Veja quais linhas metroferroviárias não aparecem no programa SP nos Trilhos

Mapas e documentos do governo do estado não citam ou mostram apenas extensões parciais de alguns projetos importantes sobre trilhos. Saiba quais
Linha 22-Marrom não foi citada no programa SP nos Trilhos (Jean Carlos)
Linha 22-Marrom não foi citada no programa SP nos Trilhos (Jean Carlos)

O Programa SP nos Trilhos do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende aumentar e dinamizar o transporte ferroviário no estado e nas regiões metropolitanas. Apesar da grande quantidade de linhas, alguns projetos não aparecem nos documentos.

Dentre os trechos potenciais que não são citados claramente estão linhas como a 22-Marrom, do Metrô, e extensões como a fase da Linha 19-Celeste e duas outras etapas da Linha 17-Ouro.

A ausência pode não significar que a atual gestão desistiu dessas opções, mas que elas estão em estágios iniciais e acabaram não incluídas nos planos por enquanto.

Siga o MetrôCPTM nas redes: WhatsApp | Facebook | LinkedIn | Youtube | Instagram | Twitter

Também não surpreenderia se elas tivessem sido apenas “esquecidas” nesses materiais divulgados até aqui, já que o governo tem sido célere em lançar projetos de concessão com prazos bastante otimistas.

Seja como for é importante registrar projetos importantes e que não podem ficar apenas na memória. Confira alguns ramais e extensões que estão ausentes:

Linhas de metrô

Linha 22-Marrom

Dentre as linhas do sistema metroviário, a principal ausência foi da Linha 22-Marrom que deverá ligar Sumaré até Cotia. O novo ramal deverá ser uma ligação radial entre o centro da capital até o extremo oeste da metrópole, atendendo a região cortada pela rodovia Raposo Tavares.

O projeto segue atualmente em estudos diversos e parecia que estaria entre os próximos a receber mais atenção. Mas a princípio ele não consta da projeção da rede até 2050.

Linha 22-Marrom vê nome mudar e pátio aparecer
Linha 22-Marrom vê nome mudar e pátio aparecer

Linha 19-Celeste (fase 2)

Outro projeto muito importante é a fase 2 da Linha 19-Celeste. Originalmente o ramal, previsto para ter traçado diametral, atingiria a estação Campo Belo se conectando com as estações Bela Vista (Linha 6), Brigadeiro (Linha 2), Jardim Paulista (Linha 16), Tabapuã (Linha 20).

Nesse caso já não se fala na segunda etapa do ramal que ligará Guarulhos à capital há algum tempo.

O novo trajeto possível para a Linha 19-Celeste

Extensão da Linha 5-Lilás até Ipiranga

Um trecho de menor extensão, mas que pode trazer benefícios na região sudeste da cidade é a extensão da Linha 5-Lilás para Ipiranga realizando conexão com a 10-Turquesa e 15-Prata.

O “rabicho” até aparece em alguns mapas, mas sem a estação Ipiranga. O ramal ganharia apenas duas estações, parando em Bom Pastor.

Linha 23-Limão

Outro ramal importante, mas que há tempos não é mencionado em projetos futuros de expansão da rede é a Linha 23-Limão (anteriormente 23-Magenta) que faz o traçado entre Tiquatira e Lapa cortando a zona norte de São Paulo.

O traçado apareceu apenas duas vezes publicamente, a primeira delas no relatório de atualização da rede e a segunda em uma apresentação do Metrô.

Extensões da Linha 17-Ouro

Finalmente com obras e projetos avançando e a menos de dois anos da estreia, a Linha 17-Ouro terá oito estações e 6,7 km de extensão operacional em sua fase “prioritária”. Mas há duas outras extensões, ligando o ramal de monotrilho ao Jabaquara e à estaão São Paulo-Morumbi.

Nenhuma das fases é considerada nas apresentações do governo, um sinal preocupante já que são elas que terão um papel social para a linha ao atender regiões carentes. Além disso, a Linha 17 faz sentido com todos os seus cerca de 17 km.

Linha 6-Laranja – extensão norte

Estranhamente os mapas não mostram a Linha 6-Laranja seguindo após Brasilândia. Sabe-se que ao menos duas estações são estudadas pela LinhaUni, mas elas não aparecem em documentos.

Linha 16-Violeta encolhe

Por último temos a Linha 16, um projeto inovador do Metrô que pretende atender a Zona Leste e a região central da capital. Embora ela apareça nos mapas, ela deixou de seguir até regiões onde oferecia mais conexões. Agora ela acaba na estação Parque da Mooca, como se fosse uma extensão da Linha 6-Laranja.

Linhas ferroviárias

Linha 24-Quartzo

Dentre os trechos ferroviários destaca-se a Linha 24-Quartzo (Arco Oeste) da CPTM. A nova linha poderá atender a uma região carente de transporte de massa, além de servir como articuladora entre os tramos radiais, dado o fato de seu traçado se desenvolver sobretudo nas periferias.

A Linha 24-Quartzo fará  ligação de Barueri até Campo Limpo passando por Carapicuíba (Linha 8), Monte Belo (Linha 22) e Taboão da Serra (Linha 4).

Acima o novo mapa mostrando a Linha 6 e a Linha 16 se encontrando em Parque da Mooca
Acima o novo mapa mostrando a Linha 6 e a Linha 16 se encontrando em Parque da Mooca. Abaixo o mapa anterior

Linha 13-Jade após Gabriela Mistral

A extensão subterrânea da Linha 13-Jade após a estação Gabriela Mistral é considerado um ‘investimento contingente”, ou seja, não obrigatório à futura concessionária e não surpreende que não esteja incluído em alguns documentos. O governo, no entanto, diz que pode tornar a obra obrigatória no contrato, se assim entender que é viável e necessária no futuro.

 

Estações de integração da Linha 24-Arco Oeste (Jean Carlos)
Estações de integração da Linha 24-Arco Oeste (Jean Carlos)

Caberá, para todos os projetos, incluindo os aqui citados, o devido aprofundamento técnico e econômico. Em alguns casos haverá a necessidade de mais de uma gestão para a conclusão dos estudos o que pode, até certo ponto, facilitar a inclusão destes ativos no programa de expansão da rede.

Total
1
Shares
Antes de comentar, leia os termos de uso dos comentários, por favor
23 comments
  1. Nada de fala da Estação União de Vila Nova, uma demanda de décadas da população local e que foi postergada novamente pelo governo. A estação Lajeado (L11) será contemplada no processo de concessão das linhas 11,12 e 13, contudo, a estação União de Vila Nova não consta nos projetos, tampoco nas obrigações das concessionárias.

  2. nossa… muito frustrante a questão da linha 16. a linha 23 já nao espero nem que seja estudada pelos próximos 10 anos, mas ela seria incrível pra cidade

  3. Não extender a L5 até o Pq da Mooca e parar em Bom Pastor seria uma vergonha. Capaz de fazerem isso somente para não causar uma possível concorrência entre L6 e L5, ambas da iniciativa privada…

    1. Nesse caso, seria melhor nem fazer.

      Mas o plano é expandir até Ipiranga, conectando com a L15 também.

      Em São Carlos/”Parque da Mooca”, já haverá linhas demais para “pouca” demanda. E a L5 precisa ajudar a L2. Indo a L5 para São Carlos em vez de Ipiranga, mataria esta possibilidade de ajudar a L2.

      1. Exato, podem até fazer o Hub no Pq. da Mooca, mas a Linha 5 precisa necessariamente ir para o Ipiranga.

  4. A tal Linha 24 seria excelente pro pessoal que trabalha comigo em Alphaville, eu especulo que a estação terminal seria a alguns metros de minha empresa, então nossa, poderia ser uma mão na roda! Mas da mesma forma que a Linha 17 não estava (e ainda não está) pronta quando eu estava estudando na região adjacente às obras, o mesmo vai acontecer com essa Linha “Quartzo”…

  5. Tarcísio está mais preocupado em iludir com TICs pra manter votos no interior, do que investir na RMSP que realmente usa esses transportes para trabalharem na capital. Esses TICs do jeito que estão sendo planejados já nascerão mortos

    1. Questão que nas últimas décadas se investiu muito na RMSP e se negligenciou as demandas do interior. Pelo menos as áreas do chamado Complexo Metropolitano Expandido de SP (Campinas, Jundiaí, Piracicaba, Sorocaba, Baixada Santista e Alto Vale do Paraíba – trecho do Vale do Paraíba entre Jacareí e Pindamonhangaba) deveriam estar conectadas a São Paulo no que se refere ao transporte de passageiros por trilhos. Até por esse deslocamento não ser apenas para a capital. Existe um grande deslocamento entre São José dos Campos, Jacareí e Mogi das Cruzes, para citar um exemplo.

      Além disso, existem as demandas locais. Só para citar um exemplo, temos problemas graves no deslocamento entre Jacareí e São José dos Campos. Tem apenas três linhas intermunicipais entre as duas cidades, sendo que a Linha 5114 (Jacareí/São José – Via Dutra), é a linha da EMTU com mais usuários no interior, fechando 2022 com 2.681 milhões de passageiros. É a única linha da EMTU no interior que supera 2 milhões de passageiros por ano. E ela está saturada em horários de pico. Só existe a opção de transporte por ônibus entre as duas cidades e por conta de uma licitação vigente feita lá em 1989, Jacareí está desconectada do restante do Vale do Paraíba, dependendo de São José dos Campos para se conectar via ônibus com praticamente toda a região, exceto as vizinhas Igaratá e Santa Branca. E isso contribui com o inchaço que existe. E os problemas podem se agravar ainda mais, pois existe a possibilidade de se ter pedágio por trecho rodado em toda a Dutra no futuro. Por erro da ANTT e do próprio Tarcísio, Jacareí ficou sem pistas marginais. Caso implantem free-flow, todo o trânsito entre Jacareí e São José dos Campos pela Dutra vai afunilar na saída da Avenida Getúlio Vargas, no limite entre as duas cidades, deixando as demais entradas de Jacareí ociosas, sendo que hoje transitam 80 mil veículos/dia somente naquela rotatória (tráfego local). Ou seja, teremos um novo Trevo do Bonsucesso.

      Será que não caberia um VLT entre São José dos Campos e Jacareí?

  6. E “esqueceram” também da linha 29 Topázio !!! Que iria atender a minha região (entre a Marginal Pinheiros e São Bernardo do Campo, passando pelo Jardim Miriam e Diadema e toda a Avenida Roque Petroni Junior; Avenida Professor Vicente Rao; Avenida Vereador João de Luca; Avenida Cupecê; Diadema Avenida Presidente Kennedy; Avenida Fábio Eduardo Ramos Esquivel; Avenida Piraporinha; São Bernardo do Campo Avenida Piraporinha e Avenida Lucas Nogueira Garcez até o Paço SBC Presidente Tancredo Neves.

  7. Desculpe-me a franqueza, mas o fato de constar ou não dos múltiplos mapas de projetos em papel não tem significado algum, infelizmente é um debate inócuo sobre obras inexequíveis sendo um forma sorrateira de desviar os verdadeiros focos das intenções mesquinhas, um exemplo foi aquela Segregação Sudeste que comprovadamente prejudica a CPTM, que não aparecia em projeto divulgado algum, enquanto os quatro que constavam foram postergados, mas foi colocado malandramente em execução, isto vem sendo feito sistematicamente nos últimos 30 anos passados é só acompanhar os históricos, não entendo como ainda tem alguém que acredita nestas trapaças em total perda de tempo!

    E a última deste falastrão forasteiro indicado pelo Mito, é a intenção da mudança da sede do Palácio dos Bandeirantes para o dos Campos Elísios na região da “Cracolândia”, que segundo ele é para facilitar e economizar nos deslocamentos, pois veio aqui só para entregar tudo do nosso patrimônio, haja vista estar dando desconto de ~90% em terras invadidas do Estado pelos ricos fazendeiros na região do Pontal do Paranapanema. De assunção dos riscos pela operadora privada, agora o governo absurdamente finalizou com 90% das receitas do TIC-Campinas!
    Já está cortando investimento em saúde, educação, segurança, sucateando os transportes, repassando verdadeiras fortunas para a CCR entre outras empresas. O Tarcísio está aí para representar os grandes empresários que ganham dinheiro público e ainda repassam dividendos aos acionistas.
    Recentemente em um ato de soberba ele subiu o tom ao criticar o Ministério Público por fiscalizações pertinentes e denunciar com clareza estas inumeráveis irregularidades comprovadas por tentar “governar” o Estado.

  8. Estou começando a ver este tema das linhas metroferroviárias de São Paulo como uma grande panaceia, sendo que o problema maior da capital, da região metropolitana e da macro metrópole e uso e ocupação do solo.

    Querem torrar bilhões de dinheiros em obras extremamente complexas e com imenso impacto ambiental para construir linhas que, das duas uma: ou já vão nascer saturadas e obsoletas, ou vão ser pendulares e favorecer uma ocupação que tornará o uso pendular e ineficiente. A região central saturada de linhas quase sobrepostas que vão continuar não dando conta da demanda que chega das periferias.

    Seria muito mais barato e eficiente trabalhar em um plano diretor e um programa sério de moradias que mudasse radicalmente a cara de algumas regiões da cidade, fazendo a transição de uma cidade espraiada e cheia de bolhas, para uma cidade mais homogênea e compacta, onde as pessoas consigam realizam sua rotina com pouco deslocamento.

  9. Infelizmente, com a troca de governos, estudos e projeções são descontinuados. Linha 1-Azul, recebendo as estações Jardim Miriam e Diadema, nem mais cogitado foi.

      1. Ivo o cara que nunca vê demanda para Metrô em área alguma da cidade.
        Você ja foi a região do Jd. Miriam? M’Boi Mirim, Socorro/Guarapiranga, Diadema?
        Acho que não se fosse não falaria tanta coisa sem sentido.

      2. Oq não tem é capacidade da Linha 1 – Azul chegar lá pois esta saturada, demanda é oq não falta!

      3. O problema não é falta de demanda, mas sim o pátio no meio do caminho.

        Cidade Ademar, por exemplo, traria bastante demanda sim.
        Difícil alguma região de uma cidade com 12M de hab. que não tenha demanda para metrô.

        Do jeito que está agora, finalizando em Jabaquara, é que “não tem” demanda para metrô, pois a L1 opera bem abaixo da capacidade entre Santa Cruz e Jabaquara. Aliás, neste trecho, bem abaixo da Linha 2 (da qual você diz que está abaixo da capacidade).

        O único trecho onde realmente não tem demanda nenhuma para metrô e não se justifica até hoje é entre Clínicas e Vila Madalena, o qual você nunca critica (não sei por quais motivos).

  10. Também não se tem mais falado sobre a Linha 21-Grafite (Celso Garcia): essa linha já teve seu traçado definido entre Pari a Nordestina, mas que sumiu do mapa, pelo menos pior enquanto. Penso até que ela poderia ser uma extensão da linha quatro, integrando pontos extremos da cidade e que são muito importantes.

  11. A linha azul, foi cogitada para chegar até o Jaçana, seguindo o traçado do Trem das onze. É uma pena que essa extensão foi descartada. Ajudaria muito na questão da diminuilção transito e da mobilidade de todos da região.

    1. Além de desafogar a Estação Tucuruvi, que não tem porte para ser uma estação terminal (do ponto de vista da estação em si, não da área de manobra após a estação).

      A Linha 19 vai desafogar o trecho norte da Linha 1, abrindo, assim, possibilidade para a sua expansão. Porém, até o momento, não há plano algum para tal.

  12. são Bernardo completamente esquecida, relegada a último plano, sem nenhuma perspectiva de ter Metro. Único projeto e esse de raspão, uma vez que a linha 20 ao invés de seguir reto para o centro de São Bernardo, vai para o centro de Santo André.

Comments are closed.

Previous Post
Cronometramos o tempo de abertura e fechamento das portas de plataforma nas linhas 3 e 4

Vídeo: veja como portas de plataforma da Linha 3-Vermelha são mais lentas que na Linha 4

Next Post
Estação Vereador José Diniz, da Linha 17-Ouro

Estação Vereador José Diniz da Linha 17 avança com portas de plataforma

Related Posts