Veja o que dizem os candidatos a governador a respeito do transporte sobre trilhos

Site reúne o que consta no program de governo e também as principais promessas públicas dos 12 candidatos ao governo de São Paulo
Veja o que dizem e pretendem os candidatos ao governo do estado de São Paulo (Divulgação)

Afinal, o que pensa cada candidato a governador do estado de São Paulo a respeito do transporte de passageiros sobre trilhos? Um dos assuntos mais importantes no dia a dia de quem mora sobretudo na região metropolitana, o tema mobilidade, no entanto, até aqui tem sido tratado com promessas genéricas ou claramente impossíveis, não importando partido ou ideologia.

Para tentar tornar mais claras essas propostas, o site publica esse artigo que reúne as citações sobre mobilidade constantes nas propostas de governo dos 12 candidatos bem como algumas declarações públicas realizadas durante a campanha.

Confira qual deles pode se alinhar ao que você pensa a respeito desse assunto (candidatos estão listados em ordem alfabética conforme consta no site do Tribunal Regional Eleitoral).

Edson Dorta (PCO)

Teve a candidatura indeferida pelo TRE.

João Doria (PSDB)

O ex-prefeito João Doria cita em seu programa de governo a criação da Articulação Metropolitana “liderada pelo Governo do Estado para se implementar as ações de Planejamento”, incluindo a constituição da “Agencia de Transportes de Passageiros do Estado para a regulação de todos os contratos dos serviços concedidos conforme estabelece a legislação vigente”.

Segundo o texto, serão propostas “ações para acelerar a conclusão das obras de todas as linhas do Metrô e da CPTM que estão contratadas e em andamento, bem como executar novos investimentos com o objetivo de melhorar a qualidade e atendimento da rede metroferroviária, ampliando-se a capacidade, modernizando linhas existentes, elevando-se a confiabilidade, promovendo-se maior integração, resultando na redução do tempo das viagens e aumento do conforto e da segurança dos usuários no sistema de transportes de passageiros sobre trilhos”.

O programa, no entanto, não dá detalhes sobre como isso será feito mas prevê que seu objetivo é uma rede com cerca de 350 km sobre trilhos, sem especificar do que ela é composta – lembrando que hoje já existem mais de 360 km entre Metrô, ViaQuatro, ViaMobilidade e CPTM. Em declaração à imprensa, no entanto, o candidato do PSDB relata planos para 350 km de linhas de metrô num prazo de 20 anos, média de 17,5 km por ano. É algo como inaugurar uma Linha 5-Lilás a cada 12 meses, algo só visto na China.

Sobre a Linha 18-Bronze, parada há quatro anos após licitação, Doria garantiu que ela sairá do papel em 2019 caso seja eleito, mas coloca como condição a eleição de Geraldo Alckmin à presidência: “O metrô nós vamos ter apoio do governo federal, do Geraldo Alckmin, com financiamento através do BNDES”, disse à Folha, sem explicar o que ocorrerá se seu colega de partido não vencer.

Opinião do site: Embora cite que o planejamento terá de ser continuado por outras gestões, a proposta é fantasiosa. Seriam necessários ao menos R$ 300 bilhões para financiar tantas linhas sem falar que o ambiente de negócios públicos no Brasil é tão cheio de amarras que sem uma mudança profunda nada disso é capaz de sair do papel quanto mais nessa velocidade.

Luiz Marinho (PT)

No plano de governo, o ex-prefeito de São Bernardo do Campo apenas cita ações genéricas sem que elas sejam explicadas. Diz que irá “duplicar os investimentos e entregar linhas de metrô e monotrilho interrompidos e construir pelo menos duas linhas relevantes de Trens Intercidades, sob critérios de concentração populacional e economicidade”.

Sobre a CPTM, Marinho promete “reformular a malha de trens metropolitanos, com eliminação de gargalos de infraestrutura de trilhos e composições; construir novas estações e automatizar o
tráfego no estado da arte da tecnologia, permitindo o aumento de velocidade das composições e maior fluxo de passageiros; Modernizar as estações de trens e metrô de modo a garantir acessibilidade, conforto e informação”. São ações que já estão em andamento mas num ritmo extremamente lento.

Opinião do site: Novamente não se explica de onde viria o financiamento para tirar essas obras do papel ou retomar outras. O caso do monotrilho, por exemplo, depende da prefeitura  de São Paulo, hoje nas mãos do PSDB, seu rival histórico.

Major Costa e Silva (DC)

O candidato do partido Democracia Cristã não fala especificamente a respeito de mobillidade, apenas que irá “priorizar a ação do Governo Estadual no adensamento da infra-estrutura, garantindo o suporte adequado ao desenvolvimento econômico e produtivo”.

Marcelo Candido (PDT)

O tema mobilidade ganhou uma pequena citação na proposta de Marcelo Candido, do PDT: “revisão e ampliação do sistema ferroviário e aceleração das obras de integração metroviária”, diz o texto.

Márcio França (PSB)

O atual governador do estado e candidato à reeleição Márcio França também foi genérico nas propostas sobre transporte sobre trilhos. Em seu programa no TRE cita a intenção de “acelerar os investimentos nas linhas de metrô e trens, com novos terminais e novas estações, modernizando os existentes”, “desenvolver a implantação da rede de ligações regionais de transporte ferroviário de passageiros nas regiões do Estado”, “concluir a implantação das conexões do aeroporto de Guarulhos e de Congonhas com o sistema metroferroviário da Grande São Paulo”, “operar, de forma coordenada e com funções complementares, o metrô, os ônibus intermunicipais e os trens metropolitanos” e “ampliar o montante de recursos aplicados na infraestrutura
de transporte e logística com parcerias público-privadas (PPPs)”.

Se não mostrou clareza no papel ao menos nas ações o candidato do PSB propôs ideias mirabolantes. Uma delas é estender a Linha 7-Rubi até Campinas, ampliando mais 50 km de trilhos hoje sem infraestrutura. Seria uma alternativa barata e “rápida” ao Trem Intercidades, também defendido por ele. Outra proposta ainda mais surreal é pagar uma indenização a passageiros da CPTM em caso de atraso por problemas técnicos. Para buscar recursos para retomar obras, França sugere cobrar um imposto provisório de moradores e comerciantes que serão beneficiados pela construção das linhas.

Opinião do site: A proposta de esticar a Linha 7 soa como improviso, já a indenização, impraticável além de não focar na solução dos problemas da CPTM. Além disso, falhas sempre ocorrem em qualquer sistema do mundo. Elas precisam ser reduzidas mas vez ou outra irão ocorrer. Quanto ao imposto, embora seja adotado em outros países, parece complexo e impopular numa época em que a população não aceita ver a carga tributária aumentar.

Paulo Skaf (MDB)

O plano do candidato Paulo Skaf é um dos mais detalhados, porém, tão ou mais exagerado que seus concorrentes. Garante que as “obras já iniciadas serão concluídas e bons projetos já estudados serão executados. Não abandonaremos uma obra porque começou no governo anterior. Isso é desrespeito com a população. Vamos tirar do papel o trem de passageiros que interliga as regiões metropolitanas do Estado, além de trabalhar pela modernização da rede ferroviária já existente”.

Sobre o Trem Intercidades, projeto lançado por Alckmin mas que nunca passou dos estudos, Skaf repete a intenção de “implantar o primeiro trecho entre Campinas e São Paulo” além de “concluir estudos de viabilidade e modelagem econômica para implantação dos outros trechos do trem intercidades, que devem conectar São Paulo com as regiões metropolitanas de Santos, São José dos Campos e Sorocaba”.

Já sobre o Metrô, o candidato do MDB fala em “criar as condições técnicas, econômicas, financeiras e jurídicas necessárias para que a região metropolitana de São Paulo seja atendida por 200 km de metrô e monotrilho até 2026, seguindo a referência de grandes regiões metropolitanas do mundo”. Além disso, promete “investir em novas linhas que aumentem o número de conexões da rede, formando uma ampla malha de metrô, com maior integração com a CPTM, com o futuro trem intercidades e com os ônibus intermunicipais e municipais”.

Por fim, Skaf pretende “melhorar a gestão administrativa da CPTM, investir na modernização da rede, melhorando a qualidade do atendimento à população e reduzindo o tempo de espera nas estações, especialmente nos horários com maior demanda”.

Em entrevistas durante a campanha, o ex-presidente da Fiesp prometeu o impossível: concluir obras atuais em dois anos e implantar 50 km de metrô em apenas quatro anos.

Opinião do site: Embora cite alguns dos problemas atuais da expansão e operação das linhas, o plano de Paulo Skaf também não explica como isso será feito. Muitas das soluções dependem de outras esferas que não respondem ao governo do estado. Já a proposta de praticamente dobrar a extensão de metrô para 200 km em oito anos não é factível. Para isso, o candidato teria de destravar as linhas 2, 6 e 18 além retomar a ampliação dos monotrilhos das linhas 15 e 17 e das linhas 4 e 5 até Taboão da Serra e Jardim Ângela, por exemplo. Ainda assim, teria que lançar uma nova licitação para construir a Linha 19-Celeste para chegar a esse número.

Prof. Claudio Fernando (PMN)

Não informou proposta de governo.

Professora Lisete (PSOL)

O longo programa de governo da Professora Lisete traz inúmeras propostas como “diminuir gradativamente os custos das tarifas para o
cidadão com a realização das licitações e a implantação do Bilhete Único Estadual”, “ampliar a malha do transporte sob trilhos por sua economia, maior capacidade de transporte e redução dos níveis de poluentes na atmosfera” e privilegiar o transporte coletivo em detrimento do individual.

Para viabilizar o bilhete único estadual, a candidata aponta como fonte de recursos “a criação de um Fundo Estadual de Subsídios ao Transporte Público por meio de recursos do ICMS cobrado dos combustíveis, parte do IPVA e parte do lucro das concessionárias de pedágios”.

Ela também afirma que reverá os contratos de concessão das “linha 4, 5 e 18 do Metrô que só garantem os lucros das empresas privadas, mas deixam os outros serviços públicos em processo de sucateamento, como está acontecendo com as outras linhas do Metrô e com as linhas da CPTM”.

A candidata também vê com bons olhos o transporte regional por trilhos ao mostrar disposição em “acelerar os projetos de trens regionais entre São Paulo, São José dos Campos, Campinas e Sorocaba e do Ferroanel da Grande São Paulo, dando prioridade ao sistema de transporte público e desafogando a logística ferroviária na região”.

Opinião do site: A bandeira do transporte público com baixo custo para o usuário é uma bandeira tradicional de partidos de esquerda, mas sua execução nessa dimensão é um imenso desafio por requerer uma soma enorme de recursos para arcar com os custos que hoje não são cobertos pelas tarifas atuais. Outras propostas implicam em quebra de contratos e insegurança jurídica como rever contratos de concessão de linhas de metrô e de rodovias (como citado acima, seriam fontes de recursos). Falta ao programa, no entanto, maior clareza sobre a origem do investimento para ampliar o transporte coletivo. Difícil crer que utilizar recursos de outros impostos será suficiente para proporcionar condições de expandir a rede sobre trilhos. 

Rodrigo Tavares (PRTB)

O candidato do PRTB (Partido Renovador Trabalhista Brasileiro), Rodrigo Tavares cita a mobilidade sobre trilhos em dois trechos do seu programa. Promete a “criação do ambiente negocial propicio para a ampliação da malha viária para transporte de cargas e de passageiros, destacando-se a composição no núcleo de Compliance e a não participação estatal no negócio” e enumera ações para melhorar o metrô e tres como o “reparo na linhas para aumento da velocidade média”, “auditoria nas obras para verificar estagio de obra e viabilidade de continuação” e implantação de “transporte de superfície alternativa ao metrô a ser utilizada levando-se em consideração tempo/custo/beneficio”.

Em entrevista ao site MetrôNews, o candidato fala em investir em manutenção porque “ela não operam na velocidade máxima”. Ele acrescenta ainda que as licitações tem de ser feitas “no seu valor total” porque essa seria a razão da corrupção.

Opinião do site: As posições de Tavares sobre o assunto são vagas e pouco claras como a ideia de um “transporte de superfície alternativa” sem fornecer detalhes sobre que modal está falando.

Rogério Chequer (Novo)

O candidato do Novo e co-fundador do movimento “Vem Pra Rua”, Rogério Chequer cita a “criação da Autoridade de Transportes Metropolitanos visando a integração e expansão coordenada dos diversos modais de transporte nas áreas metropolitanas do estado” e também um “novo plano de logística de SP para movimentação de cargas e passageiros desenvolvendo e otimizando os modais ferroviário, rodoviário e hidroviário”.

No capítulo sobre o metrô consta as propostas de “analisar parcerias para otimizar a exploração comercial das áreas internas das estações”, “concessão das linhas operadas pelo Estado” e “analisar e desenvolver parcerias para a construção e operação de novas linhas”. Já sobre a CPTM, chamada de trem de subúrbio pelo candidato, estabelecer “parcerias para o desenvolvimento de um trem de subúrbio eficiente e um trem rápido interligando São Paulo com as principais cidades do estado”.

Em debate no ABC, Chequer disse ao jornal Diário do Grande ABC que pretende viabilizar a parceria privada e “regras claras no contrato para que aditivos e atrasos por falta de pagamento” não adiem o cronograma ou extrapolem o limite orçamentário”.

Opinião do site: A criação da Autoridade de Transportes Metropolitanos é uma ideia acertada desde que ela seja dotada de independência de gestão do governo e que tenha recursos garantidos para expansão e operação das linhas. Já as propostas para metrô e trem metropolitano focam em parcerias com a iniciativa privada, que já ocorrem mas ainda não atingiram um ponto em que se mostraram mais eficientes como alternativa para acelerar a construção de novas linhas.

Toninho Ferreira (PSTU)

O candidato do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados), Toninho Ferreira, propõe em seu programa uma inversão das ações realizadas pelo PSDB até hoje. Fala em “um plano de obras públicas sob o controle dos trabalhadores que gere empregos e, ao mesmo tempo, respeitando o meio ambiente, resolva problemas estruturais como…rede de transporte ferroviários com metrôs e trens, financiado com os recursos que hoje vão ao pagamento da dívida pública e as isenções fiscais às grandes empresas”.

A principal proposta, no entanto, prega a “reestatização das empresas privatizadas, sob o controle dos trabalhadores. Precisamos suspender todas as privatizações, tomar de volta tudo o que foi entregue, e colocá-las sob o controle dos trabalhadores. Isso inclui o Metrô, a Eletropaulo, a Embraer, o Banespa (Santander), SABESP e todas as outras estatais”, explica o texto.

Opinião do site: As propostas do PSTU estão alinhadas com o programa de governo da candidata à presidência e que focam numa eventual moratória de pagamento das dívidas para gerar recursos para obras públicas. A ideia de reestatização só seria possível com a quebra de contratos, algo difícil de ser realizado sem que efeitos colaterais ocorressem na economia.

Questões que o site Metrô CPTM gostaria de ver respondidas pelos candidatos:

– Como acelerar a construção de linhas de metrô em São Paulo?

Hoje temos gargalos como burocracia em excesso, problemas com projetos, aditivos, desapropriações, licenças ambientais, além de suspeitas de corrupção e empresas que após vencerem uma licitação acabam abandonando os canteiros. Como criar um ambiente seguro para que as obras não atrasem tanto?

– Conceder ou não? Qual a solução para operar e até mesmo construir as linhas?

A gestão Alckmin (PSDB) buscou ampliar as concessões e apostar nas PPPs (Parceria Público-Privada) para tentar acelerar a construção de linhas de metrô e reduzir o custo de operação. O resultado, no entanto, deixou a desejar com obras paradas ou nem começadas além de pagamento de multas para concessionárias por não cumprimento do cronograma de expansão (Linha 4-Amarela). O caminho é esse, apesar de tudo? Ou manter a operação e construção nas mãos do estado? Por que?

– Onde buscar os recursos necessários para obras tão caras, mas importantes?

No Brasil, o quilômetro de metrô subterrâneo tem custado em torno de R$ 1 bilhão, ou seja, uma linha de 15 km pode chegar a R$ 15 bilhões, valor muito alto até para o estado de São Paulo. Hoje vemos que há dificuldades em obter recursos para financiamento, seja no país ou no exterior. No entanto, em alguns países o projeto de uma nova linha prevê angariar recursos com outras fontes como impostos provisórios para estabelecimentos que terão valorização após a inauguração. Ou, então, o próprio governo aproveitar essa valorização para recuperar parte do investimento. Também não é comum receber dinheiro a fundo perdido da União e dos municípios beneficiados. Afinal, qual(is) o(s) caminho(s) para levantar o valor necessário para expandir a rede?

– O modal do monotrilho ainda é válido na Grande São Paulo?

As gestões do PSDB, incialmente com o ex-governador José Serra, bancaram uma novidade em modal na última década, o monotrilho. Hoje três linhas do tipo estão previstas ou em operação na Grande São Paulo, porém, os grandes argumentos delas – custo menor e tempo de construção mais curto – nunca se provaram na prática, é verdade que por razões que não envolvem exatamente o tipo de modal. Há futuro nesse tipo de modal por sua capacidade intermediária, entre metrô pesado e VLT/BRT? Por que?

– Independência e gestão técnica da gestão de transportes é a saída?

O que pensam sobre uma “autoridade metropolitana de transporte” que pudesse unificar a gestão na Grande São Paulo, incluindo trens e ônibus, assim como temos entidades semelhantes nos EUA e Europa? Ou ao menos da unificação de Metrô e CPTM numa só empresa responsável pelo transporte sobre trilhos? É possível delegar as decisões estratégicas a técnicos para que não tenhamos uma falta de continuidade durante as gestões de governo?

 

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  1. Embora eu tenha uma ideologia mais de direita, eu não concordo com a proposta do Doria de depender de recursos federais para um projeto estadual que só serve ao município de São Paulo. Acho que as obras de mobilidade local devem ser mais gerenciadas pelas prefeituras, embora com alguma assistência estadual ou federal (O alguma não é 95% nem mesmo 50%, talvez 1/3 no máximo). Essa dependência de recursos federais para destravar projetos municipais é mais uma conseqüência da excessiva taxação federal, quando os impostos deveriam ser cobrados mais no nível local.

    1. Até concordo com sua argumentação. porém muitas prefeituras da região metropolitana são enfrentando problemas financeiros até para fazer o minimo a sua população limpeza de ruas, entrega de remédios, pagamento de servidores e manutenção de vias. Dou o exemplo de minha cidade que é a 2º maior do estado Guarulhos e tem uma divida herdada da gestão PT e PDT de R$7,2 Bi de reais que é maior do estado inteiro inclusive passando a própria capital, fazendo contabilidade criativa.

  2. De todas as propostas, a do Skaf mostrou que o candidato tem boa vontade e deixar uma marca, coisa que o PSDB não fez em 24 anos.

    Embora vá esbarrar nas dificuldades e os enroscos da legislação, os tribunais de contas, MP e outros, ele demonstra claramente que não quer ser mais um “que empurra com a barriga”

    A da Professora tb me agradou, a esquerda sempre teve mais sensibilidade social, diferente do centro e direita que só se preocupa com imagem e a ausencia de politicas públicas de verdade.

    Infelizmente Doria e os demais não tem noção alguma de como é a vida de quem usa o transporte publico diariamente, ainda mais o trem e o metrô.

    Doria por exemplo tem aquela obsessão de querer entregar tudo, só para se livrar do abacaxi. PPP´s ajudam, mas não RESOLVEM totalmente o problema.

    Já a do França, ele deveria se concentrar em fazer uma reforma administrativa no quadro da CPTM e metrô ao invés de querer gastar mais dinheiro publico com indenizações que não vão resolver o problema.

    O povo quer um serviço melhor, não indenização de 20 conto (5 passagens)

    É só valorizar e investir mais na CPTM e punir seus subordinados que insistirem em não trabalhar direito. Tendo dinheiro, não poderão usar a desculpa que não tem.

  3. O grande problema da expansão do metrô é o financiamento. O custo, mencionado acima, cerca de R$ 1bi/km, torna inviável grandes expansões da malha. Não há recurso disponível no orçamento, dada a pouca capacidade de investimento do estado brasileiro, seja ele governo federal, estadual e municípios. As PPPS podem ser uma solução, mas são limitadas.Dificilmente um investidor privado entrará com mais de 20,25% dos recursos. E,mesmo assim, é capaz de necessitar de financiamento do BNDES e/ou agências internacionais.Sendo assim, só existe uma maneira de ampliar a malha de metrô mais rápido, sem quebrar o estado e comprometer outras áreas, como educação, segurança e saúde, por exemplo: taxar mais os veículos e vincular esses recursos, por lei, a um fundo específico para investimentos exclusivos no metrô.Isso ajudaria a atrair a iniciativa privada, pois teria a garantia da contrapartida estatal, reduzindo o risco do investimento. Combater a corrupção, os projetos executivos mal feitos é importante também , mas precisa de muita grana para fazer uma obra tão cara ,quanto uma linha de metrô. Infelizmente, só aumentando a carga de tributos e contribuições. Uma cidade como São Paulo, com 8 milhões de veículos vai ter que enfrentar essa situação, taxando mais os carros. Cobrando R$ 3 reais por dia daria cerca de R$ 6,3 bi/ano, o que daria para fazer de 6 a7km, por ano, sem comprometer as finanças públicas. Um esforço também para reduzir o custo de R$ 1bi/ano seria importante. Poderia construir de 9 a 10 km por ano com esses recursos. Se colocar o setor privado junto, poderia chegar a uns 12Km/ano. No entanto, tem a corrupção que pode até aumentar esse custo, considerando que haverá recurso disponível e vai atiçar mais ainda a sede da turma. Mas aí, não tem jeito.

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