Durante a greve dos trabalhadores do Metrô e da CPTM, que paralisaram suas atividades nesta terça-feira (03), chamou a atenção o serviço de quatro ramais operados pela iniciativa privada e que abriram normalmente.
O site aproveitou a ocasião para registrar o funcionamento das linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda durante a greve nas linhas estatais.
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Linha 4-Amarela
O começo da viagem foi pela primeira linha operada por uma empresa privada em São Paulo. Estivemos na Linha 4-Amarela no período entre 12h e 13h para verificar o movimento nas principais estações do trecho.
Na estação Pinheiros o movimento era baixo, com poucas pessoas fazendo a transferência para a Linha 9-Esmeralda. O ambiente em geral era semelhante àqueles encontrados em feriados. O terminal de ônibus por sua vez estava mais agitado que o de costume.
A lotação dos trens sentido Luz era mediana, com praticamente todos os assentos do trem ocupados. Nas estações sem integração havia poucos embarque e desembarques.
Na estação Paulista, que faz integração com a Linha 2-Verde, havia uma maior movimentação. A região de transferências estava fechada, tornando os túneis completamente vazios.
Agentes de segurança e de atendimento auxiliavam os passageiros, que eram orientados a sair da estação para seguir viagem por outra alternativa. Na região do acesso, as pessoas se dividiram entre esperar por carros de aplicativo ou buscar outras opções de transporte público.
Seguindo para a estação República, a operação foi bastante semelhante, com agentes orientando os passageiros desavisados. A movimentação no local era menor do que em Paulista.
Um fato interessante é a presença de funcionários do Metrô na estação. Como República possui apenas uma única linha de bloqueios, os funcionários da empresa estatal tiveram que auxiliar os agentes da empresa privada para a operação da estação.
A integração com a Linha 3-Vermelha, que ocorre por meio de escadas fixas e rolantes, estava fechada por barreiras metálicas. Apenas um acesso da estação República estava aberto.
Indo para a estação Luz, percebia-se que a movimentação era maior. nNa região da linha de bloqueios da Linha 4-Amarela agentes também orientavam passageiros. Em alguns casos era possível consultar uma lista de alternativas de percurso em um quadro ao lado da SSO onde constavam linhas de ônibus para várias regiões da cidade.
Na estação Luz a integração com a Linha 1-Azul estava fechada, sendo a única opção para integração os trens das Linhas 7-Rubi e 11-Coral que estavam operando.
O site chegou a retornar para a Linha 4-Amarela no horário de pico da tarde. A única diferença notável durante o percurso foi o desligamento de escadas rolantes em Pinheiros. Apenas uma das três escadas estava operando por patamar.
Linha 5-Lilás
Estivemos na Linha 5-Lilás no horário de pico da noite, por volta das 21h. A operação dos trens ocorria de forma normal em ambos os sentidos.
Na estação Santo Amaro o fluxo de integração era intenso. Na região das plataformas a maior lotação era no sentido Capão Redondo. No sentido Chácara Klabin poucos passageiros estavam na plataforma.
Já dentro do trem a lotação do trem era mediana, com quantidade razoável de assentos disponíveis. O embarque nas estações sem integração era baixo. A viagem em geral foi rápida, sem muitos percalços.
Na estação Santa Cruz a maioria dos passageiros realizou o desembarque. Apesar de bastante vazia para o horário, a movimentação no local não era desprezível.
A integração com a Linha 1-Azul estava fechada, sendo a única opção de saída o acesso existente na Linha 5-Lilás. A quantidade de entradas nesse horário era menor do que o de saídas.
Seguindo para a estação Chácara Klabin, o movimento de passageiros era menor. A estação não possui acesso próprio, portanto era necessário entrar na área operada pelo Metrô. A integração com a estação da Linha 2-Verde estava isolada por meio de barreiras metálicas.
Subindo até o acesso da estação encontrava-se a mesma situação de República, onde funcionários do Metrô atuavam na entrada da estação. Pelo fato da linha de bloqueios e equipamentos serem controlados pela estatal, a presença do pessoal do Metrô era fundamental.
Linha 8-Diamante
Estivemos na Linha 8-Diamante a partir das 15h30. Na estação Barra Funda não foi possível ver tantos funcionários da segurança. A movimentação era semelhante a um sábado com trens trafegando sem lotação de bancos.
Na estação Júlio Prestes, por exemplo, o clima era completamente normal. O mesmo cenário se repetia nas demais estações cuja operação estava particularmente tranquila.
A estação mais movimentada foi a de Osasco, onde há integração com os trens da Linha 9-Esmeralda. A plataforma sentido Mendes-Vila Natal estava bastante cheia para o horário.
Linha 9-Esmeralda
Diferentemente de todas as linhas em que estivemos, onde a operação ocorria de forma relativamente tranquila, no trecho entre Osasco e Mendes-Vila Natal instaurou-se um pandemônio devido à falha de rede aérea na região da estação Vila Olímpia.
O embarque na estação Osasco ocorreu normalmente, apesar da plataforma estar mais cheia do que o de costume. Dentro da composição o operador alertou que o trem prestaria serviço até a estação Villa Lobos-Jaguaré.
Na estação Jaguaré os passageiros eram obrigados a sair do trem e percorrer o trecho até a estação Morumbi por meio de ônibus do sistema PAESE. Não demorou muito para uma longa fila se formar.
Alguns funcionários organizaram o embarque dos passageiros na fila. Até onde se pode constatar, a fila estava com um comprimento de aproximadamente 170 metros.
Diante da demora e do calor, alguns passageiros optaram por aplicativos ou por ônibus que passavam próximo ao parque Villa Lobos. Alguns destes seguiam para estações como Lapa e Barra Funda.
Depois de algumas horas estivemos na estação Pinheiros. O cenário na estação era desolador. Na região do mezanino dezenas de pessoas estavam sentadas, como que esperando algum fato novo surgir.
Na região da plataforma, completamente lotada, os passageiros aguardavam os trens. Aparentemente a operação em Pinheiros ocorreu em via singela. As informações sobre a operação eram poucas. Apesar de mais funcionários serem mobilizados na estação, o clima no geral era de confusão.
A viagem na Linha 9-Esmeralda poderia se assemelhar a uma sauna superlotada com pitadas de velocidade reduzida. Trens completamente cheios, pessoas espremidas e, infelizmente, ar condicionado que não estava funcionando corretamente.
Na maioria dos trechos o trem percorria as estações em baixíssima velocidade, muito possivelmente por conta das restrições do sistema elétrico que foi severamente afetado.
A viagem entre Pinheiros e Santo Amaro durou aproximadamente 35 minutos. Certamente não foi a melhor experiência de viagem que se pode ter na Linha 9-Esmeralda.
O site chegou a usar novamente a Linha 9-Esmeralda por volta das 22h. Os trens sentido Osasco estavam vazios. Ao longo da viagem um aviso: o desembarque na estação Morumbi era necessário já que a falha ainda persistia depois de horas de seu início.
Desta vez, com menos passageiros e poucas filas, foi viável optar pela operação no PAESE. Apesar do horário, o ônibus partiu da estação lotado. Mas, por incrível que pareça, a operação dos coletivos, mesmo sem ar condicionado, era mais confortável do que os trens que possuíam o equipamento de refrigeração.
Conclusão
As linhas de metrô, como a Linha 4-Amarela e 5-Lilás, operaram dentro do padrão. Em especial se destaca a linha 4 pelo contingente de funcionários mobilizados para orientar os passageiros e por facilitar as informações com um painel mostrando alternativas para diversos destinos na estação Luz.
A Linha 8-Diamante operou de forma normal, sem apresentar nenhum destaque especial. Podemos dizer que ela cumpriu seu papel. Já na Linha 9-Esmeralda a situação foi bastante precária.
Destacam-se dois pontos bastante negativos: a falta de informações nos avisos sonoros. Não se sabia onde os trens iriam parar, qual era o status da operação, tornando a experiência de pré embarque completamente confusa.
A única forma de se ter uma informação mais precisa era diretamente com os agentes na estação que estavam sobrecarregados tamanha a quantidade de passageiros nas plataformas.
O segundo ponto foi a experiência dentro do trem. É tolerável (para alguns) passar vários minutos dentro do trem em velocidade reduzida, mas com a climatização precária a viagem se tornou bastante desconfortável. O ar condicionado chegava a realizar o papel de ventilação, mas praticamente não se sentia o ar saindo do teto.
A falha na rede elétrica da Linha 9-Esmeralda persistiu por 27 horas. O PAESE foi um paliativo, já que evidentemente o ônibus não tem a mesma capacidade de um trem. Mas se as viagens de trem tivessem a mesma qualidade do serviço de ônibus regular, certamente os passageiros teriam sofrido menos.
A sabotagem sofrida pela VM é criminosa! Até quando os sindicatos vão fazer o que quiser e saírem ilesos?
Não teve sabotagem nenhuma, só falácias pra cobrir a incompetência, isso ja aconteceu outras vezes e nunca foi provado nenhuma sabotagem.
A sabotagem que ninguém registrou.
Chega de Frescura e de mimimi. Vai ficar até qdo nessas narrativas e vozes da sua cabeça?
A policia já investigou outras situações semelhantes e NÃO encontrou nada de sabotagem.
A via Calamidade se sabota sozinha…
Agora uma observação: a L8 não teve falha no dia, mas conta com os mesmos problemas de superlotação e falta de ar condicionado. É até pior, porque é nessa que a VM se recusa a colocar trens melhores e é a linha que foi saqueada com a concessão. Eu resumo bem do jeito que é na verdade mesmo, sem rodeios.