Vídeo mostra estação Morumbi da Linha 17 em close-up

Obra é a única parte do ramal de monotrilho praticamente concluída. Projeto pode atrasar mais por conta de processo judicial
Estação Moumbi da Linha 17 (iTechdrones)

Enquanto as obras civis complementares da Linha 17-Ouro não acontecem de fato, a estação Morumbi continua a ser a única parte do ramal com aparência final. A construtora responsável pela obra, a Camargo Correa, está na reta final de trabalhos e já é possível constatar que o canteiro já foi quase todo desmobilizado, restando apenas poucos funcionários que executam os últimos retoques.

O canal iTechdrones aproveitou esse cenário para captar imagens em close-up da futura estação, sem dúvida, a de arquitetura mais interessante entre os ramais de monotrilho em implantação em São Paulo.

O vídeo, cujo link está no final do texto, faz um passeio bem próximo das plataformas, prédio de interligação com a Linha 9-Esmeralda (CPTM), passarela e acesso à rua. Com amplo uso de estruturas metálicas, a estação Morumbi será uma das duas a ter plataformas laterais (a outra será Jardim Aeroporto).

Logo será possível comparar não só o projeto arquitetônico, mas o acabamento dessa estação comparado às sete outras hoje parcialmente construídas. A construtora Coesa recebeu a ordem de serviço em dezembro, porém, até a semana passada pouco se viu nos canteiros de obras.

A empresa está formando novas equipes para retomar as obras, mas depende do fornecimento de materiais e equipamentos. Além disso, uma das principais tarefas é a fabricação e o lançamento das vigas-trilho faltantes, algo que exige planejamento com boa antecedência.

Infelizmente, no entanto, todo o esforço para concluir as obras da Linha 17 até o ano que vem pode ser em vão por conta da disputa pelo contrato de sistemas na Justiça. No final de janeiro, a desembargadora Silvia Meirelles acolheu pela segunda vez os argumentos do consórcio Signalling, que alega que o Metrô não cumpriu os requisitos da licitação ao desclassificá-lo e eleger a BYD SkyRail como vencedora.

Por conta da liminar concedida, a fabricação dos 14 trens e sistemas está suspenso até análise do caso. Na semana passada, a relatora abriu vista para que a Procuradoria Geral do Estado possa analisar os autos do processo, que tem prazo até 30 de março.

A demora para que ocorra uma decisão colegiada na 2ª instância pode jogar a inauguração para 2023 ou 2024, dependendo do atraso e, claro, do veredito.

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