A concessionária Via Mobilidade assume oficialmente a operação da Linha 5 – Lilás do Metrô após 120 dias de transição quando as duas empresas trabalharam em conjunto. Serão 20 anos de contrato em que a empresa privada, de propriedade da CCR e da RUASinvest, será responsável não só pela linha como também pelo monotrilho da Linha 17 – Ouro, ainda em obras e com previsão de entrega em 2020.
A expectativa é que o ramal, aberto em 2002 e que teve sua segunda fase de expansão iniciada em 2014 com a inauguração da estação Adolfo Pinheiro, passe a transportar mais de 800 mil pessoas por dia, ou seja, ao menos 500 mil passageiros a mais do que hoje. Para isso, a Via Mobilidade terá a tarefa de inaugurar cinco novas estações, quatro delas previstas para este mês (embora exista pouca chance disso ocorrer) colocar em operação os 34 trens recebidos do Metrô, e ampliar a estação Santo Amaro para melhorar a interligação com a Linha 9 – Esmeralda da CPTM, entre outros.
Mas, afinal, como a concessionária receberá o ramal, quarto a ser inaugurado na história do Metrô e que hoje possui 16 quilômetros e 11 estações? O site questionou o Metrô que garantiu que a Via Mobilidade terá à sua disposição condições de expandir o serviço em breve.
Novela do CBTC
Um dos principais gargalos para a expansão da linha que hoje empacou na operação assistida da estação Moema desde abril é a entrega do sistema de sinalização CBTC a cargo da Bombardier. De acordo com o Metrô “os testes necessários para a movimentação dos trens foram finalizados na via”. Ou seja, já é possível operar em toda a extensão da linha, incluindo as estações AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin, previstas para agosto.
Os empecilhos para isso são a finalização das obras, sobretudo em Santa Cruz, a mais atrasada desse grupo, e a disponibilidade de funcionários para estações e trens, o que agora deve ser resolvido pela Via Mobilidade – o Metrô tinha limitação de pessoal por precisar realocá-los para outras linhas.
Por falar nisso, esse pessoal excedente está sendo distribuído sobretudo para a Linha 15-Prata, monotrilho que também será expandido a partir de agosto. Por outro lado, a Via Mobilidade foi buscar pessoal em outras empresas do grupo CCR como a Via Quatro (responsável pela Linha 4) e CCR Bahia, que opera o metrô de Salvador e Lauro de Freitas, como revelou o site Via Trolebus. Parte desse quadro também veio do Metrô e da CPTM, segundo rumores, o que é natural.
Frota F de volta
Já a partir deste sábado, de acordo com o Metrô, todos os 34 trens pertencentes à linha estarão aptos a operar, incluindo aí as oito composições da Frota F usadas desde a inauguração e que estavam paradas com a adoção do CBTC. Elas foram homologadas para operar no novo sistema e devem complementar os 26 trens da Frota P entregues a partir de 2013.
A Via Mobilidade também receberá do Metrô em 2019 o pátio Guido Caloi, instalação bem maior que o atual pátio Capão Redondo e que está na fase final de construção.
O que esperar para os próximos meses
A concessionária deve divulgar seus planos de ação nos próximos dias quando estará autorizada por contrato a falar em nome da Linha 5 – Lilás. O site, no entanto, apurou que a Via Mobilidade já disponibilizará seus canais de comunicação a partir deste sábado e também sua nova identidade visual que será usada nas estações e trens nos próximos meses.
Não haverá uma cerimônia oficial de “passagem de bastão” mas comenta-se que a empresa promoverá algumas ações nas estações mais movimentadas para informar os passageiros da mudança. Um site da empresa também foi ao ar neste sábado: www.viamobilidade.com.br.
Mas, afinal, quando teremos o que mais os usuários da linha esperam, a extensão até as linhas 1 e 2? Perguntado a respeito, o Metrô se limitou a afirmar que “não considera a operação fracionada” das estações Santa Cruz e Chácara Klabin. Em outras palavras, permanece a versão de que as quatro estações de agosto serão abertas ao mesmo tempo. No entanto, não é incomum que esses planos mudem, inclusive com a inauguração das estações AACD-Servidor e Hospital São Paulo antes das duas interligações
Ao menos espera-se que a partir de agora, com a solução de alguns gargalos como a falta de funcionários e o sistema de sinalização, a Linha 5 – Lilás enfim possa cumprir a promessa de melhorar a mobilidade na região sul de São Paulo. Que o nome da empresa não seja em vão.
E para os amigos tudo! E para o povo tarifa lá nas alturas!!
Inauguracao destas estacoes restantes da Linha 5 CERTAMENTE nao acontecera em Agosto e qto. menos em Setembro. o Geraldo e o marcio franca nos enganaram , juntamente com akele narigudo magrelo do metro, pois estas estacoes estao “TOTALMENTE CRUAS” . Hoje mesmo (sabado – agosto 4th – 3:00 PM), passei pela estacao Sta, Cruz e a obra esta vergonhosamente atrazada ( muito lixo na entrada, vidros nao colocados, pavimentos nao feitos, entrada da estacao NAO EXISTE). Entao paulistanos anotem em suas agendas de votacao os nomes destes dois enganadores e inibam seus conhecidos d votar nestes elementos politikeiros e mentirosos.
Fiquei com a mesma impressão, Frank! Estamos sendo enrolados, esta estrutura da estação Santa Cruz já era para estar pronta há tempo! E fui neste fim de semana por curiosidade pegar a linha lilás da estação Eucaliptos até a Giovani e sinceramente não entendo a dificuldade na finalização desta obra, as estações novas são feias por dentro e já estão até meio sujinhas, bem diferente da linha amarela.
Continuo achando que nunca serão inauguradas estas estações. Acho que, no mínimo, no mínimo, lá por Dezembro, Janeiro de 2019. A vantagem é que serão privatizadas e não ficaremos nas mãos dos funcionários que amam uma greve e adoram nos prejudicar. Mas, quando?? Quando serão inauguradas estas estações?
Ficar esperando inauguração breve só serve para se irritar com esse chove não molha,esqueçam,contém lá pro ano que vem,quem sabe assim o milagre acontece até dezembro.
Essa semana a linha apresentou várias falhas, talvez por falta de manutenção. Hoje, por exemplo, uma rota que leva 20-25 minutos do Capão ao Brooklin, levei 42 minutos. Se as estações que estão em operação já apresentam uma má administração, imagine a inauguração de outras estações que serão interligadas (Como no caso da Linha 1 e 2).