A ViaMobilidade anunciou planos de interligar as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, de trens urbanos, com novos serviços diretos. O projeto foi revelado em primeira mão pelo MetrôCPTM em dezembro.
A proposta é que os passageiros que hoje usam a Linha 9 possam chegar até Água Branca ou mesmo Barra Funda sem precisar trocar de trem.
Para isso será necessário construir um novo viaduto ferroviário na região entre as estações CEASA e Imperatriz Leopoldina.
O investimento de R$ 480 milhões será remanejado de projetos suprimidos da concessão, entre eles a reforma da estação Jurubatuba.
O novo viaduto ferroviário ficará ao lado de um presídio próximo à Marginal Tietê e onde as linhas 8 e 9 hoje se encontram.
Atualmente há uma via de serviço no local, que serve para traslado de composições de passageiros e de manutenção.
Com o novo viaduto será possível que os trens sigam de Varginha até Barra Funda. Hoje, se um passageiro deseja fazer esse trajeto, precisa seguir até a estação Presidente Altino e então trocar de linha.
Linha 9 em Barueri e intervalo de 3 minutos
O pacote de melhorias não se resume ao viaduto. A concessionária também planeja estender a Linha 9-Esmeralda até a estação Barueri, sem necessidade de baldeação em Osasco ou Presidente Altino.
A ViaMobilidade afirmou ainda que o projeto permitirá reduzir o intervalo entre os trens para 3 minutos.
“Esse viaduto ferroviário vai permitir que os trens da Linha 9-Esmeralda também possam circular na linha 8-Diamante, criando mais possibilidades de viagens, otimizando a infraestrutura e aumentando a capacidade do sistema. Isso gerará inúmeras melhorias para a população, pois amplia as opções de deslocamento e nos permite oferecer uma ampla gama de serviços aos cidadãos”, disse Francisco Pierrini, Diretor das Operações da CCR Mobilidade.
A concessionária, no entanto, não citou prazos, mas é de se esperar que a mudança levará alguns anos para ficar pronta já que é preciso concluir projetos, contratar uma construtora e realizar obras sem prejudicar a operação dos dois ramais.
O aditivo que será assinado pela ViaMobilidade e o governo do estado e prevê a construção do viaduto também incluirá a mudança do sistema de sinalização atual para o padrão ETCS, de código aberto e que permitirá a redução da espera por trens.
Com o ETCS, as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda também ficarão padronizadas com outros ramais de trens metropolitanos, abrindo a possibilidade de serem criados serviços integrados com concessionárias diferentes.
Linha 9 para Barueri é negócio, agora para a Barra Funda não faz sentido. Será muito mais rápido continuar usando Pinheiros para ir e voltar do centro do que dar toda uma volta pela Lapa.
Sim, mas o benefício não seria nesse sentido, mas sim pensando, por exemplo, em quem vem da região noroeste de São Paulo e RMSP pela L7 e quer acessar a L9 através de transferência na futura nova Estação Lapa (e, neste caso, sem precisar pegar a L8 entre Lapa e Pres. Altino).
Porém, não é possível manter uma oferta grande de trens da L9 entre Imp. Leopoldina e Barra Funda sem prejudicar a oferta normal da L8, a qual deveria ter prioridade sobre o trecho que é dela mesma (e não da L9).
Tá, vamos lá: sempre quando sai notícia sobre esse caso, nunca deixam claro como ficará a linha 8 tradicional. Se teremos trens da linha 9 passando de 3 em 3 minutos no leito da linha 8 diamante após Imperatriz Leopoldina, como os trens da 8 continuarão com intervalos de 6 minutos?? Como os trens sairão de Itapevi e irão até a Julio Prestes?? em que intervalo de tempo ela se encaixaria nisso? Falta menções mais claras, pois a gente percebe que noticiam muito sobre a linha 9, como se a 8 não tivesse importância para os usuários da região. Eles vão mudar a sinalização e investir em outras coisas, mas nunca especificam como ficará a linha da região oeste da grande SP.
Muitos justificam como ”boa medida” para que as pessoas possam sair diretamente da barra funda em direção a zona sul, mas ao mesmo tempo temos o projeto da linha 20 que fará tudo isso com mais eficiência e menos tempo de locomoção.
Eu acho que se for pra prejudicar uma linha para beneficiar a outra, trazendo uma medida que a CPTM já aboliu no passado (via compartilhada entre 8 e 9), nem deveriam fazer isso.
Pelo que parece a linha 8 continua a mesma, porém vão matar o Loop Júlio Prestes – Barueri e colocar a linha 9 no lugar.
Mas não haverá trens da L9 a cada 3 min no leito da L8.
Pode ter um trem da L9 a cada 6 min neste trecho.
Provavelmente, a L9 passará a operar, de forma alternada (loop), entre a zona sul de São Paulo e Água Branca (ou Barra Funda), e entre a zona sul e a parte oeste da RMSP (Osasco, por exemplo).
Ainda assim, contudo, isso poderá sim se tornar um fator limitante para que a L8 opere com menos de 6 min de intervalo (algo que a CPTM já fazia, no pico da manhã, entre Barueri e J. Prestes, com 5 min de intervalo).
Mas não há garantia nenhuma disso que você está falando, infelizmente, (nem do que eu estou deduzindo também, claro). Por enquanto nós não temos praticamente nada de informações sobre isso, está tudo muito vazio ainda, mas vindo da ViaMobilidade é sim preocupante. Se o Intervalo da linha Itapevi – Júlio Prestes for mantido em 6 minutos, realmente não haverá problema. Espero muito que não alterem isso, ou que picotem a linha, o que seria ainda pior.
Provavelmente haveriam três linhas com intervalos de 6 minutos no pico na “linha tronco” (Itapevi – Barra Funda, Varginha – Barra Funda e Varginha – Barueri). O intervalo de 3 minutos seria obtido através da interligação entre essas linhas ou, em caso de emergências numa das pontas, por uma única delas.
Se não for explicitamente exigido em contrato, é capaz de Júlio Prestes ser permanentemente confinada ao serviço “shuttle”, que possui baixa demanda e dava uma baita oportunidade para viagens negativas. Amador Bueno então, só verá trens diretos no Dia de São Nunca.
Respeito o posicionamento acima, mas teremos demanda sim, especialmente dos usuários do eixo Berrini com direção ao GRU Airport, fazendo apenas uma conexão na estação Barra Funda. Além daqueles que utilizarão o TIC para Jundiaí e Campinas.
Eu até concordo com o “sistema de permuta” que está sendo acordado entre GESP e CCR, mas nesse caso de Jurubatuba é tentar leite de pedra. 🥛⛰️ 860 mil reais é uma mixaria perto do bilhão que custará esse “pacotão” de melhorias da CCR.
De qualquer forma, essa interligação tem grande valor por desafogar o interior da estação Osasco, diminuir o desconforto de quem sai da zona Norte/Noroeste para a Sul, e permitindo maior flexibilidade em caso de emergências. É uma destinação melhor pro dinheiro público do que engordando os cofres estatais e sendo gastos com futilidades e privilégios.
https://www.metrocptm.com.br/reforma-da-estacao-jurubatuba-sai-do-escopo-do-contrato-da-viamobilidade/
Acho muito interessante. Espero duas coisas disso, no que se diz nomenclaturas e comunicação visual:
Espero que, pela lógica, as placas das plataformas fiquem brancas e os quadrados com as cores e números das linhas/serviços siga o padrão atual de identidade visual. Isso será ótimo para facilitar a vida dos usuários entre um trem e outro, e que nos trens também venha identificado qual serviço/linha ele pertence.
Além disso, poderia nomear os servições seguidos de letras, por exemplo:
Linha 9 – Esmeralda seria Barueri – Varginha
Serviço 9A seria uma variação que poderia ser até identificada no mapa para facilitar a informação pro usuário. (Água Branca [ou BF] – Jurubatuba/Varginha).
Enfim… Que venha o ETCS, e por mim poderia vir nas linhas subterrâneas um dia também, se pensassem nessa criação de serviços e ramais a partir das linhas troncos.