Situação que se repete de tempos em tempos, a Linha 5-Lilás de metrô passou por problemas nesta sexta-feira, 21, após furtos de cabos na região da estação Giovanni Gronchi.
Segundo a ViaMobilidade, os trens tiveram que circular com velocidade reduzida a partir das 6h08, portanto, a invasão de ladrões de cabos ocorreu durante a madrugada em um trecho elevado do ramal.
A operação seguia afetada até pelo menos por volta de 13 horas, um sinal que os danos foram consideráveis. A empresa citou, inclusive, problemas com o sistema de sinalização, que pode ter sido o alvo da tentativa de furto.
Investimento em segurança, mas em outro trecho
A ocorrência surge dois dias após a ViaMobilidade ter anunciado um investimento de R$ 2,3 milhões na Linha 5 justamente para coibir esse tipo de ação criminosa.
Os recursos foram empregados em mapeamento de pontos vulneráveis e a instalação de cercas e de câmeras de segurança, em meio a 82 melhorias aplicadas.
Mas a ação foi focada em um trecho entre as estações Capão Redondo e Campo Limpo, ao lado do Horto do Ipê, onde o ramal circula na superfície (embora seja numa encosta de morro).

A região, segundo a empresa, possui características que facilitam as invasões já que há densa vegetação e quase nenhuma circulação de pessoas.
A Linha 5-Lilás, a despeito de ser relativamente distante do nível da rua, tem sofrido com esse tipo de crime, que costuma ser mais comum nos ramais de trens metropolitanos, cujas vias são mais extensas e passam por regiões com urbanização precária.
O que chama a atenção nesses casos é a audácia dos criminosos ao invadir as vias elevadas, algo que não sem tem notícia em ramais como a Linha 3-Vermelha e a Linha 1-Azul.
Como bem pontuou a concessionária, o prejuízo causado por esses furtos é muito maior do que a perda do material. O impacto na operação é enorme, prejudicando milhares de pessoas que usam o sistema.
Desvantagens da rede aerea. Nas citadas linhas 1 e 3, o terceiro trilho é um enorme desencorajador.