Primeira linha de metrô no Brasil a ser tocada exclusivamente pela iniciativa privada, a Linha 6-Laranja tem avançado em bom ritmo em quase todos os seus inúmeros canteiros.
Fruto de uma Parceria Público-Privada (PPP) entre o governo do estado e a LinhaUni, concessionária liderada pela empresa espanhola Acciona, o ramal de 15,3 km e 15 estações têm previsão de inauguração entre 2026 e 2027.
Cabe ao poder público bancar metade do custo da obra e fiscalizar o andamento dos trabalhos enquanto o parceiro privado é responsável por executar a implantação e futuramente operá-la.
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O modelo tem mostrado resultados, a despeito de problemas iniciais, quando a concessão foi vencida pela MoveSP, cujas empresas estavam afetadas pela operação Lava Jato.
Houve também uma dificuldade inicial de questão jurídica já que pela primeira vez as desapropriações passavam pelas mãos da iniciativa privada, embora ainda fossem de responsabilidade do governo.
Evolução visível, com alguns imprevistos
A Acciona assumiu a PPP no final de 2020 e desde então o ritmo das obras tem sido bastante dentro das expectativas.
Há, contudo, alguns imprevistos, como o atraso nas obras da Estação 14 Bis, causado por investigações arqueológicas, e um poço de ventilação cujos trabalhos não tiveram início até hoje, por questões ambientais.
Até mesmo o acidente com interceptor de esgoto dois anos atrás pouco afetou os trabalhos dos tatuzões, que estão em plena atividade há vários meses.
A LinhaUni divulgou os percentuais de evolução dos canteiros com data de fevereiro e que mostram que alguns deles já estão próximos da conclusão, como é o caso da futura saída de emergência (SE) Aquinos, com 78,62%.
Entre as estações, Santa Marina segue na dianteira, com 59,15% de evolução, mas Perdizes e Água Branca (58,75% e 58,67%) estão perto.
Higienópolis-Mackenzie tem salto entre dezembro e fevereiro
Na outra ponta, 14 Bis atingiu 7,68% de evolução apenas enquanto Vila Cardoso, com 24,24%, também preocupa já que será a próxima parada da Tuneladora Norte após a chegada em Itaberaba-Hospital Vila Penteado.
A evolução nesta estação na Zona Norte tem sido mínima nos últimos meses, evidenciando algum problema não divulgado.
Entre os poços de ventilação e saída de emergência, o Almirante Marques Leão segue intocado e não será surpresa se a Acciona não tenha alterado o projeto para evitar transtornos e atrasos.
Já o VSE Frei Caneca atingiu apenas 13,53% dos trabalhos.
Houve um avanço bastante grande entre dezembro e fevereiro no VSE Itápolis, próximo à estação FAAP-Pacaembu, e sobretudo na estação Higienópolis-Mackenzie, que será a mais profunda da América Latina.
Localizada na Rua da Consolação, a futura parada fará a conexão com a Linha 4-Amarela e teve um salto de quase 11% nas obras.
O primeiro parágrafo diz “exclusivamente” setor privado. Logo em seguida é informado que é uma parceria público-privado. De fato, o empréstimo que a linha 6 recebe não me parece que qualificou o empreendimento como “exclusivamente” do setor privado.
Se o estado não pode emprestar dinheiro para a iniciativa privada, então também não pode pegar dinheiro emprestado da iniciativa privada.
Não se qualifica uma obra como pública ou privada de acordo com a origem dos seus financiamentos.
É como tenho dito, Vila Cardoso é bem mais preocupante do que 14 Bis, 14 Bis está a 3km do tatuzão e teve um avanço maior mesmo com um imbróglio com arqueologia, Vila Cardoso está a 1.5km do tatuzão e sem nada atrasando a obra, até onde sabemos, e teve um o menor avanço de todas as frentes de trabalho exceto pelo VSE Almirante Marques Leão, é bem mais preocupante
como faço para trabalhar no metrô?
Sobre as investigações arqueológicas na 14 Bis já sabemos.
Mas pra mim é novidade essa questão ambiental no poço de ventilação da estação.
Poderiam ir atrás dessa informação, quem ou o que está impedindo isso…