O governo do estado anunciou nesta quinta-feira, 03, que a ViaMobilidade, concessionária responsável pela Linha 5-Lilás do Metrô, abriu um processo para que empresas interessadas em participar da concorrência para elaboração do projeto funcional da obra civil e sistemas enviem suas propostas para a extensão do ramal até Jardim Ângela.
Segundo a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, a análise e conclusão de todas as etapas do projeto é de 24 meses, ou seja, se for contratada no segundo semestre, a empresa terminará seu trabalho em 2023.
Apesar disso, é provável que durante a execução do serviço, a ViaMobilidade já reúna informações suficientes para estimar o custo do projeto de implantação da extensão, que compreende 4,3 km de vias elevadas e subterrâneas, além de duas estações, Comendador Sant’Anna e Jardim Ângela.
Um dos aspectos já praticamente definidos envolve prolongar a avenida Carlos Caldeira Filho entre Capão Redondo e a Estrada do M’Boi Mirim. O trecho acompanhará o córrego Capão Redondo, que será canalizado, e terá uma pista em cada sentido, com ciclovia, diz o governo.
“Estamos dando sequência a esse projeto que vai ajudar na mobilidade de tantas pessoas e que é tão esperado pela região”, afirmou o secretário da pasta, Alexandre Baldy.
Mudança no contrato
A extensão da Linha 5 até o Jardim Ângela é cogitada pelo governo há bastante tempo, mas esbarra no custo e no fato de o ramal ter sido concedido à iniciativa privada. A atual gestão, no entanto, conseguiu viabilizar um aditivo no contrato que abriu a possibilidade desse tipo de investimento ser feito diratamente pelo parceiro privado mediante um reequílbrio financeiro.
Em tese, a ViaMobilidade, caso veja o projeto como viável, poderá bancá-lo e em troca ter o prazo de concessão prolongado como forma de ser reembolsada. Não há, no entanto, uma previsão acertada de quando o novo trecho poderá entrar em operação ainda.
Até parece que vão gastar 2,5 bilhões nisso. Acho que
se não tiver contrapartida do Estado isso não irá para frente. A inativa privada não faz milagre sozinha.
O próprio responsável da CCR falou que esse valor de 2,5 bilhões podem chegar a 3 bilhões. Os custos de desapropriações são altos e é uma obra cara. A desobrigação do estado em investir na infraestrutura nessa obra poderá fazer ela atrasar.
Não sei se a Via Mobilidade vai querer tocar essa obra sozinha devido ao alto valor, se o governo não investir em parceria essa obra não sai do papel.
eu nao duvido que a viamobilidade invista, mas o governo vai gastar o dobro ou mais depois recompensando.
O custo da concessão seria alto. Ainda mais por ser uma maravilha no Brasil.
A CCR não consegue nem terminar a estação da Vila Sônia para concluir a linha amarela, imagina se vai fazer uma obra dessa?
Com a concessão das linhas metroferroviárias de SP à iniciativa privada, este tipo de contrato traz uma perspectiva promissora de investimentos, que inexistem na esfera federal, mesmo a RMSP se tratando de uma das maiores metrópoles do mundo.