A estação João Dias é um dos mais novos empreendimentos em implantação na Linha 9-Esmeralda da CPTM. A nova parada localiza-se em um ponto chave entre as estações de Santo Amaro e Granja Julieta, que até então possuem uma das maiores distâncias entre as estações da Linha 9 com aproximadamente 4 quilômetros.
O investimento na nova estação gira em torno de R$ 60 milhões e está sendo feito pela iniciativa privada, algo inédito na CPTM. Estima-se que a nova estação seja entregue no segundo semestre deste ano e tenha capacidade para atender mais de 10 mil passageiros por dia.
As obras
O site foi convidado a fazer uma visita ao empreendimento acompanhado do presidente da CPTM, Pedro Moro. Mostraremos os principais detalhes da estação que é recheada de inovações e desafios que foram superados culminando numa célere evolução das obras.
O tour pela estação se iniciou na área por onde os passageiros terão o primeiro contato, o acesso principal. É uma espaço bastante amplo onde estarão alocados a linha de bloqueios, sala de supervisão operacional e a bilheteria blindada.
Pelo fato da plataforma da estação João Dias ser “ilhada” será necessário a transposição da Avenida das Nações Unidas através da passarela metálica. O passageiro contará com total acessibilidade por meio de um elevador instalado neste acesso. Também há opções de escada fixa e rolante que poderá ter seu sentido invertido conforme as necessidades do momento.
Nas áreas internas o local está em fase de acabamento e finalização das instalações elétricas. A acessibilidade também foi pensada para os funcionários desta estação, que contarão com um elevador exclusivo. A área operacional será composta por diversas salas de cunho técnico, como o porão de cabos, e também estratégico. A sala de reuniões tem uma visão privilegiada do acesso, um conceito que pode ser aplicado às estações futuras em eventuais reformas. Destaca-se a qualidade do acabamento e a pintura do ambiente.
A estação também contará com sanitários acessíveis na área paga, reforçando o foco na inclusão de todos os passageiros. Áreas destinadas para os resíduos sólidos também serão construídas.
A passarela metálica é um dos grandes destaques da estação. A estrutura é responsável por ligar o acesso da estação até a plataforma central passando sobre a avenida das Nações Unidas. O grande destaque está pelo seu grande vão livre de aproximadamente 54 metros. Uma curiosidade interessante foi o tempo para instalar a passarela que durou 8 horas e a sua fixação foi feita em apenas 12 minutos.
Foi possível visualizar as vias provisórias que foram construídas para possibilitar a construção da plataforma. Outro grande destaque foi a construção da estrutura de uma estação ferroviária com baixo impacto para a circulação dos trens. O desvio das vias e de toda a estrutura de apoio como rede aérea e cabeamento subterrâneo foi essencial para esse resultado.
O acesso para as plataformas também conta com acessibilidade plena. São duas escadas rolantes e um elevador que garantem total mobilidade para os passageiros. Na região de plataforma é possível notar que a faixa amarela já foi instalada, bem como os pisos de granito. Ao contrário de boa parte das estações da Linha 9, João Dias tem a vantagem de contar com o piso de granito ao invés do emborrachado. Isso garante maior durabilidade além da facilidade de limpeza.
Os trabalhos com a via definitiva no sentido Osasco estão em reta final. A rede aérea também está em fase final de instalação. Se tudo correr bem a CPTM estima que a nova via esteja liberada para o tráfego de trens a partir da semana que vem.
Abaixo da plataforma está localizado um grande compartimento onde parte dos cabos fica localizada. Também é neste ambiente onde é armazenada água de reuso que poderá ser utilizada para as mais diversas funções na estação. Vale citar que o espaço cumpre com normas de ergonomia de forma que os funcionários possam realizar os trabalhos em pé, sem a necessidade de adequações necessárias aos ambientes confinados.
Conclusão
A estação João Dias é um projeto que incorpora uma série de inovações em seu escopo construtivo. A preocupação com a sustentabilidade e com a acessibilidade é bastante evidente através da instalação de elevadores em vários pontos da estação. A utilização da água das chuvas bem como o aproveitamento da luz solar são práticas cada vez mais bem vistas e que geram economia de recursos no longo prazo.
A evolução consistente das obras que está sendo custeada pela iniciativa privada também é um fator importante e pode servir como modelo para a construção de futuras estações que podem ativar a economia das regiões que servem.
Cansamos de obras aqui em SP em passos de tartaruga,SP LIVRE JÁ!!!!!!!
Se esta obra fosse feita pelo poder público, levaria anos para ser concluída ou nem seria concluída e ainda custaria o triplo do valor.
nenhuma obra é feito pelo poder publico. todas são feitas por empresas privadas.