Veja como podem ficar as estações Comendador Sant’Anna e Jardim Ângela da Linha 5

Extensão do ramal de metrô terá 4,3 km e duas estações. Governo quer que obras comecem até março de 2025
Extensão da Linha 5-Lilás terá duas estações
Extensão da Linha 5-Lilás terá duas estações (Jean Carlos)

Esperada há vários anos, a extensão da Linha 5-Lilás até Jardim Ângela recebeu a “luz verde” em junho quando o governo do estado assinou o 3º aditivo contratual da concessão do ramal junto à ViaMobilidade.

Assim como no caso da Linha 4-Amarela, a empresa receberá uma adiantamento de R$ 35 milhões para elaborar o projeto executivo, o estudo ambiental e também o mapa de desapropriações do percurso de 4,3 km.

O site teve acesso a dados do projeto funcional, elaborado no final de 2021 pela CCR, empresa que controla a ViaMobilidade.

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Embora mudanças possam ocorrer com os novos estudos, o memorial descritivo traz várias informações que fornecem uma ideia geral de como ficará o novo trecho operacional após Capão Redondo.

Concepção geral da extensão até Jardim Ângela
Concepção geral da extensão até Jardim Ângela

Alternativa 5C

Segundo a CCR, foram pensadas dezenas de alternativas de trajeto e número de estações, alguns deles planejados pelo próprio Metrô. Há dez anos a companhia do estado avaliava três opções que incluíam três estações hoje desconsideras, Parque Santo Dias, São José e M’Boi Mirim.

Diante dos planos da Prefeitura de São Paulo de implantar o prolongamento da Avenida Carlos Caldeira Filho entre Capão Redondo e Jardim Ângela, optou-se por aproveitar essa oportunidade para desenhar o traçado mais adequado.

No fim foram escolhidos das alternativas, o traçado 3, que corrida paralelo à avenida, e o traçado 5C, que aproveitava o canteiro central para uma via elevada, opção selecionada no final

Ela estabelece um trecho de  3,2 km em via elevada a partir de Capão Redondo e um trecho final em via subterrânea, com extensão aproximada de 1,1 km, onde estará a estação Jardim Ângela e também um poço de ventilação posterior.

Estação Comendador Sant’Anna

O projeto arquitetônico da estação Comendador Sant’Anna segue as tipologias das estações do trecho em elevado original da Linha 5-Lilás.

A estação ficará próxima à avenida Comendador Sant’ Anna, onde há vários pontos de comércio, serviços e equipamentos públicos. Nesse trecho haverá uma grande área central onde ficará o corpo da estação.

Pelos desenhos inicias, a nova estação elevada terá uma cobertura em arco com plataformas laterais. São esperados cerca de 10.000 passageiros por dia no local.

Estação Jardim Ângela

Subterrânea, a estação Jardim Ângela terá quatro pavimentos entre o acesso e o nível das plataformas, também laterais e com quatro conjuntos de escada de cada lado.

A CCR diz ter se baseado no projeto da estação Penha, da Linha 2-Verde, para conceber o estudo inicial já que são esperados muitos usuários por ser a futura estação terminal do ramal.

A estimativa há três anos era de que 41.500 passageiros frequentarão o local em dias úteis. Não por menos, a estação terá um novo terminal de ônibus localizado na margem oposta da Avenida M’Boi Mirim e que será ligado por uma passarela ao atual terminal da SPTrans.

Projeto executivo deverá ser concluído até agosto de 2025

Em junho, a prefeitura da capital e o governo do estado assinaram um convênio para realizar a implantação conjunta da extensão da Avenida Carlos Caldeira Filho. A administração municipal ficará responsável pela obra com exceção da pista norte, cuja implantação caberá ao estado e onde ficará a via elevada do metrô.

A extensão da avenida deverá ter um impacto bastante significativo na população que vive no caminho da via. Segundo o memorial descritivo, serão necessários 251 mil m² em desapropriações para implantar o projeto, sendo 164 mil m² para o novo trecho viário e 87 mil m² referentes à extensão metroviária.

Cronograma do projeto executivo da Linha 5 até Jardim Ângela
Cronograma do projeto executivo da Linha 5 até Jardim Ângela

A ViaMobilidade, por sua vez, deverá entregar o projeto executivo de forma parcelada para que seha possível iniciar a execução das obras da Linha 5 até março de 2025. A data para conclusão do projeto executivo é agosto de 2025, com entrega no máximo até fevereiro de 2026.

A gestão atual promete entregar a obra em 2028 e deve elevar a demanda diária para 650 mil passageiros.

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20 comments
  1. Não sei por que ainda não deram início nos estudos de levar a Linha 5 de Chácara Klabin até IPIRANGA pelo menos!

    Querem tanto enfiar/enlatar/espremer um monte de gente na Linha 2, com a promessa de expansão entre Penha e Guarulhos, mas se “esquecem” de que é preciso haver alternativa(s) para diluir toda essa demanda, que é certo (pelos dados simulados de carregamento de passageiros na hora de pico) que NÃO vai caber toda na Linha 2 quando esta chegar a Guarulhos (daí a importância da L5 em Ipiranga pelo menos).

    Não adianta enxugar gelo só com ampliação da Estação Vila Prudente e expansão da L15 p/ Ipiranga (embora ambas ações sejam sim necessárias) se não houver uma alternativa de REDUÇÃO real de demanda na L2.

      1. Tiago,

        Quem definiu isso? Você?

        Por acaso, você trabalha no setor de planejamento da Cia. do Metrô de SP? Não entendi seu comentário.

        A Linha 2 (conectada com L3) virar a Linha 3 (até antes de se conectar à L2), do século XXI, é algo para ser comemorado? Ou é vingança?
        Não entendi, sinceramente!

        Se a ideia era resolver superlotação, então não vai resolver nada, pois só vai transferir o problema (tipo colocar a sujeira debaixo do tapete da sala).

        Para a L2 não se tornar esse problemão todo, é só expandi-la “apenas” até a PENHA, e nem 1 metro a mais! Aí sim haverá equilíbrio de carregamento entre L2 e L3 (embora, neste caso, a L2 já deverá ultrapassar a L3, já que a Vermelha vai desafogar, obviamente! Mas tudo bem!).

        Essa expansão da L2 além da Penha (sentido Guarulhos), em troca de “beneficiar” (em partes) uma “minoria”, vai PREJUDICAR brutalmente uma imensa maioria de atuais e futuros também passageiros da L2!

        Mas eu estou falando pelos outros (ao contrário do que muitos fazem aqui), NÃO por mim, pois eu, quando preciso, no máximo utilizo a L2 de Paraíso até Consolação apenas (eventualmente, até Clínicas), e nada mais da L2. E, ainda por cima, na maioria das vezes, é fora do pico.
        Portanto, pode expandir o trecho leste da L2 pro Planeta Marte que, mesmo assim, o trecho crítico será de Vila Prudente até Chácara Klabin (ou, no máximo, até Ana Rosa).
        Sendo assim, o trecho da L2 sob a Avenida Paulista NUNCA ficará saturado!
        Logo, NÃO serei atingido por essa expansão infinita e sem freios da L2.
        Mas… e os outros (a grande maioria)?! Estes sim!!! Por isso, eu falo pela grande maioria, e NÃO pelo meu próprio umbigo apenas como muitos aqui, infelizmente, fazem.

        E quanto a Guarulhos, eu digo e repito: cobrem pela Linha 19, pois esta sim terá capacidade de atender bem Guarulhos (a partir do Bosque Maia, é claro), com mais conforto e rapidez no deslocamento.

    1. Provavelmente eles não farão essa extensão até o Ipiranga para não haver competição entre as operadoras privadas do metrô: L5 e L6. Se não me engano, por contrato, não pode haver competição entre linhas.

      1. Renato,

        Seu pensamento faz sentido. Mas eu acho que a expansão da Linha 5 para Ipiranga pouco interferiria na demanda da Linha 6.

        No entanto, se expandisse a L5 para São Carlos/Pq. da Mooca, aí sim haveria concorrência entre as linhas 5 e 6.

        De qualquer modo, então é mais um ponto negativo para as concessões, pois a ideia de ter uma rede de verdade de trilhos é também espalhar a demanda pelas linhas. Logo, essa “concorrência” seria inevitável.

    2. A expansão até Ipiranga só vai jogar mais gente da L10 na L5 e não o inverso, ou seja, só lotaria mais ainda a linha.

      1. A expansão para Ipiranga (ao contrário da expansão para Jd. Ângela) vai atrair demanda para o CONTRAFLUXO da Linha 5, e ainda vai ajudar a desafogar um pouco o fluxo da Linha 2.
        Portanto, é uma expansão NECESSÁRIA.

        Afinal de contas, a expansão da Linha 2 para Penha e depois para Guarulhos vai trazer só demanda no fluxo já carregado da Linha 2 (e será muito mais do que a demanda nova que virá na L5 via Jd. Ângela).

  2. Quanto à expansão p/ o Jardim Ângela, observa-se, pelos dados, que a Estação Comendador Sant’Anna terá demanda baixa, provavelmente uma das mais baixas da L5 (apenas 10 mil/dia), já a Estação Jd. Ângela terá demanda média (quase 42 mil/dia), ou seja, apesar de ser terminal, será menos da metade da Estação Capão Redondo atualmente.
    Jd. Ângela deverá ser parecida com a demanda da Estação Campo Limpo.

    Capão Redondo hoje tem média de até 95 mil entradas. Chegou a mais de 96 mil, em média, em março, e antes da pandemia chegava a passar um pouco de 100 mil.

    Mesmo com incremento de demanda na L5 (por conta da expansão), certamente vai haver redução de parte da demanda de Capão Redondo quando abrir Jd. Ângela.

  3. Se dependesse das palavras, até bonitas por sinal, este prolongamento da linha 5 já estaria pronto !!! É preciso trabalhar rápido e sem discursos bonitos !!!

  4. Previsão de entrega pra 2028??? Sei…
    Se não se arrastar tanto quanto a extensão da Linha-4 até Taboão da Serra, já estaremos no lucro.

    1. O maior medo de quem embarca na estação Campo Limpo, Vila das Belezas e Giovanni Gronchi com essa extensão, era nunca mais conseguir ter paz no pico da manhã, pois antes da pandemia não raramente, os trens já saiam abarrotados de Capão Redondo. E trens novos, vai precisar comprar? A Frota atual parece baixa para atender a demanda. E frota F já nem conta mais.

      1. Daniel,

        Com a demanda prevista para essa expansão (no máximo até 10 mil passageiros/hora/sentido; ou seja, MENOS do que embarca, por exemplo, só na Estação Vila Prudente da Linha 2 por hora de pico da manhã), e somado ao fato de que vai diluir parte da demanda de Capão Redondo e que há ainda muito espaço para aumento de oferta na Linha 5 (basta comprar mais trens, pois dá para aumentar, tranquilamente, na prática, se quiserem, em 50% a oferta), esse medo se torna bastante atenuado ou mesmo sem fundamento.

        Além disso, ainda há a possibilidade bem factível (basta a ViaMobilidade querer e saber fazer) de operar trens vazios prestando serviço, por exemplo, a partir de Capão Redondo (sentido Klabin no pico da manhã). Pronto! Fazendo isso, o embarque em Campo Limpo, Vila das Belezas e Giovanni Gronchi se tornará melhor até do que está atualmente!

        Quem tem que se preocupar é quem está na Linha 2 em Vila Prudente, Tamanduateí e Sacomã com a expansão desta linha (extensão esta muito maior e muito mais demandada) para Penha e Guarulhos…. isso sim!

        Mas agora, falar em paz no metrô no pico da manhã? Quem quer paz mesmo ou fica em casa se puder, ou pega o metrô na Estação Vila Madalena (se puder também… rs)… Isto sim que é paz! rs… rs.
        😏🤣🤣

  5. Esse é um projeto cujo investimento não se justifica. Gastar R$ 3,4 bilhões para transportar 100 mil pessoas é desperdício de recursos.

    Com esse valor é possível implantar:

    * 9 km de monotrilho ou
    * 9 km de VLT ou
    * 29 km de BRT

    1. Não há demanda para metrô no Jardim Ângela, a região tem demanda para VLT e não para metrô pesado.

      Não é função do metrô resolver os problemas de Taboão, cidade-dormitório com péssimo viário e que cresceu por volta da rodovia.

      O Serviço 710 é paliativo e eleitoreiro que prejudicou os usuários da Linha 7, fora que só fazia sentido na época em que a região noroeste era dormitório e o ABC um grande polo gerador de demanda.

    2. Ivo,

      Então, neste caso, você concorda comigo que seria melhor gastar dinheiro expandindo a Linha 5 para IPIRANGA pelo menos (para até, no máximo, quando a Linha 2 chegar a Guarulhos)?

      Outra coisa: convenhamos que a expansão mais descabida mesmo foi a da Linha 2 a oeste, de Clínicas até Vila Madalena (incluindo a vazia e quase inútil Estação Sumaré).
      Gasto de dinheiro público para atender “meia dúzia” de pessoas em uma região nobre (que, embora não seja dormitório, é essencialmente residencial de classe mais alta, que se locomove quase que exclusivamente de carro).

      1. Sem contar que parte do bairro da Vila Madalena ficou mais perto da Linha 4 do que da própria Estação Vila Madalena (que não fica na V. Madalena, mas sim no bairro do Sumarezinho, com um acesso secundário no bairro do Sumaré).

      2. A construção da Linha 2 como um todo foi descabida, com superfaturamento, obras sem licitação (Vila Madalena-Paraíso) e o Metrô usando contratos vencidos há mais de dez anos (Ana Rosa -Vila Prudente), entre outras irregularidades.

        As três estações sobre a Avenida Paulista foram as mais caras da história, custando mais de US$$ 900 milhões à época.

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