionar em massa pra ZS…

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