A Linha 4-Amarela de metrô será estendida até a cidade de Taboão da Serra. A extensão, que está em fase de projeto, prevê a construção de duas novas estações.
O site teve acesso com exclusividade ao relatório ambiental prévio e ao projeto pré-executivo das estações desenvolvido pela ViaQuatro. Nesta matéria iremos detalhar as principais características da Estação Chácara do Jockey.
Localização
A estação Chácara do Jockey ficará localizada na quadra delimitada pela Avenida Professor Francisco Morato, Rua Francisco Marson, Rua Francisco Santoro e Rua Osiris Magalhães de Almeida.
Para permitir a implantação da estação está previsto o alargamento da Avenida Francisco Morato na região da estação e a mudança no sentido de tráfego de algumas vias. A estação terá dois acessos.
Método construtivo
A estação deverá ter profundidade de 32 metros a partir do topo dos trilhos. O método construtivo adotado será a construção de um poço lateral com 38 metros de diâmetro que será o acesso principal da estação.
O acesso secundário dentro do Parque da Chácara do Jockey será construído através do método VCA (Vala a Céu Aberto) próximo a pista de skate existente. O acesso se interliga ao poço principal através de túnel em NATM.
Características da estação
Na área livre da estação estarão alocadas máquinas para recarga de cartões e bilheterias. A estação deverá ter oito bloqueios, sendo que dois deles são adaptados para PCD.
Após a linha de bloqueios a estação vai dispor de sanitários públicos, sala de primeiros socorros e espaço para armazenagem de material de limpeza e lixo.
A estação Chácara do Jockey vai dispor ao todo de 14 escadas rolantes, sete escadas fixas e quatro elevadores, sendo um deles de uso dos funcionários da estação.
A estação deverá contar com cinco pavimentos, sendo eles o nível do acesso, linha de bloqueios, nível intermediário, distribuição e plataformas. As plataformas da estação deverão ser laterais com cinco metros de largura e 132 metros de extensão.
A estação está dimensionada para receber até 1.980 passageiros com uma ocupação média de 3 pessoas/m². O intervalo projetado para a acomodação é de 120 segundos.
Todas as salas técnicas da estação deverão estar localizadas na parte externa da estação, acima da superfície. Uma edificação deverá ser construída que receberá vestiários, sanitários, refeitórios, sala de segurança, treinamento, reuniões, etc. Nas áreas mais elevadas estão dispostos salas de energia de baixa e média tensão, bem como sala de bateria e Grupo Gerador Diesel (GGD).
Corredor de ônibus
Como dito anteriormente, a Avenida Francisco Morato deverá ser alargada em um trecho de aproximadamente 300 metros. No canteiro central serão alocadas baias defasadas com capacidade de alocar até dois ônibus articulados. A estação deverá absorver uma grande quantidade de passageiros provenientes do corredor, portanto, sua adequação faz parte do plano integrado de implantação da estação.
Amarelo – Paradas do corredor de ônibus
Desenvolvimento urbano do entorno
A estação Chácara do Jockey deverá contemplar também um conjunto de edificações comerciais. O objetivo é aproveitar os espaços existentes para potencializar empreendimentos tendo em vista a movimentação de passageiros na estação.
Ao todo são previstos três grandes espaços para locação com áreas de 204 m², 233 m² e 491 m². Os espaços poderão representar ganhos em termos de receitas extra-tarifárias para a operadora.
As áreas remanescentes das estações poderão passar pelo processo de verticalização, com enfoque no uso misto dos edifícios, ou seja, abrigando comércio e residências em um mesmo conjunto. Isso poderá trazer maior dinamismo, segurança e postos de trabalho na região.
A estação Chácara do Jockey deverá receber 39 mil passageiros diários e deverá operar a partir do primeiro semestre de 2028.
Matéria excelente, Jean!
Queria muito ver uma reportagem dessa com as estações das fases 2 e 3 da Linha 17 – Ouro.
Realmente seria ótimo detalhar todos os projetos, seria uma boa fazer a extensão da L5 também.
Assim que os projetos forem divulgados poderemos fazer matérias semelhantes.
Encontrar o conteúdo continua sendo uma tarefa bastante ardua e burocratica.
espero que não cometam os mesmo erros da estação Pinheiros onde tiveram que improvisar com grades, cones e cintos amarrados nas colunas pra direcionar o fluxo de passageiros
Não há erros na estação Pinheiros do metrô. Ela atende a demanda conforme o projetado.
Já a estação de trem está incompleta e isso sim prejudica os passageiros.
Nem tudo é questão de “demanda”, meu amor. O tratamento é improvisado, sim. Não é o melhor tratamento possível. Carece de cuidado. A meta é ser excelente.
Meta de quem? Se nem tudo é questão de demanda, é de que então?
Seu comentário está desconexo com a discussão.
Hoje sim (com 3 escadas rolantes por piso e por sentido, e a Linha 5 pronta) a Estação Pinheiros da Linha 4 atende à demanda.
Mas antes da Linha 5 pronta (portanto, com mais demanda na Estação Pinheiros), e, na época, ainda só com 2 escadas rolantes por piso e por sentido, a demanda não era muito bem atendida não.
Chácara do Jockey será somente uma estação intermediária, com conexão apenas com o sistema viário (de passagem). Ou seja: terá uma demanda consideravelmente MENOR do que da Estação Pinheiros.
Olá Sr. Jean e amigos presentes
Na minha opinião de morador desta região, este lugar não e o mais indicado, a distancia da estação Vila Sônia até a estação terminal em Taboão poderá ser de mais ou menos 3,3km, sendo assim o correto seria dividir essa distancia , o novo local seria então na av. Francisco Morato com á av. .Dr. Guilherme D. Villares, onde tem umas lojas de veículos e e o movimento é muito grande, o que faz com que muitas pessoas circulem nesse local. Desapropriar um quarteirão inteiro no lugar apontado não faz o menor sentido
Boa noite. Também conheço a região e a possível localização é boa, não interfere (tanto) nas linhas de ônibus pois imagino que a maioria dos ônibus que chegam hoje na Vila Sônia irão parar na estação Taboão.
Então a maioria dos ônibus que passarão nesse trecho serão municipais. Fora que, se se colocar onde você deu a ideia, teria de ser desapropriado as duas revendas de carros, (Renault e Fiat), a Localiza, e talvez uma parte do terreno do outro lado onde tem uma casa de repouso.
Além de talvez trazerem o ponto de ônibus (sentido shopping Butantã) para mais atrás. Imagino que a localização atual se deve à ser mais barata a desapropriação.
Gilberto, obrigado pelo comentário!
Deveremos fazer futuramente uma matéria analisando as alternativas de traçado para a Linha 4-Amarela até Taboão.
Lá explicaremos os motivos pelo qual o governo decidiu alocar a estação neste local.
Sobre a desapropriação: Ela ocorrerá apenas em parte do quarteirão, pouco mais da metade deverá ser removida conforme consta na primeira imagem da matéria.
Olá,Jean Carlos, o investimento será exclusivamente privado ou existirá investimento estatal também?
Eu é que agradeço, daqui da minha casa se eu olhar para o lado esquerdo eu vejo o local dessa estação, se eu viro e olho um pouco mais a direita, fica a oitocentos metro a futura estação do Taboão, eu já tinha feito um comentário ( Metrô-CPTM 01 11 22) falando das intercorrências no caminho dessa extensão. Também já fiz uns comentário sobre as alternativas de trajeto, mas sempre eu deixo claro que obras tem uma grande viés politico e de interesses ligados, vou aguardar seus novos artigos .Até mais e cuide-se
Está esclarecido que o projeto foi pela concessionária, mas o principal que é a execução física, quem bancará?